A bolsa de colostomia é um dispositivo médico utilizado por pessoas que passaram por uma cirurgia no intestino grosso ou reto. Essa intervenção pode ser necessária em casos de doenças como câncer colorretal, doença inflamatória intestinal ou lesões traumáticas. A bolsa de colostomia tem a função de coletar as fezes do paciente e armazená-las temporariamente até que possam ser eliminadas através da abertura criada na parede abdominal. É um recurso importante para garantir a qualidade de vida e o bem-estar dos indivíduos que precisam conviver com essa condição.
Contents
- 0.1 Indicação da colostomia: quando é necessária?
- 0.2 Diferentes tipos de colostomia
- 0.3 Cuidados e adaptação com a bolsa de colostomia
- 0.4 Complicações comuns da bolsa de colostomia
- 0.5 Saúde mental dos ostomizados
- 1 Bolsa de colostomia: definição e utilidade
- 2 Pessoas com bolsa de colostomia usam o banheiro?
- 3 Duração da bolsa de colostomia
- 4 Recuperação completa para quem usa bolsa de colostomia?
- 5 Limitações de uma pessoa que usa bolsa de colostomia
Indicação da colostomia: quando é necessária?
As condições que podem exigir uma colostomia incluem algumas doenças, lesões ou problemas no funcionamento do aparelho digestivo. Entre elas, estão:
Existem várias condições que podem afetar o cólon e o reto, incluindo a doença de Crohn, diverticulite, lesões ou traumatismos nessas áreas. Além disso, obstrução intestinal e perfuração com contaminação abdominal também são possíveis complicações. Outras causas incluem fístulas ou feridas no períneo, ânus bloqueado ou inexistente e câncer colorretal.
A principal finalidade de um estoma, como a colostomia ou ileostomia, é redirecionar o fluxo intestinal para evitar que o conteúdo chegue às partes finais do intestino. Essa medida tem como objetivo permitir que o material fecal seja eliminado externamente.
Veja também: Como é conviver com a Doença de Crohn | Jana Viscardi
Diferentes tipos de colostomia
A colostomia pode ser empregada por um período curto e temporário, geralmente alguns meses, com o objetivo de permitir a recuperação do intestino após um trauma. No entanto, existem também situações em que esse procedimento se torna permanente e necessário ao longo da vida.
Existem diversos tipos de colostomia, cada um indicado para uma determinada região do cólon que necessita desse procedimento. A seguir, apresentamos os principais tipos de colostomia.
Existem diferentes tipos de colostomia, cada um realizado em uma parte específica do intestino grosso. A colostomia ascendente é realizada no lado direito do abdômen, onde apenas uma pequena porção do cólon permanece ativa. Nesses casos, as fezes tendem a ter consistência mais líquida e pode ser recomendada a ileostomia para conectar o intestino delgado ao meio externo.
Já a colostomia transversa ocorre na parte superior do intestino grosso, especificamente no cólon transverso. As fezes costumam ser pastosas nesse tipo de procedimento e geralmente é temporário.
A colostomia descendente é realizada no lado esquerdo do abdômen e também resulta em fezes pastosas.
Por fim, temos a colostomia sigmoidea (sigmoide), que ocorre na parte inferior do abdômen, próxima ao reto. Nessa situação, as fezes são formadas e não causam irritação na pele circundante.
Esses são os diferentes tipos de colostomias existentes, cada um com características específicas dependendo da localização no intestino grosso.
Cuidados e adaptação com a bolsa de colostomia
A realização de uma colostomia (ou ostomia) requer um cuidadoso preparo pós-operatório, envolvendo uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, nutricionistas e psicólogos.
Antes de realizar o procedimento, é fundamental esclarecer todas as dúvidas que possam surgir. É altamente recomendado que o paciente ou seu cuidador recebam treinamento adequado por um profissional para aprender a manejar corretamente a bolsa.
É essencial marcar o local adequado para a criação do estoma antes da cirurgia de colostomia eletiva, a fim de facilitar a adaptação da bolsa. Após o procedimento, é realizado um treinamento com o paciente sobre como usar corretamente a bolsa. É recomendável que o estomaterapeuta esteja presente tanto no pré quanto no pós-operatório sempre que possível, conforme ressaltado por João Fraga, membro titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia.
Ao utilizar uma bolsa coletora, é fundamental garantir uma boa adaptação à pele. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de pomadas ou protetores para proteger a pele ao redor do estoma. Além disso, aprender a esvaziar e limpar corretamente a bolsa é essencial para garantir conforto e segurança.
A higiene da pele ao redor do estoma também deve ser cuidadosamente mantida. É recomendado limpá-la com água e sabão neutro, utilizando uma esponja macia. Manter a região depilada também é importante.
No início, receber acompanhamento nutricional pode ajudar na adoção de hábitos alimentares que proporcionem maior conforto durante a digestão e eliminação das fezes.
Por fim, evitar carregar pesos excessivos ou fazer esforços intensos no abdômen ajuda a preservar o bem-estar geral.
Além disso, o câncer de intestino é uma das formas mais comuns da doença no país.
Complicações comuns da bolsa de colostomia
Assim como em qualquer intervenção cirúrgica, a colostomia pode apresentar complicações. Algumas delas incluem: [lista de possíveis complicações].
A ocorrência de desabamento da colostomia, quando ela se solta da parede do abdômen e pode contaminar a cavidade abdominal, é um possível problema relacionado a esse procedimento. Além disso, também podem surgir complicações como prolapso (quando o intestino sai excessivamente pela pele) ou hérnia na região. Outra questão que pode ocorrer são processos alérgicos, como dermatites, causados pelo contato com o material da bolsa utilizada para coletar as fezes. Por fim, uma obstrução intestinal pode acontecer devido à abertura inadequada na parede ou por torção da alça exteriorizada.
Segundo o Dr. Fraga, é comum que colostomias que já poderiam ter sido revertidas não sejam realizadas devido à falta de orientação e encaminhamento adequados para serviços cirúrgicos, além da demora na realização dos exames pré-operatórios e na liberação das guias cirúrgicas. O médico sugere a implementação de um programa para agilizar esses procedimentos, visando reduzir tanto o tempo em que os pacientes precisam utilizar a colostomia quanto o número de pessoas ostomizadas no país.
Saúde mental dos ostomizados
A ausência de conhecimento e informação sobre os ostomizados resulta em incertezas e estigmas que afetam negativamente a saúde mental. Atualmente, é frequente as pessoas esconderem a bolsa coletora para evitar comentários desfavoráveis ou terem que lidar com o interesse indiscreto dos outros.
De acordo com especialistas, é viável levar uma vida quase normal mesmo após a realização de uma colostomia. Indivíduos que passaram por esse procedimento podem continuar praticando atividades físicas, mantendo relações sexuais, trabalhando e seguindo sua rotina diária sem grandes dificuldades.
Há pessoas ostomizadas que são atletas e até mesmo modelos de passarela. Os avanços nos recursos e tecnologias para os cuidados com a bolsa coletora permitiram que essas pessoas adaptadas tenham uma vida plena e feliz.
Além disso, é importante mencionar a existência de duas outras doenças inflamatórias intestinais: a Doença de Crohn e a retocolite ulcerativa.
Samantha Cerquetani é uma jornalista especializada em saúde e ciência que contribui para o Portal Drauzio Varella. Seu trabalho se concentra na escrita sobre medicina, nutrição e bem-estar. Ela escreve exclusivamente em português para o público brasileiro.
Bolsa de colostomia: definição e utilidade
A bolsa de colostomia é um dispositivo utilizado por pessoas que passaram por uma cirurgia no intestino grosso ou cólon, e consiste em um saco coletor que fica localizado ao lado do abdômen. Sua principal função é receber as fezes ou a urina eliminadas pelo paciente.
Existem diferentes tipos de bolsas de colostomia disponíveis no mercado, cada uma indicada para atender às necessidades específicas do paciente. Essas variações podem ser determinadas pela abertura feita na parede abdominal, idade e tipo de material utilizado na fabricação da bolsa.
A seguir, apresentamos alguns dos principais tipos de bolsas de colostomia:
2. Bolsa opaca: ideal para pacientes que desejam maior discrição, pois não permite visualizar o conteúdo interno.
3. Bolsa transparente: possibilita a visualização direta das fezes ou urina acumuladas dentro da bolsa.
4. Bolsa convexa: recomendada para pacientes com estomas retraídos ou flácidos, proporcionando melhor aderência à pele ao redor do estoma.
5. Bolsas planas: são mais finas e discretas, adequadas para uso sob roupas justas.
6. Bolsas pré-cortadas: já vêm com o orifício necessário para encaixar perfeitamente sobre o estoma do paciente.
7. Bolsas recortáveis: permitem ajustes personalizados conforme o tamanho e formato do estoma individualmente.
9. Bolsas de duas peças: possuem uma placa adesiva separada da bolsa, permitindo trocar apenas a parte coletora sem precisar remover toda a base aderente.
É importante ressaltar que cada paciente deve consultar um profissional de saúde especializado para determinar qual tipo de bolsa é mais adequado ao seu caso específico. O acompanhamento médico regular também é fundamental para garantir o correto cuidado com a colostomia e evitar complicações.
Pessoas com bolsa de colostomia usam o banheiro?
Mesmo quando há uma desconexão total do intestino, a evacuação ainda pode ocorrer. Embora seja mais raro, isso acontece porque o coto remanescente que está desfuncionalizado continua produzindo secreção e muco, levando o paciente a sentir vontade de evacuar. Essa situação pode ser bastante desconfortável para quem utiliza uma bolsa de colostomia.
P.S.: A bolsa de colostomia é um dispositivo médico utilizado por pessoas que tiveram parte ou todo o cólon removido cirurgicamente. Ela permite a coleta das fezes em um saco externo, evitando assim que elas passem pelo ânus. Esse procedimento é necessário em casos de doenças inflamatórias intestinais graves, câncer colorretal avançado ou lesões traumáticas no intestino grosso.
P.S.: É fundamental contar com acompanhamento médico especializado para aprender como cuidar adequadamente da bolsa de colostomia e lidar com qualquer eventualidade relacionada à evacuação. O suporte profissional também auxilia na adaptação emocional ao uso da bolsa e oferece orientações sobre higiene pessoal, alimentação balanceada e atividades físicas possíveis mesmo após a cirurgia intestinal.
Duração da bolsa de colostomia
A bolsa de colostomia é um dispositivo utilizado por pessoas que passaram por uma cirurgia no intestino grosso ou reto, e precisam eliminar as fezes através de um orifício na parede abdominal. Essa bolsa é fixada à pele ao redor do estoma (abertura) e coleta as fezes eliminadas pelo paciente.
Para manter a higiene adequada, a bolsa precisa ser trocada regularmente. Geralmente, o fabricante recomenda que a troca seja realizada a cada 4 ou 5 dias. No entanto, esse prazo pode variar dependendo das necessidades individuais de cada pessoa. Algumas pessoas podem precisar trocar com mais frequência, enquanto outras podem conseguir utilizar a mesma bolsa por mais tempo.
É importante seguir as orientações do médico e do fabricante para garantir uma boa adaptação à bolsa de colostomia e evitar complicações como vazamentos ou irritação da pele ao redor do estoma. Além disso, é fundamental realizar uma limpeza cuidadosa da área antes de colocar uma nova bolsa para prevenir infecções.
Compreender o funcionamento da bolsa de colostomia e saber como cuidar adequadamente dela são aspectos essenciais para garantir conforto e qualidade de vida às pessoas que utilizam esse dispositivo médico.
Recuperação completa para quem usa bolsa de colostomia?
Reversão da colostomia e da ileostomia
A maioria dos procedimentos de bolsa de colostomia ou ileostomia é temporária e pode ser revertida. No entanto, antes de realizar a reversão, o médico avaliará diversos fatores para garantir que seja seguro e eficaz.
Aqui estão alguns dos principais pontos considerados durante a avaliação:
1. Funcionamento adequado da musculatura anal: É essencial que os músculos ao redor do ânus estejam saudáveis e funcionando corretamente para permitir o controle adequado das fezes após a reversão.
2. Cura completa da doença subjacente: Antes de reverter uma bolsa de colostomia ou ileostomia, é importante que a condição original tenha sido tratada com sucesso e não haja risco iminente de complicações adicionais.
3. Estabilidade geral do paciente: O médico levará em consideração a saúde geral do paciente, incluindo sua capacidade de se recuperar adequadamente após o procedimento cirúrgico.
4. Avaliação nutricional: Em alguns casos, pode ser necessário melhorar o estado nutricional do paciente antes da reversão para garantir uma recuperação adequada.
5. Suporte emocional e psicológico: A reversão da bolsa de colostomia ou ileostomia pode ter um impacto significativo na vida emocional e mental do paciente. Portanto, é fundamental fornecer suporte psicológico adequado durante todo o processo.
6. Discussões detalhadas sobre expectativas pós-reversão: O médico deve discutir claramente as possíveis mudanças no estilo de vida e as expectativas após a reversão da bolsa de colostomia ou ileostomia, para que o paciente esteja bem informado e preparado.
7. Riscos potenciais: O médico também deve discutir os riscos associados à reversão do procedimento, como infecções, sangramento excessivo ou complicações intestinais.
8. Opiniões multidisciplinares: Em alguns casos mais complexos, pode ser necessário envolver uma equipe multidisciplinar de especialistas para avaliar todos os aspectos clínicos antes da decisão final sobre a reversão.
Limitações de uma pessoa que usa bolsa de colostomia
A bolsa de colostomia é um dispositivo médico utilizado por pessoas que passaram por uma cirurgia para a remoção total ou parcial do intestino grosso. Essa intervenção pode ser necessária em casos de doenças como câncer, doença inflamatória intestinal ou obstrução intestinal grave.
Uma dúvida comum entre os ostomizados é se eles podem praticar exercícios físicos. A resposta é sim, desde que tenham autorização médica. É importante ressaltar que cada caso deve ser avaliado individualmente pelo profissional de saúde responsável pelo acompanhamento do paciente.
Com a liberação médica adequada, o ostomizado pode realizar diversos tipos de atividades físicas. Isso inclui ir à academia e utilizar equipamentos específicos para fortalecimento muscular, correr ao ar livre ou em esteiras, caminhar regularmente e até mesmo praticar esportes como natação e ciclismo.
No entanto, é fundamental seguir algumas recomendações durante a prática dos exercícios. O ostomizado deve estar atento à higiene da região periestomal (ao redor da abertura na pele onde fica fixada a bolsa), utilizando produtos adequados para limpeza e proteção da pele sensível.
Além disso, é importante escolher roupas confortáveis que não causem atrito excessivo na área da colostomia durante os movimentos realizados durante as atividades físicas. Existem no mercado opções específicas de vestuário adaptado para ostomizados, garantindo maior conforto e segurança durante os exercícios.