Contents
- 1 O que aconteceu com o Jeff Machado?
- 2 Quem era o namorado de Jeff Machado?
- 3 Qual a idade de Jeff Machado?
- 4 Onde estão os cachorros de Jeff Machado?
- 5 Como era a vida de Jeff Machado?
- 6 Qual novela Jeff Machado fez na Globo?
- 7 Qual novela Jeff Machado participou?
- 8 Quando morreu Jeff Machado?
- 9 Onde morava o ator Jeff Machado?
O que aconteceu com o Jeff Machado?
A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu o inquérito da investigação sobre o assassinato do ator Jefferson Machado e indiciou os dois principais suspeitos por homicídio triplamente qualificado. Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinicius da Silva Braga já estão presos. Um terceiro homem foi indiciado no mesmo inquérito por maus-tratos a animais. Receba, em primeira mão, as principais notícias da CNN Brasil no seu WhatsApp! Inscrever-se Além de homicídio – com as qualificadoras de motivo fútil, asfixia e impossibilidade de defesa da vítima –, Bruno irá responder por outros sete crimes: ocultação de cadáver, estelionato e tentativa de estelionato, furto, invasão de dispositivo informático, maus-tratos a animais e falsa identidade.
Jeander, por sua vez, responde pelo homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e maus-tratos a animais. Segundo investigação da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), Jeff Machado foi morto em 23 de janeiro. O ator foi dopado, asfixiado e estrangulado com um fio de telefone. Depois, o corpo foi colocado em um baú que pertencia à própria vítima, enterrado e concretado nos fundos de um imóvel no bairro Campo Grande, na zona oeste.
A casa, de acordo com a investigação, havia sido alugada por Bruno no mês anterior com o único propósito de esconder o corpo. O inquérito da DDPA apontou que Bruno se dizia produtor de uma emissora de televisão e prometeu um papel em uma novela a Jeff Machado. O ator Jeff Machado e seus oito cachorros da raça setter. / Reprodução/ Instagram Depois de assassinar o artista, Bruno ainda tentou vender o carro de Jeff e gastou cerca de R$ 7 mil em compras com os cartões da vítima. Ele e Jeander também são acusados de furtar telefones, notebook, jaquetas de couro e uma televisão do ator.
A investigação apontou ainda que Jeander foi o responsável por transportar o corpo de Jeff Machado até o imóvel alugado. O acusado também teria sido o responsável por abrir o buraco onde posteriormente foi concretado o baú com a vítima. Após o assassinato de Jeff Machado, oito cachorros que pertenciam ao ator foram levados a um centro espírita no bairro Palmares, também na zona oeste.
De acordo com a polícia, eles foram submetidos a maus-tratos físicos e psicológicos. Depois, foram abandonados na rua. Por causa disso, o responsável pelo local foi indiciado pelo crime de maus-tratos a animais. Ele não teve o nome revelado.
Quem é o ator Jeff Machado?
Relembre passo a passo do assassinato – Quebra-cabeça do caso Jeff Machado — Foto: Editoria de Arte Sem notícias há alguns dias do ator Jeff Machado, parente e amigos estranharam sua ausência no fim de janeiro e foram à polícia. O desaparecimento foi registrado no dia 27 daquele mês e, até a polícia encontrar o corpo, concretado no quintal de uma casa na Zona Oeste do Rio, foram 115 dias de angústia para a família. Os envolvidos no caso — Foto: Editoria de Arte Jeff Machado, de 44 anos, definia-se em suas redes sociais como ator, modelo, produtor e pai de cães. A paixão pelos cachorros, principalmente da raça Setter, podia ser vista tanto nas fotos que publicava no próprio perfil, quanto numa conta criada por ele especificamente para exibir os bichos, o @dogsdojeff.
O ator catarinense, da cidade de Araranguara, que esteve no ar na novela “Reis”, da TV Record, estava desaparecido desde o dia 27 de janeiro. Seu corpo foi encontrado no dia 22 de maio pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). Ele estava amarrado e concretado dentro de um baú de madeira enterrado num terreno na Rua Itueira, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.
Preso como principal suspeito do assassinato de Jeff, Bruno de Souza Rodrigues, de 37 anos, conhecia o ator há pelo menos três anos. Eles se aproximaram após o produtor revelar interesse na carreira dele, prometendo-lhe ajuda para conseguir um papel numa novela.
- Uma amiga de infância de Jeff contou, em entrevista ao GLOBO, que a aproximação de Bruno despertou em Jeff um sonho antigo: tornar-se reconhecido no meio artístico.
- Em pouco tempo, o produtor já frequentava a casa do artista e, aos poucos, “tomou conta da rotina do ator”, revelou a amiga.
- De acordo com ela, o suspeito fazia questão de demonstrar que tinha interesse amoroso pelo artista.
No entanto, Jeff confidenciou à amiga que só o via como amigo, pois “não fazia seu tipo”. Preso por envolvimento no crime, o garoto de programa Jeander Vinícius da Silva Braga, de 29 anos, conheceu Bruno por meio de um aplicativo de relacionamento. Há quase dois anos, o produtor o teria o contratado.
- À polícia, Jeander contou ser padeiro e não ter trabalho com carteira assinada.
- Por isso, fazia “bicos” com obras e programas.
- Em depoimento, Jeander disse ainda que conheceu Jeff há cerca de um ano no mesmo aplicativo no qual se relacionou com Bruno.
- Amigos em comum, ele relatou à polícia que, do fim de 2021 a 2022, os três passaram a se envolver em trio.
As investigações apontam que na tarde de 23 de janeiro, Jeff recebeu os acusados do crime em casa, na Barra de Guaratiba, Zona Oeste do Rio. O imóvel de dois andares já era conhecido pela dupla, que costumava frequentá-lo há uns anos, segundo a polícia.
- Os depoimentos mostraram que a motivação do encontro era gravação de um vídeo erótico entre Jeff e Jeander na suíte do ator, localizada no segundo andar.
- Mas as coisas não transcorreram como planejado pelo ator.
- As investigações apontaram que durante o sexo Jeff teria sido estrangulado com um fio de telefone.
Na companhia Jeander Vinícius da Silva Braga, Bruno amarrou pés e mãos de Jeff com fita adesiva e o colocou em posição fetal dentro de um dos baús usados na decoração da própria casa da vítima. Assassinato de Jeff Machado: Veja vídeo de remoção do corpo do ator em Campo Grande Segundo as investigações, Bruno planejava o crime desde dezembro. Quatro dias antes, Jefferson comemorou 44 anos e foi presenteado por Bruno com um bolo de aniversário.
O gesto foi visto com carinho pela família do ator, distante na data por morar em Araranguá, em Santa Catarina. A celebração entre os amigos aconteceu numa praia e teve parabéns dentro do carro de Jeff. De acordo com a polícia, Bruno de Souza Rodrigues criou, pelo menos, dois personagens fictícios para atrapalhar as investigações, além de se passar pelo próprio Jeff para amigos do ator.
Tudo começou quando, em 1º de fevereiro, Patricia Triacca, veterinária e amiga de Jeff, recebeu a notícia do abandono dos cachorros do ator. Ela, então, entrou em contato com ele perguntando o que estava acontecendo. Naquele momento, quem respondia às mensagens pelo celular de Jeff era Bruno. 1 de 7 Mensagem do dia 25 de janeiro. — Foto: Reprodução 2 de 7 Mensagem do dia 25 de janeiro. Círculo roxo feito por Patrícia. — Foto: Reprodução X de 7 Publicidade 7 fotos 3 de 7 Mensagem do dia 1° de fevereiro. Círculo vermelho feito por Patrícia. — Foto: Reprodução 4 de 7 Jefferson justifica porque não manda áudios à Patrícia. — Foto: Reprodução X de 7 Publicidade 5 de 7 Mensagem do dia 2 de fevereiro. — Foto: Reprodução 6 de 7 Mensagem do dia 2 de janeiro. Seta em rosa feita por Patrícia. — Foto: Reprodução X de 7 Publicidade 7 de 7 Mensagem do dia 2 de fevereiro.
— Foto: Reprodução Mesmo ao saber da condição de abondono dos cães, ator continuou sem fazer contato por voz ou vídeo a familiares e amigos Na conversa, o suposto Jeff deu o telefone de quem seria o “namorado” da amiga de Jacarepaguá. Ele afirmou que Giovani explicaria a situação dos setters para Patrícia.
Na última quarta-feira, a perícia de um áudio enviado a Patrícia revelou que Giovani, suposto namorado de uma amiga do ator, era, na verdade, Bruno. Ele forneceu informações falsas sobre os cachorros do artista, abandonados após seu desaparecimento. A polícia nunca acreditou nessa versão e considerou, desde o início das investigações, o suposto assassino como um dos personagens fictícios criado pelos suspeitos “em uma tentativa desesperada de excluir suas responsabilidades penais”.
- Quando foi preso, Jeander confessou que recebeu dinheiro de Bruno para mentir sobre a existência de Marcelo, e culpou o produtor de TV pela morte do ator.
- Os locais do crime — Foto: Editoria de Arte Durante as investigações, a polícia identificou os dois locais principais utilizados no crime: a casa de Jefferson, onde ele foi morto, e a quitinete na Rua Itueira, onde ele foi enterrado.
De um lugar ao outro, são cerca de 18 quilômetros. Jeff foi asfixiado com um fio de metal, na própria casa, em Guaratiba, colocado em um baú e transportado para uma casa alugada em Campo Grande, também na Zona Oeste. O local, dias depois, receberia por cima uma camada de cimento.
Vista da rua, a casinha não chama a menor atenção. Ela fica espremida entre uma escola e uma residência de dois andares. A polícia acredita que Jeander Vinícius cavou o buraco onde o baú, com o corpo do ator Jeff Machado, foi concretado. Já Bruno é apontado como o autor do assassinato. De acordo com a polícia, Bruno e Jeander botaram o baú no carro do ator e escolheram o caminho mais longo e ermo até Campo Grande.
Tinham percorrido só cinco quilômetros quando tomaram um susto: na Estrada da Ilha, em Guaratiba, deram de cara com uma blitz da Polícia Militar. Os dois furaram o bloqueio e seguiram adiante. A fuga ficou registrada numa multa aplicada ao Renault Duster branco de Jeff.
As pistas da investigação — Foto: Editoria de Arte Jeff Machado era apaixonado pela raça Setter. Em casa, tinha oito deles e compartilhava um pouco da rotina por meio de um perfil numa rede social. Também fã de MPB, todos tinham nome de grandes artistas do gênero: Tim Maia, Nando Reis, Elis Regina, Cazuza, Vinicius de Moraes, Gilberto Gil, Rita Lee e Caetano Veloso.
No fim de janeiro, num curto espaço de tempo, os animais começaram a aparecer abandonados na rua. Por ser uma raça pouco comum no Brasil, os animais têm chip de identificação, o que ajudou a indicar que eram de Jeff. Os cachorros foram localizados pela ONG Indefesos, de proteção aos animais, no final de janeiro.
A diretora Rosana Guerra organizou uma força-tarefa assim que soube dos cães abandonados por bairros da Zona Oeste, principalmente em Santa Cruz. Dois deles morreram e um segue desaparecido. Patrícia Triacca, veterinária amiga do ator e criadora da raça, acompanhou de perto o resgate de cada um. Foi ela quem entrou em contato, por WhatsApp, com Jeff — ou com quem, àquela altura, se passava por ele.
Eram apenas mensagens de texto, sem ligações, áudios ou vídeos, o que levantou suspeitas.1 de 8 Tim Maia, Nando Reis, Elis Regina, Cazuza, Vinícius de Moraes, Gilberto Gil, Rita Lee e Caetano Veloso — Foto: Reprodução / Instagram 2 de 8 Jeff com os cães durante encontro de Setters no Rio, em 2021 — Foto: Reprodução / Instagram X de 8 Publicidade 8 fotos 3 de 8 Cães ganharam nomes de artistas brasileiros: Caetano Veloso, Rita Lee, Miúcha, Nando Reis, Gilberto Gil, Cazuza, Tim Maia, Nara Leão e Vinícius de Moraes — Foto: Reprodução / Instagram 4 de 8 A dupla batizada de Gilberto Gil e Caetano Veloso — Foto: Reprodução / Instagram X de 8 Publicidade 5 de 8 A chow-chow Nara Leão do ator Jeff Machado — Foto: Reprodução / Instagram 6 de 8 Jeff também costumava postar fotos com os pets de amigos — Foto: Reprodução / Instagram X de 8 Publicidade 7 de 8 O setter Vinícius de Moraes — Foto: Reprodução / Instagram 8 de 8 Tim Maia — Foto: Reprodução / Instagram X de 8 Publicidade Depois que o corpo de Jeff foi encontrado e Bruno e Jeander se tornaram suspeitos do crime, a dupla tentou, em depoimento à polícia, inserir uma terceira pessoa na cena do crime.
- Eles alegaram que um homem chamado Marcelo foi o responsável por matar o ator.
- Segundo relato de Jeander, Marcelo, conhecido como “Ben 10” ou “Pablo”, era matador da milícia da Zona Oeste.
- Mensagens enviadas por impostor Patrícia Triacca foi a primeira a suspeitar que um impostor se passava pelo ator.
Em mensagens de WhatsApp trocadas após o abandono dos cães, ela estranhou o comportamento e o jeito de falar do amigo, que não atendia ligações nem mandavam áudios, muito menos fotos. Nos textos trocados, ele pedia para que a amiga não o julgasse pelo que estava acontecendo com os cachorros: “Só eu sei o peso disso”.
- Através da ONG Indefesos, Patricia soube sobre os abandonos e ao identificar que os animais pertenciam a ele, o procurou para entender o que acontecia e cobrar por uma solução.
- Apenas por mensagens escritas, relatou que os cães estavam na casa de uma amiga em Jacarepaguá.
- Ao ser cobrado por colocá-las em contato, ele passou para Patrícia o número que seria do namorado da mulher.
O homem, que depois foi comprovado ser o próprio Bruno, disse que Jeff tinha perguntado por um lugar em que pudesse abandonar um cachorro doente e que, no endereço marcado, uma igreja em Santa Cruz, ele teria levado os oito animais. Itens de higiene pessoal em casa Patrícia começou a suspeitar de toda a história e decidiu conversar com a mãe e o irmão dele.
- Todos estranharam o comportamento do rapaz e repararam não conversar por voz ou vídeo com ele há bastante tempo.
- A mãe dele, Maria das Dores Machado, disse que naquele período o filho não mais fazia chamadas de vídeo, como era de costume, e que estranhava o modo com que ele vinha se comunicando.
- Eles reuniram material e foram à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), no Jacarezinho.
Em 6 de fevereiro, dois dias após o registro de desaparecimento, a família de Jeff descobriu que as chaves da casa e do carro do ator estavam com Bruno. Eles combinaram de buscar os bens na residência do artista, quando o produtor também iria mostrar o imóvel para eles.
- Diego Machado, irmão de Jeff, decidiu gravar a visitação.
- Principal suspeito de assassinar Jeff Machado mostra casa do ator Logo no início do vídeo, ele sentiu mau cheiro na sala e na cozinha da casa, que ficam no primeiro andar.
- Na suíte do ator, revirada e bagunçada, ele notou que todas as roupas estavam penduradas em cabides, e que itens de higiene pessoal, como shampoo, condicionador e escova de dentes estavam no banheiro — o que não fazia sentido já que Jeff, a princípio, estava em São Paulo.
Peças da investigação da polícia — Foto: Editoria de Arte As investigações da polícia mostraram que o produtor de TV Bruno de Souza Rodrigues tentou vender a casa e o carro do ator após o assassinato. Ele conta ter estado com as chaves dos bens a pedido do artista, que estaria temporariamente em São Paulo.
De acordo com o Disque-denúncia, o imóvel de dois andares em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, foi anunciado em sites de venda pelo valor de R$ 280 mil. A tentativa de venda do veículo, um Renault Duster branco, foi feita no dia 2 de fevereiro, dez dias depois do assassinato. A negociação só não teve sucesso porque o comprador exigia a assinatura do proprietário do carro.
Durante a investigação, a polícia verificou que o veículo, em nome de Jeff, sofreu uma multa por ultrapassar a barreira de trânsito montada pela polícia no dia 23 de janeiro, data da morte do ator, às 20h26. A polícia suspeita que o baú onde o corpo foi encontrado, a 20 quilômetros da casa do ator, estivesse no veículo.
Vídeo mostra suspeito de matar Jeff Machado negociando venda do carro do ator Já a casa de Jeff, foi anunciada em plataformas de venda por um vendedor sem identificação. A informação partiu de denúncias anônimas feitas ao programa Disque-denúncia, que constatou uma negociação do imóvel no dia 1° de fevereiro.
A tentativa de venda era “urgente”, o que justificou a redução de preço de R$ 280 mil para R$ 250 mil. Em mensagem enviada pelo vendedor, havia a explicação de que Jefferson havia conseguido trabalho em outro estado e precisava vender rapidamente a casa.
De acordo com as investigações da polícia, todos os contatos sobre a venda dos bens de Jefferson foram feitos por Bruno. Imóvel alugado um mês antes Segundo a polícia, a casa onde o corpo foi encontrado foi sublocada por Bruno um mês antes do desaparecimento de Jeff. Pouco antes do sumiço da vítima, o imóvel passou por obra.
O muro da porta da frente ficou mais alto, e ainda tem os tijolos aparentes. Na lateral, uma abertura que permitia que quem passasse próximo visse a casa, foi tampada. De acordo com o laudo da necropsia, apresentado na representação de prisão dos suspeitos, ao qual o GLOBO teve acesso, a investigação indica que Jeff havia mantido relações sexuais pouco antes de ser morto: “É plausível afirmar que Jefferson pode ter sido estrangulado durante o ato sexual, ao se posicionar de costas para seu algoz e, por isto, seu corpo estava desnudo demonstrando, nitidamente, que a vítima havia mantido relação sexual recente”, diz trecho do documento.
- Imagens de quando o corpo foi encontrado — Foto: Editoria de Arte No dia 22 de maio, a polícia chegou ao local onde estava o corpo de Jeff.
- Ele foi encontrado em posição fetal, dentro do baú e em estado de decomposição, enterrado a dois metros de profundidade nos fundos da casa alugada em Campo Grande.
O baú pertencia ao ator e aparece em uma das fotos publicados por ele no Instagram. Segundo o advogado Jairo Magalhães, o rapaz tinha uma corda em volta do pescoço e nas mãos. Por conta do adiantado estado de decomposição, o laudo da perícia e da certidão de óbito descreve a causa da morte como “indeterminada”.
- Apesar disso, foi possível fazer o reconhecimento por meio de suas impressões digitais e comprovar a identidade.
- As prisões dos suspeitos — Foto: Editoria de Arte Jeander Vinícius da Silva Braga, de 29 anos foi preso por agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) no dia 2 de junho.
- O garoto de programa foi preso em Santíssimo, na Zona Oeste do Rio.
Na época, Bruno estava foragido. Segundo os investigadores, um cerco foi montado por volta das 6h para tentar localizar Jeander. A polícia trabalhava com três possíveis endereços, nos quais o garoto de programa poderia ter se escondido. A localização do suspeito só foi possível com a ajuda de moradores da região, que o denunciaram.
- Duas semanas depois, agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro do Vidigal prenderam Bruno de Souza Rodrigues, principal suspeito de assassinar o ator.
- O produtor de TV estava escondido no hostel Laje do Neguinho, na comunidade, localizada na Zona Sul do Rio.
- Com ele, os policiais encontraram malas prontas, o que indicaria que Bruno estava pensando em deixar o local.
Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinícius da Silva Braga vão resposder pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Na última quinta-feira, dia em que Bruno foi preso ao ser encontrado em um hostel no Vidigal, na Zona Sul do Rio, a polícia confirmou que ele vai responder também por estelionato e por maus-tratos de animais, um desdobramento pelo abandono dos oito cachorros da raça Setter que eram criados por Jeff.
- A suspeita de estelionato é devido às tentativas de enganar Jeff para benefício financeiro.
- Por ser produtor, Bruno afirmava que conseguiria um papel para o ator em novelas.
- As promessas vinham sempre acompanhadas de pagamentos para as supostas vagas.
- A polícia conseguiu identificar que a vítima pagou ao suspeito cerca de R$ 20 mil.
Após o assassinato, os cartões de banco de Jeff foram usados e tiveram gastos que ultrapassaram R$ 5 mil. Já quanto aos maus-tratos de animais, será por conta do abandono dos oito cães nas ruas. Logo após o assassinato de Jeff, os cachorros foram levados para um imóvel em Santíssimo, também na Zona Oeste do Rio, que pertencia a um conhecido dos suspeitos.
Após passarem três dias no hospital, Bruno abriu o portão, segundo testemunhas, para que os animais fugissem. Durante cerca de uma semana, sete deles foram encontrados, e um continua perdido até hoje. Entre os localizados, cinco foram adotados e dois morreram, o que pode agravar a pena, em caso de condenação pelo crime.
: Jeff Machado: inquérito da morte brutal do ator será finalizado; relembre o caso
Quem era o namorado de Jeff Machado?
Caso Jeff Machado: ex-companheiro doou R$100 mil a suspeito do assassinato O produtor de TV Bruno Rodrigues, foragido desde o dia 2 de junho e suspeito do homicídio e ocultação do cadáver do ator Jeff Machado, recebeu do ex-companheiro Rodrigo Alvim Enseki R$ 100 mil pela venda de uma casa três meses após o crime.
O professor disse à polícia que a negociação do imóvel, localizado em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, ocorreu em maio. Bruno e Rodrigo tiveram um relacionamento por 15 anos. À polícia, o professor afirmou que doou o dinheiro para o ex-namorado na intenção de ajudá-lo. Além do imóvel, o casal também fazia aplicações financeiras.
Ainda segundo o professor, mesmo estando separados, o valor dos investimentos garantiam a eles uma boa renda. De acordo com o inquérito conduzido pela Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA), o assassinato ocorreu por motivação financeira. Transações bancárias feitas da conta do ator para Bruno Rodrigues comprovam que o produtor recebeu cerca de R$ 20 mil de Jeff por uma suposta vaga em uma novela das 19h. 1 de 8 Tim Maia, Nando Reis, Elis Regina, Cazuza, Vinícius de Moraes, Gilberto Gil, Rita Lee e Caetano Veloso — Foto: Reprodução / Instagram 2 de 8 Jeff com os cães durante encontro de Setters no Rio, em 2021 — Foto: Reprodução / Instagram X de 8 Publicidade 8 fotos 3 de 8 Cães ganharam nomes de artistas brasileiros: Caetano Veloso, Rita Lee, Miúcha, Nando Reis, Gilberto Gil, Cazuza, Tim Maia, Nara Leão e Vinícius de Moraes — Foto: Reprodução / Instagram 4 de 8 A dupla batizada de Gilberto Gil e Caetano Veloso — Foto: Reprodução / Instagram X de 8 Publicidade 5 de 8 A chow-chow Nara Leão do ator Jeff Machado — Foto: Reprodução / Instagram 6 de 8 Jeff também costumava postar fotos com os pets de amigos — Foto: Reprodução / Instagram X de 8 Publicidade 7 de 8 O setter Vinícius de Moraes — Foto: Reprodução / Instagram 8 de 8 Tim Maia — Foto: Reprodução / Instagram X de 8 Publicidade Jeff foi morto no dia 23 de janeiro dentro da própria casa em Guaratiba. Seu corpo foi encontrado pela polícia no dia 22 de maio em um baú concretado dentro de uma quitinete, em Campo Grande, também na Zona Oeste.
Qual trabalho fez Jeff Machado?
Jeff Machado teve trajetória marcada pela homofobia e solidão: ‘Tenho medo de morrer sozinho’, dizia ele Assassinado de forma cruel, em sua segunda tentativa de ganhar a vida no Rio, Jeff Machado sempre foi movido por sonhos e desejos. Mas também foram a homofobia e o medo os responsáveis por ele mudar tanto de cidade. Jeff Machado — Foto: reprodução/ facebook “Eu não tinha como viver aquela paixão e fui trabalhar como modelo em Porto Alegre, na agência Elite. Eu não conseguia me assumir integralmente, era uma pressão muito grande. Eu tinha perdido um irmão mais velho e achava que cabia a mim casar, ter filhos e reestruturar minha família. Jeff Machado — Foto: reprodução Jeff Machado chegou ao Rio no início dos anos 2000 com o sonho de ser ator e trabalhar na televisão. Essa seria sua primeira temporada na cidade. Com poucas oportunidades para atuar, acabou trabalhando como gerente de loja e produtor de moda.
- Além disso, cursava a faculdade de Jornalismo.
- Eu fazia pós-graduação em Cinema na Fundação Getúlio Vargas quando uma amiga me indicou para trabalhar como assessor de imprensa com a irmã da Angélica”, contou.
- Foi nesse período que ele conheceu de perto os encantos e desilusões de uma carreira artística.
Jeff Machado trabalhou na área de assessoria, durante um ano, no escritório da empresa Destaque, de Márcia Marbá, irmã da apresentadora, e cuidava de atrizes como Juliana Silveira, Dani Valente e Grazi Massafera em início de carreira. “Fui eu que consegui o registro para a Grazi estrear como atriz na novela ‘Páginas da vida’. Jeff Machado na entrevista em 2013 — Foto: reprodução De volta à cidade de Araranguá, Jeff Machado viveu seus melhores momentos, trabalhando como produtor, jornalista e colunista. Namorou um tempo um psicólogo, sendo esse um dos dois relacionamentos sérios que teve em seus 44 anos de vida.
- Mas a homofobia ainda o cercava.
- Ofensas em restaurantes, vizinhos ameaçando matar seus cachorros e a falta de apoio da família.
- Eu podia ganhar um Oscar que nada mudava.
- Se tem uma coisa que eu não conseguir vencer foi o preconceito.
- Ninguém da minha família, por exemplo, me visita.
- A sensação é que querem me esconder.
A homofobia dói muito. Muitas vezes não consegui ser forte, mas botei a cara para bater”, disse ele. Jeff Machado com clientes em Santa Catarina — Foto: reprodução/ facebook Em 2014, o catarinernse voltou a morar no Rio, mas deixou saudades. “Que falta Jeff nos faz! Nosso Menino de Ouro virou Menino do Rio”, disse uma amiga, a apresentadora Claudia Felippe, logo depois de sua despedida de lá. Jeff Machado com Helena Fernandes (loira) na novela “Bom sucesso” — Foto: reprodução Nos últimos anos, adotou um estilo de vida saudável, virou surfista e naturista ( “Não visto roupa em casa e só saio vestido porque não posso sair nu”, disse). Vivia mais recluso com seus oito cachorros batizados como seus ídolos na música brasileira, de Cazuza a Tim Maia. Jeff Machado — Foto: reprodução/ instagram Tinha poucos amigos. Um deles era Bruno Rodrigues, seu algoz, suspeito do crime. É com ele que Jeff aparece numa foto postada em seu perfil no Facebook, no dia 13 de dezembro, num restaurante de frutos do mar em Barra da Guaratiba, próximo a sua casa, onde seria estrangulado, assassinado friamente, menos de 30 dias depois. Jeff Machado com Bruno Rodrigues — Foto: reprodução/ instagram : Jeff Machado teve trajetória marcada pela homofobia e solidão: ‘Tenho medo de morrer sozinho’, dizia ele
Por que Jeff Machado foi morto?
A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu o inquérito da investigação sobre o assassinato do ator Jefferson Machado e indiciou os dois principais suspeitos por homicídio triplamente qualificado. Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinicius da Silva Braga já estão presos. Um terceiro homem foi indiciado no mesmo inquérito por maus-tratos a animais. Receba, em primeira mão, as principais notícias da CNN Brasil no seu WhatsApp! Inscrever-se Além de homicídio – com as qualificadoras de motivo fútil, asfixia e impossibilidade de defesa da vítima –, Bruno irá responder por outros sete crimes: ocultação de cadáver, estelionato e tentativa de estelionato, furto, invasão de dispositivo informático, maus-tratos a animais e falsa identidade.
Jeander, por sua vez, responde pelo homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e maus-tratos a animais. Segundo investigação da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), Jeff Machado foi morto em 23 de janeiro. O ator foi dopado, asfixiado e estrangulado com um fio de telefone. Depois, o corpo foi colocado em um baú que pertencia à própria vítima, enterrado e concretado nos fundos de um imóvel no bairro Campo Grande, na zona oeste.
A casa, de acordo com a investigação, havia sido alugada por Bruno no mês anterior com o único propósito de esconder o corpo. O inquérito da DDPA apontou que Bruno se dizia produtor de uma emissora de televisão e prometeu um papel em uma novela a Jeff Machado. O ator Jeff Machado e seus oito cachorros da raça setter. / Reprodução/ Instagram Depois de assassinar o artista, Bruno ainda tentou vender o carro de Jeff e gastou cerca de R$ 7 mil em compras com os cartões da vítima. Ele e Jeander também são acusados de furtar telefones, notebook, jaquetas de couro e uma televisão do ator.
A investigação apontou ainda que Jeander foi o responsável por transportar o corpo de Jeff Machado até o imóvel alugado. O acusado também teria sido o responsável por abrir o buraco onde posteriormente foi concretado o baú com a vítima. Após o assassinato de Jeff Machado, oito cachorros que pertenciam ao ator foram levados a um centro espírita no bairro Palmares, também na zona oeste.
De acordo com a polícia, eles foram submetidos a maus-tratos físicos e psicológicos. Depois, foram abandonados na rua. Por causa disso, o responsável pelo local foi indiciado pelo crime de maus-tratos a animais. Ele não teve o nome revelado.
Qual o motivo da morte de Jeff?
Relembre passo a passo do assassinato – Quebra-cabeça do caso Jeff Machado — Foto: Editoria de Arte Sem notícias há alguns dias do ator Jeff Machado, parente e amigos estranharam sua ausência no fim de janeiro e foram à polícia. O desaparecimento foi registrado no dia 27 daquele mês e, até a polícia encontrar o corpo, concretado no quintal de uma casa na Zona Oeste do Rio, foram 115 dias de angústia para a família. Os envolvidos no caso — Foto: Editoria de Arte Jeff Machado, de 44 anos, definia-se em suas redes sociais como ator, modelo, produtor e pai de cães. A paixão pelos cachorros, principalmente da raça Setter, podia ser vista tanto nas fotos que publicava no próprio perfil, quanto numa conta criada por ele especificamente para exibir os bichos, o @dogsdojeff.
O ator catarinense, da cidade de Araranguara, que esteve no ar na novela “Reis”, da TV Record, estava desaparecido desde o dia 27 de janeiro. Seu corpo foi encontrado no dia 22 de maio pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). Ele estava amarrado e concretado dentro de um baú de madeira enterrado num terreno na Rua Itueira, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.
Preso como principal suspeito do assassinato de Jeff, Bruno de Souza Rodrigues, de 37 anos, conhecia o ator há pelo menos três anos. Eles se aproximaram após o produtor revelar interesse na carreira dele, prometendo-lhe ajuda para conseguir um papel numa novela.
Uma amiga de infância de Jeff contou, em entrevista ao GLOBO, que a aproximação de Bruno despertou em Jeff um sonho antigo: tornar-se reconhecido no meio artístico. Em pouco tempo, o produtor já frequentava a casa do artista e, aos poucos, “tomou conta da rotina do ator”, revelou a amiga. De acordo com ela, o suspeito fazia questão de demonstrar que tinha interesse amoroso pelo artista.
No entanto, Jeff confidenciou à amiga que só o via como amigo, pois “não fazia seu tipo”. Preso por envolvimento no crime, o garoto de programa Jeander Vinícius da Silva Braga, de 29 anos, conheceu Bruno por meio de um aplicativo de relacionamento. Há quase dois anos, o produtor o teria o contratado.
À polícia, Jeander contou ser padeiro e não ter trabalho com carteira assinada. Por isso, fazia “bicos” com obras e programas. Em depoimento, Jeander disse ainda que conheceu Jeff há cerca de um ano no mesmo aplicativo no qual se relacionou com Bruno. Amigos em comum, ele relatou à polícia que, do fim de 2021 a 2022, os três passaram a se envolver em trio.
As investigações apontam que na tarde de 23 de janeiro, Jeff recebeu os acusados do crime em casa, na Barra de Guaratiba, Zona Oeste do Rio. O imóvel de dois andares já era conhecido pela dupla, que costumava frequentá-lo há uns anos, segundo a polícia.
- Os depoimentos mostraram que a motivação do encontro era gravação de um vídeo erótico entre Jeff e Jeander na suíte do ator, localizada no segundo andar.
- Mas as coisas não transcorreram como planejado pelo ator.
- As investigações apontaram que durante o sexo Jeff teria sido estrangulado com um fio de telefone.
Na companhia Jeander Vinícius da Silva Braga, Bruno amarrou pés e mãos de Jeff com fita adesiva e o colocou em posição fetal dentro de um dos baús usados na decoração da própria casa da vítima. Assassinato de Jeff Machado: Veja vídeo de remoção do corpo do ator em Campo Grande Segundo as investigações, Bruno planejava o crime desde dezembro. Quatro dias antes, Jefferson comemorou 44 anos e foi presenteado por Bruno com um bolo de aniversário.
- O gesto foi visto com carinho pela família do ator, distante na data por morar em Araranguá, em Santa Catarina.
- A celebração entre os amigos aconteceu numa praia e teve parabéns dentro do carro de Jeff.
- De acordo com a polícia, Bruno de Souza Rodrigues criou, pelo menos, dois personagens fictícios para atrapalhar as investigações, além de se passar pelo próprio Jeff para amigos do ator.
Tudo começou quando, em 1º de fevereiro, Patricia Triacca, veterinária e amiga de Jeff, recebeu a notícia do abandono dos cachorros do ator. Ela, então, entrou em contato com ele perguntando o que estava acontecendo. Naquele momento, quem respondia às mensagens pelo celular de Jeff era Bruno. 1 de 7 Mensagem do dia 25 de janeiro. — Foto: Reprodução 2 de 7 Mensagem do dia 25 de janeiro. Círculo roxo feito por Patrícia. — Foto: Reprodução X de 7 Publicidade 7 fotos 3 de 7 Mensagem do dia 1° de fevereiro. Círculo vermelho feito por Patrícia. — Foto: Reprodução 4 de 7 Jefferson justifica porque não manda áudios à Patrícia. — Foto: Reprodução X de 7 Publicidade 5 de 7 Mensagem do dia 2 de fevereiro. — Foto: Reprodução 6 de 7 Mensagem do dia 2 de janeiro. Seta em rosa feita por Patrícia. — Foto: Reprodução X de 7 Publicidade 7 de 7 Mensagem do dia 2 de fevereiro.
Foto: Reprodução Mesmo ao saber da condição de abondono dos cães, ator continuou sem fazer contato por voz ou vídeo a familiares e amigos Na conversa, o suposto Jeff deu o telefone de quem seria o “namorado” da amiga de Jacarepaguá. Ele afirmou que Giovani explicaria a situação dos setters para Patrícia.
Na última quarta-feira, a perícia de um áudio enviado a Patrícia revelou que Giovani, suposto namorado de uma amiga do ator, era, na verdade, Bruno. Ele forneceu informações falsas sobre os cachorros do artista, abandonados após seu desaparecimento. A polícia nunca acreditou nessa versão e considerou, desde o início das investigações, o suposto assassino como um dos personagens fictícios criado pelos suspeitos “em uma tentativa desesperada de excluir suas responsabilidades penais”.
- Quando foi preso, Jeander confessou que recebeu dinheiro de Bruno para mentir sobre a existência de Marcelo, e culpou o produtor de TV pela morte do ator.
- Os locais do crime — Foto: Editoria de Arte Durante as investigações, a polícia identificou os dois locais principais utilizados no crime: a casa de Jefferson, onde ele foi morto, e a quitinete na Rua Itueira, onde ele foi enterrado.
De um lugar ao outro, são cerca de 18 quilômetros. Jeff foi asfixiado com um fio de metal, na própria casa, em Guaratiba, colocado em um baú e transportado para uma casa alugada em Campo Grande, também na Zona Oeste. O local, dias depois, receberia por cima uma camada de cimento.
Vista da rua, a casinha não chama a menor atenção. Ela fica espremida entre uma escola e uma residência de dois andares. A polícia acredita que Jeander Vinícius cavou o buraco onde o baú, com o corpo do ator Jeff Machado, foi concretado. Já Bruno é apontado como o autor do assassinato. De acordo com a polícia, Bruno e Jeander botaram o baú no carro do ator e escolheram o caminho mais longo e ermo até Campo Grande.
Tinham percorrido só cinco quilômetros quando tomaram um susto: na Estrada da Ilha, em Guaratiba, deram de cara com uma blitz da Polícia Militar. Os dois furaram o bloqueio e seguiram adiante. A fuga ficou registrada numa multa aplicada ao Renault Duster branco de Jeff.
- As pistas da investigação — Foto: Editoria de Arte Jeff Machado era apaixonado pela raça Setter.
- Em casa, tinha oito deles e compartilhava um pouco da rotina por meio de um perfil numa rede social.
- Também fã de MPB, todos tinham nome de grandes artistas do gênero: Tim Maia, Nando Reis, Elis Regina, Cazuza, Vinicius de Moraes, Gilberto Gil, Rita Lee e Caetano Veloso.
No fim de janeiro, num curto espaço de tempo, os animais começaram a aparecer abandonados na rua. Por ser uma raça pouco comum no Brasil, os animais têm chip de identificação, o que ajudou a indicar que eram de Jeff. Os cachorros foram localizados pela ONG Indefesos, de proteção aos animais, no final de janeiro.
- A diretora Rosana Guerra organizou uma força-tarefa assim que soube dos cães abandonados por bairros da Zona Oeste, principalmente em Santa Cruz.
- Dois deles morreram e um segue desaparecido.
- Patrícia Triacca, veterinária amiga do ator e criadora da raça, acompanhou de perto o resgate de cada um.
- Foi ela quem entrou em contato, por WhatsApp, com Jeff — ou com quem, àquela altura, se passava por ele.
Eram apenas mensagens de texto, sem ligações, áudios ou vídeos, o que levantou suspeitas.1 de 8 Tim Maia, Nando Reis, Elis Regina, Cazuza, Vinícius de Moraes, Gilberto Gil, Rita Lee e Caetano Veloso — Foto: Reprodução / Instagram 2 de 8 Jeff com os cães durante encontro de Setters no Rio, em 2021 — Foto: Reprodução / Instagram X de 8 Publicidade 8 fotos 3 de 8 Cães ganharam nomes de artistas brasileiros: Caetano Veloso, Rita Lee, Miúcha, Nando Reis, Gilberto Gil, Cazuza, Tim Maia, Nara Leão e Vinícius de Moraes — Foto: Reprodução / Instagram 4 de 8 A dupla batizada de Gilberto Gil e Caetano Veloso — Foto: Reprodução / Instagram X de 8 Publicidade 5 de 8 A chow-chow Nara Leão do ator Jeff Machado — Foto: Reprodução / Instagram 6 de 8 Jeff também costumava postar fotos com os pets de amigos — Foto: Reprodução / Instagram X de 8 Publicidade 7 de 8 O setter Vinícius de Moraes — Foto: Reprodução / Instagram 8 de 8 Tim Maia — Foto: Reprodução / Instagram X de 8 Publicidade Depois que o corpo de Jeff foi encontrado e Bruno e Jeander se tornaram suspeitos do crime, a dupla tentou, em depoimento à polícia, inserir uma terceira pessoa na cena do crime.
Eles alegaram que um homem chamado Marcelo foi o responsável por matar o ator. Segundo relato de Jeander, Marcelo, conhecido como “Ben 10” ou “Pablo”, era matador da milícia da Zona Oeste. Mensagens enviadas por impostor Patrícia Triacca foi a primeira a suspeitar que um impostor se passava pelo ator.
Em mensagens de WhatsApp trocadas após o abandono dos cães, ela estranhou o comportamento e o jeito de falar do amigo, que não atendia ligações nem mandavam áudios, muito menos fotos. Nos textos trocados, ele pedia para que a amiga não o julgasse pelo que estava acontecendo com os cachorros: “Só eu sei o peso disso”.
Através da ONG Indefesos, Patricia soube sobre os abandonos e ao identificar que os animais pertenciam a ele, o procurou para entender o que acontecia e cobrar por uma solução. Apenas por mensagens escritas, relatou que os cães estavam na casa de uma amiga em Jacarepaguá. Ao ser cobrado por colocá-las em contato, ele passou para Patrícia o número que seria do namorado da mulher.
O homem, que depois foi comprovado ser o próprio Bruno, disse que Jeff tinha perguntado por um lugar em que pudesse abandonar um cachorro doente e que, no endereço marcado, uma igreja em Santa Cruz, ele teria levado os oito animais. Itens de higiene pessoal em casa Patrícia começou a suspeitar de toda a história e decidiu conversar com a mãe e o irmão dele.
- Todos estranharam o comportamento do rapaz e repararam não conversar por voz ou vídeo com ele há bastante tempo.
- A mãe dele, Maria das Dores Machado, disse que naquele período o filho não mais fazia chamadas de vídeo, como era de costume, e que estranhava o modo com que ele vinha se comunicando.
- Eles reuniram material e foram à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), no Jacarezinho.
Em 6 de fevereiro, dois dias após o registro de desaparecimento, a família de Jeff descobriu que as chaves da casa e do carro do ator estavam com Bruno. Eles combinaram de buscar os bens na residência do artista, quando o produtor também iria mostrar o imóvel para eles.
- Diego Machado, irmão de Jeff, decidiu gravar a visitação.
- Principal suspeito de assassinar Jeff Machado mostra casa do ator Logo no início do vídeo, ele sentiu mau cheiro na sala e na cozinha da casa, que ficam no primeiro andar.
- Na suíte do ator, revirada e bagunçada, ele notou que todas as roupas estavam penduradas em cabides, e que itens de higiene pessoal, como shampoo, condicionador e escova de dentes estavam no banheiro — o que não fazia sentido já que Jeff, a princípio, estava em São Paulo.
Peças da investigação da polícia — Foto: Editoria de Arte As investigações da polícia mostraram que o produtor de TV Bruno de Souza Rodrigues tentou vender a casa e o carro do ator após o assassinato. Ele conta ter estado com as chaves dos bens a pedido do artista, que estaria temporariamente em São Paulo.
De acordo com o Disque-denúncia, o imóvel de dois andares em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, foi anunciado em sites de venda pelo valor de R$ 280 mil. A tentativa de venda do veículo, um Renault Duster branco, foi feita no dia 2 de fevereiro, dez dias depois do assassinato. A negociação só não teve sucesso porque o comprador exigia a assinatura do proprietário do carro.
Durante a investigação, a polícia verificou que o veículo, em nome de Jeff, sofreu uma multa por ultrapassar a barreira de trânsito montada pela polícia no dia 23 de janeiro, data da morte do ator, às 20h26. A polícia suspeita que o baú onde o corpo foi encontrado, a 20 quilômetros da casa do ator, estivesse no veículo.
- Vídeo mostra suspeito de matar Jeff Machado negociando venda do carro do ator Já a casa de Jeff, foi anunciada em plataformas de venda por um vendedor sem identificação.
- A informação partiu de denúncias anônimas feitas ao programa Disque-denúncia, que constatou uma negociação do imóvel no dia 1° de fevereiro.
A tentativa de venda era “urgente”, o que justificou a redução de preço de R$ 280 mil para R$ 250 mil. Em mensagem enviada pelo vendedor, havia a explicação de que Jefferson havia conseguido trabalho em outro estado e precisava vender rapidamente a casa.
De acordo com as investigações da polícia, todos os contatos sobre a venda dos bens de Jefferson foram feitos por Bruno. Imóvel alugado um mês antes Segundo a polícia, a casa onde o corpo foi encontrado foi sublocada por Bruno um mês antes do desaparecimento de Jeff. Pouco antes do sumiço da vítima, o imóvel passou por obra.
O muro da porta da frente ficou mais alto, e ainda tem os tijolos aparentes. Na lateral, uma abertura que permitia que quem passasse próximo visse a casa, foi tampada. De acordo com o laudo da necropsia, apresentado na representação de prisão dos suspeitos, ao qual o GLOBO teve acesso, a investigação indica que Jeff havia mantido relações sexuais pouco antes de ser morto: “É plausível afirmar que Jefferson pode ter sido estrangulado durante o ato sexual, ao se posicionar de costas para seu algoz e, por isto, seu corpo estava desnudo demonstrando, nitidamente, que a vítima havia mantido relação sexual recente”, diz trecho do documento.
Imagens de quando o corpo foi encontrado — Foto: Editoria de Arte No dia 22 de maio, a polícia chegou ao local onde estava o corpo de Jeff. Ele foi encontrado em posição fetal, dentro do baú e em estado de decomposição, enterrado a dois metros de profundidade nos fundos da casa alugada em Campo Grande.
O baú pertencia ao ator e aparece em uma das fotos publicados por ele no Instagram. Segundo o advogado Jairo Magalhães, o rapaz tinha uma corda em volta do pescoço e nas mãos. Por conta do adiantado estado de decomposição, o laudo da perícia e da certidão de óbito descreve a causa da morte como “indeterminada”.
- Apesar disso, foi possível fazer o reconhecimento por meio de suas impressões digitais e comprovar a identidade.
- As prisões dos suspeitos — Foto: Editoria de Arte Jeander Vinícius da Silva Braga, de 29 anos foi preso por agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) no dia 2 de junho.
- O garoto de programa foi preso em Santíssimo, na Zona Oeste do Rio.
Na época, Bruno estava foragido. Segundo os investigadores, um cerco foi montado por volta das 6h para tentar localizar Jeander. A polícia trabalhava com três possíveis endereços, nos quais o garoto de programa poderia ter se escondido. A localização do suspeito só foi possível com a ajuda de moradores da região, que o denunciaram.
Duas semanas depois, agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro do Vidigal prenderam Bruno de Souza Rodrigues, principal suspeito de assassinar o ator. O produtor de TV estava escondido no hostel Laje do Neguinho, na comunidade, localizada na Zona Sul do Rio. Com ele, os policiais encontraram malas prontas, o que indicaria que Bruno estava pensando em deixar o local.
Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinícius da Silva Braga vão resposder pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Na última quinta-feira, dia em que Bruno foi preso ao ser encontrado em um hostel no Vidigal, na Zona Sul do Rio, a polícia confirmou que ele vai responder também por estelionato e por maus-tratos de animais, um desdobramento pelo abandono dos oito cachorros da raça Setter que eram criados por Jeff.
A suspeita de estelionato é devido às tentativas de enganar Jeff para benefício financeiro. Por ser produtor, Bruno afirmava que conseguiria um papel para o ator em novelas. As promessas vinham sempre acompanhadas de pagamentos para as supostas vagas. A polícia conseguiu identificar que a vítima pagou ao suspeito cerca de R$ 20 mil.
Após o assassinato, os cartões de banco de Jeff foram usados e tiveram gastos que ultrapassaram R$ 5 mil. Já quanto aos maus-tratos de animais, será por conta do abandono dos oito cães nas ruas. Logo após o assassinato de Jeff, os cachorros foram levados para um imóvel em Santíssimo, também na Zona Oeste do Rio, que pertencia a um conhecido dos suspeitos.
Após passarem três dias no hospital, Bruno abriu o portão, segundo testemunhas, para que os animais fugissem. Durante cerca de uma semana, sete deles foram encontrados, e um continua perdido até hoje. Entre os localizados, cinco foram adotados e dois morreram, o que pode agravar a pena, em caso de condenação pelo crime.
: Jeff Machado: inquérito da morte brutal do ator será finalizado; relembre o caso
Qual a idade de Jeff Machado?
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Caso Jeff Machado | |
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Bairro Campo Grande, Rio de Janeiro | |
Data | janeiro de 2023 |
Tipo de crime | Homicídio ocultação de cadáver |
Mortos | 1 |
Réu(s) | Bruno de Souza Rodrigues Jeander Vinícius da Silva Braga |
Advogado de defesa | João Maia Pedro Moutinho |
Promotor | Sauvei Lai |
O Caso Jeff Machado refere-se ao homicídio e ocultação de cadáver do jornalista, produtor e ator Jefferson Machado aos 44 anos de idade. O crime aconteceu na cidade do Rio de Janeiro no final de janeiro de 2023 e seu corpo foi descoberto em 22 de maio seguinte, enterrado dentro um baú que estava a dois metros de profundidade e coberto com uma grossa camada de concreto.
No dia 1.º de junho de 2023, a Justiça decretou a prisão de Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinícius da Silva Braga por por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, Jeander foi preso em 02 de junho e Bruno, que estava foragido, foi capturado em 15 de junho. O caso foi tema de reportagens no Fantástico e no Domingo Espetacular de 28 de maio de 2023.
“Uma história que não para de impressionar, principalmente por causa dos detalhes de crueldade”, disse o apresentador do Domingo Espetacular, Outros programas como o Primeiro Impacto e o Brasil Urgente também deram destaques ao caso.
Onde estão os cachorros de Jeff Machado?
Os cachorros de Jeff Machado foram abandonados nas ruas da Zona Oeste do Rio de Janeiro após a morte do ator e deram indícios de seu desaparecimento. Quase seis meses após a morte do ator, os animais, que eram identificados com microchip, receberam ajuda de parentes e amigos de Jeff, além do apoio da ONG Indefesos.
- Dos oito cães, sete foram encontrados e, neste período, dois morreram.
- Após o resgate, eles foram levados à novos lares na semana seguinte ao resgate, de acordo com o Jornal Extra,
- Patricia Triacca, veterinária amiga de Jeff, foi a responsável por encontrar novos donos aos animais, que são pessoas conhecidas e que contam com a confiança da profissional.
A família do ator deu o aval. Jeff Machado Jeff Machado tinha oito cães Reprodução Cães – Jeff Machado Os animais ajudaram a polícia a encontrar o corpo do ator Reprodução Cães – Jeff Machado OS cães têm nome de cantores da MPB, como Cazuza e Vinícius de Moraes Reprodução Cães – Jeff Machado Cães de Jeff Machado Reprodução 0 Como era fã de MPB, os nomes dos mascotes de Jeff eram os mesmos de grandes estrelas da música. Vinícius de Moraes e Cazuza foram doados à mesma família, enquanto Tim Maia, Nando Reis e Elis Regina foram para outros, diferentes entre si. Já Caetano Veloso e Rita Lee morreram. O único que continua desaparecido é Gilberto Gil.
Quem é a mãe de Jeff Machado?
Mãe de Jeff Machado conta à Justiça como produtor de TV se fez passar pelo ator após assassinato A mãe de Jeff Machado, Maria das Dores Machado, disse durante a primeira audiência sobre a morte do ator, nesta sexta-feira (27), que desconfiou que algo estava errado quando começou a receber mensagens incomuns de Jeff, após o dia 23 de janeiro, data do óbito. Maria das Dores prestou o depoimento sem a presença dos réus, Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinícius da Silva Braga. A mãe do ator também falou das transferências de dinheiro que fez a pedido do filho, que explicou que seriam destinadas a Bruno, que afirmava estar ajudando o ator a conseguir um papel no elenco de uma novela.
Irmão de Jeff, Diego Machado também estranhou as supostas mensagens do ator após o crime. Segundo ele, quando começou a desconfiar que não falava com o irmão, ameaçou fazer contato com a polícia. “Imediatamente, após essa mensagem, o Bruno, com quem eu nunca tinha falado, me ligou. Disse que meu irmão tinha viajado para São Paulo e não deu mais notícias.
Achei estranho e combinei com o Bruno de vir ao Rio, para irmos à casa do meu irmão”, relatou Diego. A testemunha revelou ainda que, ao chegar na casa de Jeff, estranhou a forma como Bruno se referia ao irmão, sempre utilizando o tempo verbal no passado, como se ele não estivesse mais vivo.
Além disso, encontrei a casa toda revirada, senti falta de alguns pertences do meu irmão, como notebook, celular, TV, e me pareceu muito claro que o Jefferson não tinha viajado para São Paulo, como o Bruno informou. As malas, toalha, escova de dentes do meu irmão estavam na casa, demonstrando que alguma coisa havia acontecido”, lembrou.
De acordo com as investigações, o produtor de TV Bruno Rodrigues prometeu um papel em uma novela para a vítima, de 44 anos, que pagou R$ 25 mil para conseguir a “vaga”. Ao perceber que não conseguiria manter a farsa, o suspeito teria assassinado o ator.
- Ainda segundo a Polícia Civil fluminense, após o homicídio, Jeander levou o corpo a um imóvel alugado e o colocou em um baú, que foi enterrado e concretado.
- O cadáver foi encontrado somente em maio.
- Os réus também foram acusados de roubar pertences da vítima e usar seu cartão de crédito para fazer compras.
Além da mãe e do irmão de Jeff, a Justiça do Rio de Janeiro também tomou o depoimento do inspetor da Delegacia de Descoberta de Paradeiros Igor Rodrigues Bello, que trabalhou diretamente nas investigações do crime e disse ter certeza de que houve premeditação.
Em um depoimento de cerca de quatro horas, o policial contou todas as etapas da investigação. A premeditação, de acordo com o inspetor, ficou demonstrada por dois fatos: no final de 2022, Bruno começou a visitar revendedores de veículos na zona oeste, dizendo que levaria o carro de um amigo para vender.
O outro fato foi a compra da casa onde o corpo foi encontrado, realizada meses antes do crime. Os réus fizeram uma obra no imóvel, levantando um muro e cavando o buraco onde enterraram o baú.
Ainda segundo Bello, durante toda a investigação, Bruno manteve a história, tanto para a família do ator quanto para as autoridades, de que Jeff conseguiu uma chance de trabalho em São Paulo, e por isso deixou sua casa, seu carro para que ele os vendesse e seus cachorros para que ele tomasse conta.O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou Bruno pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado (motivo torpe, emprego de asfixia, uso de recurso que impediu a defesa da vítima e para ter vantagem de outro crime); ocultação de cadáver; estelionato; crimes patrimoniais contra o espólio do ator; invasão de dispositivo eletrônico; falsa identidade e maus-tratos aos animais (abandono dos cães do ator).Já Jeander é acusado de homicídio, ocultação e maus-tratos a animais.A CNN tenta contato com a defesa dos acusados.
No total, 23 testemunhas, tanto de acusação como de defesa, tinham sido arroladas para a audiência. No entanto, em razão da quantidade de depoimentos, a Alessandra da Rocha Lima Roidis, da 1ª Vara Criminal do Rio, determinou que a sessão continue no próximo dia 11 de dezembro, a partir das 13 horas. : Mãe de Jeff Machado conta à Justiça como produtor de TV se fez passar pelo ator após assassinato
Como era a vida de Jeff Machado?
Jeff Machado teve trajetória marcada pela homofobia e solidão: ‘Tenho medo de morrer sozinho’, dizia ele Assassinado de forma cruel, em sua segunda tentativa de ganhar a vida no Rio, Jeff Machado sempre foi movido por sonhos e desejos. Mas também foram a homofobia e o medo os responsáveis por ele mudar tanto de cidade. Jeff Machado — Foto: reprodução/ facebook “Eu não tinha como viver aquela paixão e fui trabalhar como modelo em Porto Alegre, na agência Elite. Eu não conseguia me assumir integralmente, era uma pressão muito grande. Eu tinha perdido um irmão mais velho e achava que cabia a mim casar, ter filhos e reestruturar minha família. Jeff Machado — Foto: reprodução Jeff Machado chegou ao Rio no início dos anos 2000 com o sonho de ser ator e trabalhar na televisão. Essa seria sua primeira temporada na cidade. Com poucas oportunidades para atuar, acabou trabalhando como gerente de loja e produtor de moda.
- Além disso, cursava a faculdade de Jornalismo.
- Eu fazia pós-graduação em Cinema na Fundação Getúlio Vargas quando uma amiga me indicou para trabalhar como assessor de imprensa com a irmã da Angélica”, contou.
- Foi nesse período que ele conheceu de perto os encantos e desilusões de uma carreira artística.
Jeff Machado trabalhou na área de assessoria, durante um ano, no escritório da empresa Destaque, de Márcia Marbá, irmã da apresentadora, e cuidava de atrizes como Juliana Silveira, Dani Valente e Grazi Massafera em início de carreira. “Fui eu que consegui o registro para a Grazi estrear como atriz na novela ‘Páginas da vida’. Jeff Machado na entrevista em 2013 — Foto: reprodução De volta à cidade de Araranguá, Jeff Machado viveu seus melhores momentos, trabalhando como produtor, jornalista e colunista. Namorou um tempo um psicólogo, sendo esse um dos dois relacionamentos sérios que teve em seus 44 anos de vida.
Mas a homofobia ainda o cercava. Ofensas em restaurantes, vizinhos ameaçando matar seus cachorros e a falta de apoio da família. “Eu podia ganhar um Oscar que nada mudava. Se tem uma coisa que eu não conseguir vencer foi o preconceito. Ninguém da minha família, por exemplo, me visita. A sensação é que querem me esconder.
A homofobia dói muito. Muitas vezes não consegui ser forte, mas botei a cara para bater”, disse ele. Jeff Machado com clientes em Santa Catarina — Foto: reprodução/ facebook Em 2014, o catarinernse voltou a morar no Rio, mas deixou saudades. “Que falta Jeff nos faz! Nosso Menino de Ouro virou Menino do Rio”, disse uma amiga, a apresentadora Claudia Felippe, logo depois de sua despedida de lá. Jeff Machado com Helena Fernandes (loira) na novela “Bom sucesso” — Foto: reprodução Nos últimos anos, adotou um estilo de vida saudável, virou surfista e naturista ( “Não visto roupa em casa e só saio vestido porque não posso sair nu”, disse). Vivia mais recluso com seus oito cachorros batizados como seus ídolos na música brasileira, de Cazuza a Tim Maia. Jeff Machado — Foto: reprodução/ instagram Tinha poucos amigos. Um deles era Bruno Rodrigues, seu algoz, suspeito do crime. É com ele que Jeff aparece numa foto postada em seu perfil no Facebook, no dia 13 de dezembro, num restaurante de frutos do mar em Barra da Guaratiba, próximo a sua casa, onde seria estrangulado, assassinado friamente, menos de 30 dias depois. Jeff Machado com Bruno Rodrigues — Foto: reprodução/ instagram : Jeff Machado teve trajetória marcada pela homofobia e solidão: ‘Tenho medo de morrer sozinho’, dizia ele
Qual novela Jeff Machado fez na Globo?
Na novela Reis, que estreou em março de 2022, ele interpretou um soldado filisteu no elenco de apoio. Ele também era conhecido por ser dono de oito cães de estimação, a maioria da raça setter.
Qual novela Jeff Machado participou?
Participou no elenco de apoio de algumas novelas, como Reis, da Record. O papel do ator durou apenas alguns meses, no início de 2022.
Quando morreu Jeff Machado?
A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu o inquérito da investigação sobre o assassinato do ator Jefferson Machado e indiciou os dois principais suspeitos por homicídio triplamente qualificado. Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinicius da Silva Braga já estão presos. Um terceiro homem foi indiciado no mesmo inquérito por maus-tratos a animais. Receba, em primeira mão, as principais notícias da CNN Brasil no seu WhatsApp! Inscrever-se Além de homicídio – com as qualificadoras de motivo fútil, asfixia e impossibilidade de defesa da vítima –, Bruno irá responder por outros sete crimes: ocultação de cadáver, estelionato e tentativa de estelionato, furto, invasão de dispositivo informático, maus-tratos a animais e falsa identidade.
- Jeander, por sua vez, responde pelo homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e maus-tratos a animais.
- Segundo investigação da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), Jeff Machado foi morto em 23 de janeiro.
- O ator foi dopado, asfixiado e estrangulado com um fio de telefone.
- Depois, o corpo foi colocado em um baú que pertencia à própria vítima, enterrado e concretado nos fundos de um imóvel no bairro Campo Grande, na zona oeste.
A casa, de acordo com a investigação, havia sido alugada por Bruno no mês anterior com o único propósito de esconder o corpo. O inquérito da DDPA apontou que Bruno se dizia produtor de uma emissora de televisão e prometeu um papel em uma novela a Jeff Machado. O ator Jeff Machado e seus oito cachorros da raça setter. / Reprodução/ Instagram Depois de assassinar o artista, Bruno ainda tentou vender o carro de Jeff e gastou cerca de R$ 7 mil em compras com os cartões da vítima. Ele e Jeander também são acusados de furtar telefones, notebook, jaquetas de couro e uma televisão do ator.
A investigação apontou ainda que Jeander foi o responsável por transportar o corpo de Jeff Machado até o imóvel alugado. O acusado também teria sido o responsável por abrir o buraco onde posteriormente foi concretado o baú com a vítima. Após o assassinato de Jeff Machado, oito cachorros que pertenciam ao ator foram levados a um centro espírita no bairro Palmares, também na zona oeste.
De acordo com a polícia, eles foram submetidos a maus-tratos físicos e psicológicos. Depois, foram abandonados na rua. Por causa disso, o responsável pelo local foi indiciado pelo crime de maus-tratos a animais. Ele não teve o nome revelado.
Onde morava o ator Jeff Machado?
Antecedentes – Bairro Guaratiba, na cidade do Rio: Jeff morava nesse bairro e foi morto em sua casa, tendo seu corpo sido posto num baú que foi levado para uma casa no bairro Campo Grante, onde foi enterrado Jefferson Machado da Costa, mais conhecido como Jeff Machado, nasceu em Araranguá, Santa Catarina, em 19 de janeiro de 1979,
Em 1997, se mudou de Santa Catarina para o Rio de Janeiro para tentar a carreira de ator, mas retornou para seu estado natal, especificamente para Florianópolis, em 2008, quando trabalhou como jornalista, Posteriormente, em 2014, voltou para o Rio para tentar novamente a carreira de produtor e ator numa grande emissora e acabou conseguindo um trabalho como coadjuvante na novela Reis, da Record, em 2021–2022.
Apaixonado por cães da raça setter, ele tinha oito cachorros na casa onde residia, no bairro de Guaratiba, Cerca de quatro anos antes de sua morte, Jeff conheceu Bruno, que se apresentava como produtor artístico da Globo, onde de fato havia trabalhado até 2018.
- Bruno assediava Jeff financeiramente, dizendo que conseguiria um contrato entre o ator e a emissora mediante pagamento.
- Em dezembro de 2022, Bruno alugou uma casa na Rua Itueira, no bairro Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, a cerca de 20 quilômetros da casa do ator.
- Ele reformou a residência, aumentando os muros.
Um vizinho disse que chegou a ver a vítima no local algumas vezes. Em janeiro Jeff conheceu Jeander num aplicativo de namoro e o garoto de programa passou a frequentar a casa do ator.
Onde o Jeff Machado morava?
Quem foi Jeff Machado – Jeff nasceu em Araranguá, município de Santa Catarina com cerca de 70 mil habitantes, localizado ao sul do estado, e morava na capital fluminense havia nove anos. Formado em Jornalismo e Cinema, no início da carreira ele chegou a atuar como colunista social em revistas de Florianópolis e Rio do Sul, município do Vale do Itajaí.
- Em 1997, se mudou para São Paulo e, vivendo entre a capital paulista e o Rio de Janeiro, dedicou-se ao estudo das artes cênicas.
- Em 2008 voltou para Florianópolis, onde trabalhou nas áreas de imprensa e artes.
- Foi assessor de imprensa, produtor, diretor de arte, cenógrafo e vitrinista.
- Em 2014 foi morar no Rio de Janeiro, onde trabalhava como ator e tinha como principal hobby o surfe.
Nessa rede social, em que tinha 10,9 mil seguidores, ele se apresentava como ator, modelo, produtor jornalista, assessor de imprensa e “pai de cães”. Entre as 303 publicações que postou, estão fotos suas na praia de nudismo de Abricó, na zona oeste do Rio.
Quem matou Jeff Machado?
Caso Jeff Machado: suspeitos de matar o ator se tornam réus na Justiça A Justiça do Rio de Janeiro aceitou de terem assassinado o ator em janeiro deste ano. Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinicius da Silva Braga agora são réus por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Qual foi o ator que morreu de AVC?
AVC na adolescência: entenda o mal súbito que provocou a morte de Arthur Singer aos 13 anos O ator e cantor Arthur Singer morreu aos 13 anos em razão de um na última quinta-feira, 6. Singer participou do reality show Canta Comigo Teen, da Record, em 2021, e atuou em musicais como Matilda e The Pilgrims,
A família publicou relatos nas redes sociais agradecendo as mensagens de carinho e as orações. A mãe de Arthur, Meire Adriane, disse ao Gshow que ele teve um AVC hemorrágico, Os médicos que o atenderam disseram a Meire que ele nasceu com uma malformação. “Nunca foi detectada, porque o meu filho nunca reclamou de dor de cabeça e a gente só procura fazer uma tomografia, uma ressonância, quando nós temos uma queixa.
O meu filho nunca se queixou disso”, afirmou ela. Arthur Singer durante sua participação no ‘Canta Comigo Teen’, da Record TV, em 2021 Foto: Reprodução de ‘Canta Comigo Teen’ (2021)/Record TV O AVC, conhecido popularmente como derrame, é uma das principais causas de morte na fase adulta, mas nas é uma patologia rara,
A incidência é de 2 a 8 casos a cada 100 mil, segundo o neurocirurgião Fernando Gomes, professor livre-docente do Hospital das Clínicas de São Paulo. No caso do AVC hemorrágico, ele explica que as principais causas são malformações que acontecem dentro do sistema nervoso e também traumas cranianos, Jovens que têm doenças de sangue como anemia falciforme, hemofilia, leucemia, bem como problemas no coração, como cardiopatia congênita ou adquirida, têm mais probabilidade de ter AVC.
“Muitas vezes esses fatores de risco são silenciosos. A pessoa tem uma vida normal, não tem nenhuma outra comorbidade e, de repente, descobre um quadro de complicação grave”, diz Gomes. No tipo hemorrágico, que segundo a mãe foi o caso de Arthur, pode existir um aumento súbito da pressão intracraniana, o que leva a pessoa ao coma e até mesmo à morte.
- O especialista explica que esse aumento, além de provocar o sangramento no cérebro, deixa o coração sem força para levar sangue para a cabeça.
- E a pessoa, assim, pode evoluir para a morte cerebral, completa o especialista.
- O neurologista do Hospital Sírio-Libanês Eli Faria Evaristo afirma que questões genéticas, histórico familiar, doenças renais, alguns medicamentos de controle de coagulação também estão entre as causas.
Quando um jovem tem um AVC, diz Evaristo, há um impacto muito grande para a família. Por outro lado, crianças e jovens têm um potencial de recuperação e resposta aos tratamentos muito bons. “O AVC aparece com um mal súbito. A maneira como o problema se apresenta, e se existe a possibilidade de ser tratado rapidamente, reduz o dano.
São maiores as chances de recuperação.” Continua após a publicidade Já Álvaro Pentagna, neurologista do Hospital Vila Nova Star, avalia que poucos serviços de emergência hospitalar estão capacitados para atender esse tipo de caso em crianças. No geral, os treinamentos dos profissionais e os serviços estão mais focados para o socorro de AVC em adultos.
Ele alerta que não se pode minimizar os sintomas que surgem nos jovens: “Ninguém acha que nessa faixa etária uma criança pode ter um AVC. Sinais como paralisia de um lado do corpo, dificuldade para falar, tontura, alterações da visão e dor de cabeça não devem ser ignorados.
- Os sintomas aparecem de forma abrupta.
- Quanto antes procurar atendimento médico, mais chance de recuperação haverá”.
- O que é um AVC? Segundo o Ministério da Saúde, o AVC acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea.
É uma doença que acomete mais os homens e é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo. Existem dois tipos de AVC, conforme o ministério: O AVC isquêmico ocorre quando há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo.
- Essa obstrução pode acontecer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia).
- O AVC isquêmico é o mais comum e representa 85% de todos os casos.
- Continua após a publicidade O AVC hemorrágico ocorre quando há rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia.
- Esta hemorragia pode acontecer dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge.
É responsável por 15% de todos os casos de AVC, mas pode causar a morte com mais frequência do que o AVC isquêmico. Quais são os principais fatores de risco para desenvolver um AVC, de acordo com o Ministério da Saúde?
- Hipertensão
- Diabetes tipo 2
- Colesterol alto
- Sobrepeso
- Obesidade
- Tabagismo
- Uso excessivo de álcool
- Idade avançada
- Sedentarismo
- Uso de drogas ilícitas
- Histórico familiar
- Ser do sexo masculino
- Quais as principais causas para ter um AVC na infância ou na adolescência?
- “Na infância e na adolescência, as principais causas são: cardiopatias congênitas, distúrbio da coagulação, trombofilias, malformações vasculares cerebrais, vasculites (inflamações dos vasos sistêmicos do cérebro), infecções agudas e crônicas, doenças genéticas, alguns tipos de tumores e anemia falciforme”, afirma Alex Baeta, médico neurologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
- Quais são os sinais de risco e alerta para que um médico seja procurado o quanto antes?
- De acordo com Maurício Hoshino, neurologista e membro do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura, entre os sinais de alerta estão: paralisia de algum membro, boca torta, perda da fala, dor de cabeça súbita, principalmente com vômitos e alteração visual.
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- Como é feito o diagnóstico?
- “O diagnóstico do AVC deve ser feito o mais precocemente possível com a realização de uma tomografia de crânio”, afirma Hoshino.
- “Também pode fazer uma ressonância ou um estudo vascular por angiotomografia ou angiorressonância ou uma angiografia cerebral para documentar o evento vascular”, acrescenta Baeta.
- Quais os tipos de tratamento?
No caso de crianças e adolescentes, envolve, primeiramente, a necessidade de manter a glicemia controlada, assim como o volume sanguíneo e a oxigenação. “Controlar a temperatura corporal, que não pode subir. Controlar bem a pressão arterial, sem contar que é de suma importância quais são os fatores de risco para o paciente e tentar revertê-los da melhor maneira possível”, afirma Baeta.
- O tratamento inclui ainda o acompanhamento para reabilitação neurológica com fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional e neuropsicologia.
- Não podemos esquecer que as crianças e os adolescentes têm mais chance de recuperação.
- Quanto mais jovem, os neurônios têm mais chance de formar novas conexões”, diz Baeta.
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