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Porque mataram o Pedrinho Matador?
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail – A fama de serial killer de Pedro Rodrigues Filho, 68, o Pedrinho Matador, autor de ao menos 11 homicídios, não intimidou os traficantes de drogas de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Ele queria proibir a comercialização de cocaína e maconha no bairro onde morava e por isso acabou assassinado,
- O crime aconteceu em 5 de março deste ano no bairro Ponte Grande.
- O delegado Rubens José Ângelo, titular do Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa, diz já ter esclarecido o crime e pediu a prisão temporária de 30 dias do acusado pelo assassinato.
- A coluna apurou que o suspeito tinha dois mandados de prisão em aberto, sendo um por roubo e outro por receptação.
Ele está foragido e é considerado de alta periculosidade. Há rumores inclusive de que tenha forte ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), Há um mês e meio, a Polícia Civil de Mogi das Cruzes cumpriu nove mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao foragido e também a outros suspeitos.
Dois deles chegaram a ser ouvidos, mas tiveram descartada a participação no crime. As investigações apontaram que Pedrinho Matador foi morto porque tentou proibir a ação de traficantes no bairro onde morava. Ele tinha sobrinhos pequenos e não queria que as crianças convivessem perto de uma biqueira (ponto de venda de drogas).
Como o PCC exerce o monopólio do tráfico de drogas em todo o estado de São Paulo, tudo levar a crer, no entendimento de policiais civis ouvidos pela reportagem na condição de anonimato, que Pedrinho Matador foi assassinado com o aval da maior facção criminosa do Brasil.
O que faz Pedrinho Matador hoje?
O CRIME – Pedrinho Matador foi morto aos 68 anos, em 5 de março, um domingo, na rua José Rodrigues da Costa, em Mogi das Cruzes. Segundo a Polícia Militar, ele foi baleado por volta das 10h, em frente à casa de uma irmã. Pedrinho ainda foi atendido pelo Samu, mas morreu no local.
Um veículo Gol preto, que estaria envolvido no transporte dos suspeitos, foi localizado. Ainda não está claro qual o motivo do crime. Pedro Rodrigues Filho morava em Itanhaém, no litoral paulista, mas tinha familiares em Mogi das Cruzes. Ele foi atingido por tiros e depois degolado. Um dos autores do crime utilizava uma máscara do personagem Coringa, segundo relato de uma testemunha.
Pedrinho Matador carregava R$ 750 no bolso quando foi assassinado, “Para mim foi uma dor maior do que quando eu perdi meu pai. Eu me sentia protegida pelo Pedrinho como eu não me sentia protegida pelo meu pai”, disse Iza Toledo, 52, psicanalista de Pedrinho Matador.
Quem o Pedrinho Matador matava?
Pedrinho Matador: O que o PCC tem a ver com o assassinato do serial killer? Entenda investigação A Justiça de Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo, decretou a prisão preventiva do principal suspeito de assassinar, considerado, Pedro Rodrigues Filho foi morto a tiros aos 68 anos na frente de sua casa, no dia 5 de março, em,
- Os criminosos cortaram sua garganta com uma faca de cozinha.
- Os suspeitos do assassinato estão foragidos.
- Pedrinho foi acusado de ter matado 71 pessoas, entre elas o próprio pai.
- O delegado Rubens José Ângelo, do Setor de Homicídios e de Proteção à Pessoa, representou pela prisão após identificar o suspeito e descobrir a possível motivação para o crime.
O nome do autor do crime não foi revelado para não prejudicar as investigações, já que outros dois comparsas dele, também foragidos, ainda são investigados. Pedro Rodrigues Filho foi morto a tiros aos 68 anos na frente de sua casa, no dia 5 de março, em Mogi das Cruzes Foto: JOSE PATRICIO/ESTADÃO – 08/10/2004 O homem acusado tinha dois mandados de prisão expedidos contra ele em aberto, ou seja, sem cumprimento.
Uma das acusações é de receptação e a outra de roubo. De acordo com informações de agentes que atuaram na investigação do caso, o suspeito controlava pontos de venda de drogas no bairro Ponte Grande, onde Pedrinho Matador morava e tinha familiares. Depois que saiu da prisão, o ex-serial killer se tornou evangélico e mantinha um canal no Youtube em que se autodenominava “Pedrinho ex-Matador com Jesus”.
Nesse canal ele se dizia convertido e atacava os traficantes. O ex-serial killer teria entrado em choque com líderes locais da facção criminosa, que pediram consentimento aos superiores na hierarquia da organização para eliminá-lo. Continua após a publicidade Pedrinho nasceu em uma fazenda, em Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas Gerais, e cresceu em um ambiente familiar conturbado.
Aos 9 anos, fugiu de casa e foi viver na capital paulista. Aos 14, cometeu o primeiro assassinato, matando o vice-prefeito da cidade de Alfenas (MG) por ter demitido seu pai, suspeito de roubar merenda escolar. Em seguida, matou um vigia, que suspeitava ser o verdadeiro ladrão. Após os crimes, fugiu para Mogi das Cruzes e começou a trabalhar no tráfico de drogas, iniciando também uma sequência de assassinatos.
Em uma só ação, matou um traficante, seu irmão e seu cunhado. Em outra ocasião, ainda menor, invadiu armado uma festa e matou seis suspeitos de envolvimento no assassinato de sua mulher. Preso em 1973, aos 18 anos, continuou matando na prisão. Entre as vítimas, matou o pai com 22 facadas após tomar conhecimento de que ele havia assassinado sua mãe com 21 golpes de facão.
- Condenado inicialmente a 126 anos de reclusão, Pedrinho teve as penas aumentadas pelos crimes cometidos na prisão, chegando a uma condenação total de quase 400 anos.
- Ele foi solto definitivamente em 2018.
- Por ironia, ele havia sido salvo da morte pelo PCC em 2000, quando estava preso na Casa de Custódia de Taubaté, unidade onde surgiu a facção.
Os presos se amotinaram e mataram nove detentos – três deles tiveram as cabeças cortadas. Pedrinho seria um dos alvos, mas sua execução foi impedida pelo então colega de prisão, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como o número 1 do PCC.
O que o Pedrinho Matador fez com o pai?
Homicídio do pai – Aos vinte anos, Pedrinho matou o próprio pai na cadeia onde ambos cumpriam pena, depois de ficar sabendo que ele havia matado sua mãe com 21 golpes de facão, “Ele deu 21 facadas na minha mãe, então dei 22”, disse numa entrevista para o jornalista Marcelo Rezende em um programa da TV Record,
Quantos tiros Pedrinho morreu?
Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail – Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo De acordo com a polícia, o serial killer foi atingido por seis tiros enquanto estava em frente à casa de sua irmã, na rua José Rodrigues da Costa, em Mogi das Cruzes.
Na sequência, foi degolado. O Samu chegou a ser acionado, mas Pedrinho morreu no local. As investigações identificaram um veículo Gol preto supostamente envolvido no assassinato, mas ainda tentam chegar às motivações. Um dos autores do crime utilizava uma máscara do personagem Coringa, segundo relato de uma testemunha.
Natural de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, Pedrinho cometeu o primeiro crime aos 13 anos, quando empurrou um primo em um moedor de cana e depois o cortou com um facão. Um ano depois, matou o vice-prefeito de Alfenas, também em Minas, e um vigia da escola onde o seu pai trabalhava.
Depois dos primeiros crimes, o serial killer fugiu para São Paulo, onde ficou conhecido por roubar bocas-de-fumo e matar pessoas ligadas ao tráfico. Com o tempo, ele se tornou um dos líderes do tráfico na região e continuou assassinando rivais. Foi preso aos 18 anos, em 1973, e, à época, acabou condenado a 128 anos de prisão.
No sistema prisional, continuou colecionando crimes, a exemplo do assassinato de um homem condenado por estupro durante a transferência entre presídios. Pedrinho foi solto em 2007, mas quatro anos depois foi novamente condenado por crimes em motim e cárcere privado, cometidos durante sua passagem pela cadeia.
Quantos crimes têm Pedrinho Matador?
Pedrinho foi acusado de ter matado 71 pessoas, entre elas o próprio pai. O delegado Rubens José Ângelo, do Setor de Homicídios e de Proteção à Pessoa, representou pela prisão após identificar o suspeito e descobrir a possível motivação para o crime.
Como foi que Pedrinho Matador morreu?
O CRIME – Pedrinho Matador foi morto aos 68 anos, em 5 de março, um domingo, na rua José Rodrigues da Costa, em Mogi das Cruzes. Segundo a Polícia Militar, ele foi baleado por volta das 10h, em frente à casa de uma irmã. Pedrinho ainda foi atendido pelo Samu, mas morreu no local.
- Um veículo Gol preto, que estaria envolvido no transporte dos suspeitos, foi localizado.
- Ainda não está claro qual o motivo do crime.
- Pedro Rodrigues Filho morava em Itanhaém, no litoral paulista, mas tinha familiares em Mogi das Cruzes.
- Ele foi atingido por tiros e depois degolado.
- Um dos autores do crime utilizava uma máscara do personagem Coringa, segundo relato de uma testemunha.
Pedrinho Matador carregava R$ 750 no bolso quando foi assassinado, “Para mim foi uma dor maior do que quando eu perdi meu pai. Eu me sentia protegida pelo Pedrinho como eu não me sentia protegida pelo meu pai”, disse Iza Toledo, 52, psicanalista de Pedrinho Matador.
Onde Pedrinho vive?
Pedrinho – Pedro Encerrabodes de Oliveira, mais conhecido como Pedrinho, mora na cidade mams gosta mesmo é de brincar no Sítio da sua avó, Dona Benta. É muito corajoso e diz não ter medo de nada, só de vespas. Adora inventar aventuras está sempre disposto a escutar boas histórias sobre o folclore.
Tem filme do Pedrinho Matador?
A história do serial killer Pedro Rodrigues Filho, conhecido como Pedrinho Matador, será tema de um documentário e série dirigida por Fernando Grostein de Andrade. Segundo o diretor contou à Folha de São Paulo, o intuito é analisar como uma pessoa pode se tornar má, além de mostrar o homem por trás do intimidador apelido.
Pedrinho Matador foi morto no domingo (5) a tiros, em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo; Considerado o maior serial killer brasileiro, ele foi responsável por mais de cem assassinatos e passou 42 anos preso. Ele foi solto em 2018; Grostein, criador do documentário “Quebrando Mitos”, conheceu Pedrinho Matador enquanto dava aulas de teatro na penitenciária Adriano Marrey, em Guarulhos.
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Ainda conforme entrevista concedida à Folha, Pedrinho foi quem procurou o cineasta para contar a sua história. “Ele me falou que tinha uns cadernos de anotações da vida dele e queria fazer um filme.” Grostein contou também que, com a ajuda da terapeuta de Pedrinho, conseguiu entender como ele “criou uma imagem para autodefesa dele, para meter medo como forma de mecanismo de sobrevivência.” Segundo o diretor, ele não matava por dinheiro e sua cabeça funcionava diferente. Cineasta Fernando Grostein Andrade. Imagem: divulgação Ele cresceu num ambiente muito violento. Fiquei muito impressionado que ele trabalhava desde os 9 anos num matadouro de bois É muito pesado, e acabei me interessando em fazer um estudo se as pessoas nascem más ou se elas se tornam más.
E o Pedro expressou com muita veemência para mim o desejo de deixar claro que ele não se tornou essa pessoa por livre e espontânea vontade, mas como produto de um conjunto de circunstâncias na vida dele que deixaram ele assim. Nem o documentário e nem a série têm data para lançamento. O cineasta destacou que entende o quanto o tema é delicado e que, assim como não queria Pedrinho Matador, a ideia não é vitimá-lo ou romantizar a história: “Tem gente que diz que o homem nasce bom e se torna mau.
Tem gente que diz que é o contrário, e tem gente que diz que é uma mistura da genética com o ambiente. É esse tipo de discussão que a gente quer provocar.” Imagem destaque: Divulgação/Bernardo Guerreiro Via Folha de São Paulo Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!
Qual foi o crime mais cruel do Brasil?
Do caso Suzane Von Richthofen a Elize Matsunaga: a brutalidade ganhou atenção da mídia e do povo brasileiro Assassinatos brutais motivados por dinheiro, ciúme, vingança ou, até mesmo, por pura crueldade de vez em quando ganham os jornais e a atenção dos brasileiros. Os irmãos Cravinhos e Suzane apreendidos pela polícia / Crédito: Divulgação O caso, que ganhou rapidamente a mídia, se mostrava cada vez mais obscuro. Motivado principalmente por dinheiro, Suzane havia sido a mandante do crime, que resultou na morte de Manfred e Marísia von Richthofen a pauladas.
- Desde então, Suzane permanece presa, e cumpre uma sentença de 39 anos, assim como os irmãos Cravinhos, 2.
- Elize Matsunaga Em maio de 2012, Elize Matsunaga assassinou e esquartejou o corpo de seu então marido, Marcos Matsunaga, diretor-executivo da Yoki, popular empresa brasileira do ramo alimentício.
Com as demasiadas crises no casamento, a mulher surpreendeu o esposo durante o dia 20 daquele mês com um tiro na cabeça, após ele adentrar a porta de casa. O relacionamento, que havia sido iniciado em 2004, era repleto de brigas e desconfiança. Elize que era uma ex-garota de programa acreditava estar sendo traída pelo marido, que por sua vez ameaçava se separar e não deixar Elize ver a própria filha.
O crime, que comoveu o país, de primeiro foi considerado passional, mas depois a Justiça acreditou que o motivo seria a grande herança de Marcos, A assassina foi sentenciada a 19 anos e 11 meses, e hoje está em regime semiaberto. 3. O sequestro de Eloá Cristina Pimentel No ano de 2008, os olhos de todo o Brasil se voltavam para o ABC Paulista.
Eloá Pimentel e outros três amigos de escola faziam um trabalho em sua casa, quando o ex-namorado de Eloá invadiu o local e fez o grupo de refém. O mais longo sequestro em cárcere privado da história da cidade de Sâo Paulo acabou da pior forma: revoltado com o fim do relacionamento, Lindemberg Fernandes Alves atirou e matou a ex-parceira. Eloá na janela de seu apartamento, durante o sequestro / Crédito: Wikimedia Commons Acabando os recursos de negociação da Polícia Militar com Lindemberg, os oficiais resolveram invadir o apartamento, alegando terem ouvido um barulho de disparo de arma de fogo.
- Na situação perturbadora, o criminoso efetuou dois tiros, sendo que um deles atingiu Eloá, que veio a óbito rapidamente. 4.
- Eliza Samudio Em junho de 2010, o goleiro Bruno, do Flamengo, um dos maiores times do Brasil, se envolveu em o que viria a ser um dos mais misteriosos, brutais e polêmicos crimes do país.
O assassinato da amante, e mãe de seu filho, Eliza Samudio, ainda hoje não foi totalmente solucionado. Bruno na época do crime / Crédito: Getty Images Bruno teria sido o mandante do homicídio, sendo que seus colegas sequestraram, espancaram, mataram e ocultaram o cadáver da mulher — que até agora não se sabe onde está. Na época, uma denuncia anônima fez com que o sumiço de Eliza chegasse aos ouvidos das autoridades, apesar de alegar inocência, o atleta foi condenado por homicídio triplamente qualificado, mas nunca revelou a razão por trás do crime hediondo.
5. Caso Isabella Nardoni Considerado um dos piores crimes brasileiros já documentados, o caso Isabella Nardoni impressiona pela capacidade de cometer um ato de brutalidade não só contra uma criança, mas contra sua própria família. Na madrugada do dia 29 março de 2008, a polícia foi acionada para casa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá.
O homem afirmou que após um roubo, a filha, de então cinco anos, fora arremessada pela janela do apartamento do sexto andar. A menina morreu a caminho do hospital, e teve início uma investigação que revelou detalhes de um homicídio cruel. A menina Isabella Nardoni, de 5 anos / Crédito: Wikimedia Commons Após muitos depoimentos, perícias e averiguações, a polícia chegou aos culpados: o pai e a madrasta de Isabella. Na autópsia, os legistas revelaram que a pequena foi asfixiada antes mesmo de ser jogada do prédio, e havia gotas de sangue dela na sala de estar da casa.
No início de 2009, a Justiça acusou e sentenciou o casal pelo homicídio; mesmo sempre insistindo que eram inocentes, Alexandre foi condenado a 31 anos de cárcere, enquanto Anna Carolina recebeu 26 anos de prisão. Hoje, Jabotá está em regime semiaberto, e o pai assassino em regime fechado. +Saiba mais sobre crimes brasileiros por meio de grandes obras disponíveis na Amazon: A Vida Do Ives Ota – O Mensageiro Da Paz, de Ota Iolanda Keiko (1999) – https://amzn.to/3cf2qEQ Suzane: assassina e manipuladora, de Ullisses Campbell (2020) – https://amzn.to/2WFlLso O pior dos crimes: A história do assassinato de Isabella Nardoni, de Rogério Pagnan (Ebook) – https://amzn.to/2WD1tQj Indefensável: O goleiro Bruno e a história da morte de Eliza Samudio, de Paula Sarapu e outros (Ebook) – https://amzn.to/2WCFvg5 Os Crimes Mais Cruéis do Brasil: Conheça os casos que mais chocaram o país, de Editora O Curioso (Ebook) – https://amzn.to/2SNqdnI Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post.
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Quantos filhos tem o Pedrinho Matador?
Vida de Pedrinho Matador vai ganhar documentário e série A história de vida e os crimes do, conhecido como Pedrinho Matador, vai ser tema de documentário e de uma série., em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Considerado responsável por mais de cem assassinatos, ele é apontado como o maior serial killer brasileiro. Por seus crimes, passou 42 anos preso, e foi solto em 2018. A história de Pedrinho Matador será retratada em documentário e série – Divulgação/Bernardo Guerreiro As produções audiovisuais buscam mostrar o ser humano por trás do homem considerado um monstro por grande parte da sociedade. O responsável pelas produções é o cineasta Fernando Grostein de Andrade, um dos criadores do documentário “Quebrando Mitos”, que retrata a “masculinidade catastrófica” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
- A gente tinha combinado de fazer o projeto de uma série e de um documentário e acordei hoje de manhã com essa notícia, foi um imenso susto.
- Estou muito triste”, disse.
- Andrade conheceu Pedrinho Matador enquanto dava aulas de teatro para detentos na penitenciária Adriano Marrey, em Guarulhos.
- Na entrevista abaixo ele explica as motivações para retratar o homem por trás do matador.
Como você conheceu o Pedrinho Matador? Uns 8 anos atrás eu ajudei a reativar um grupo de teatro na penitenciária de segurança máxima Adriano Marrey, em Guarulhos. Era um projeto de alguns agentes penitenciários, como o Igor Rocha, entre outros. Eu ajudei a dar aulas de teatro lá.
Desse grupo de teatro vieram filmes como “Na Quebrada”, formamos atores que foram para séries de tv, como “Carcereiros”, alguns foram parar no “Sintonia”, saíram peças de teatro, foi muito legal, uma das experiências mais bacanas da minha vida. A gente chegou a fazer uma pré-estreia do “Na Quebrada” dentro da penitenciária, por conta desse trabalho eu acabei ganhando bastante respeito das pessoas da massa penitenciária, em especial, do Pedrinho, que na época me procurou dizendo que queria contar a história dele.
Como foi a aproximação? Ele me falou que tinha uns cadernos de anotações da vida dele e queria fazer um filme. Fiquei um pouco preocupado e falei e se você não gostar, ele disse que era impossível ele não gostar porque é a minha história. Fiquei com medo na época e pedi um tempo para pensar.
Nesses últimos anos fiz um filme sobre o Bolsonaro que é o “Quebrando Mitos” e foi um mergulho tão difícil, que eu falei depois desse filme me sinto pronto para praticamente tudo. Procurei o Pedrinho e descobri que ele já tava em liberdade. Descobri que a terapeuta dele, a Isa Toledo, tinha feito um livro chamado “Eu não Sou Um Monstro”.
Eu fiquei encantado com o livro, que fala sobre o processo terapêutico dele e acaba contando um pouco como ele criou essa imagem para autodefesa dele, para meter medo como forma de mecanismo de sobrevivência. Procurei ele e a Isa Toledo, adquiri os direitos do livro dela e da vida dele e entrei no processo de começar a fazer uma série de entrevistas com o Pedro, mergulhar na vida dele, entender a violência que ele sofreu.
- O que te chamou atenção? Ele cresceu num ambiente muito violento.
- Fiquei muito impressionado que ele trabalhava desde os 9 anos num matadouro de bois.
- Segundo ele, no matadouro, estava acostumado a beber sangue de boi com o avô como se fosse uma coisa normal.
- Ele apanhava do pai, teve o incidente que ele apanhou do primo que tinha o dobro da idade dele, ele ficou com medo do primo bater de novo nele e acabou moendo o primo num moedor de cana.
É muito pesado, e acabei me interessando em fazer um estudo se as pessoas nascem más ou se elas se tornam más. E o Pedro expressou com muita veemência para mim o desejo de deixar claro que ele não se tornou essa pessoa por livre e espontânea vontade, mas como produto de um conjunto de circunstâncias na vida dele que deixaram ele assim.
- Na violência que ele sofreu na sociedade, no sistema carcerário, na violência que ele viu o pai matar a mãe, de ele ter apanhado do pai muitas vezes, inclusive quando estava dentro da barriga da mãe.
- Ele queria mostrar um outro lado? Ele não queria de maneira nenhuma que se vitimizasse, se fazer de coitadinho.
Pediu muitas vezes para deixar claro que não era coitadinho. Ele falou quero que na minha história tenha briga de faca, quero minha história nervosa ele falava. A gente tinha combinado de fazer o projeto de uma série e de um documentário e acordei hoje de manhã com essa notícia, foi um imenso susto.
Você mora nos Estados Unidos, como coordenava os processos de entrevistas com Pedrinho Matador? Tenho uma equipe no Brasil, as entrevistas estavam sendo conduzidas pelo Bernardo Guerreiro, que é um diretor e fotógrafo, inclusive quem fez as imagens mais famosas da Marielle Franco, e pelo Igor Rocha que é o agente penitenciário que esteve com o Pedro durante muitos anos na cadeia, e fazia o café dele praticamente todos os dias.
A gente está com o documentário e o projeto da série avançados, a gente vai continuar. Qual o objetivo dessas produções? Uma das motivações maiores do Pedro era deixar claro que ele não era um monstro. Durante muito tempo, dentro da penitenciária ele construiu a imagem de uma pessoa assustadora como forma de se proteger e sobreviver, mas, ao mesmo tempo, acho que estava precisando mostrar que existia um ser humano ali dentro, sem querer se vitimizar ou se fazer de coitadinho.
- Querendo mostrar que era uma pessoa que tinha sentimentos, que acordava cedo para cuidar dos cachorros.
- Ele tinha uma busca muito grande por justiça, por reparação, que não tolerava ver injustiça no mundo.
- Uma pessoa que gostava muito de contar piada, tinha muito humor, que tinha plena consciência dos erros e dizia que não tinha vontade de voltar a matar e voltar para o sistema penitenciário.
Em nenhum momento você teve preconceito ou o julgou? O ser humano é complexo e eu busco tentar não julgar. No caso do Pedro, acho que ele foi uma pessoa que cresceu com pouco acesso à educação. Ele me explicou que estudava duas horas por dia, trabalhava desde os 9 anos no matadouro, matando boi, com sangue para tudo quanto é lado, num ambiente com pouco afeto, espancado pelo pai, espancado pelo primo com o dobro da idade, viu o pai matar a mãe, muita violência e injustiça. O cineasta Fernando Grostein Andrade, diretor de “Quebrando Mitos”, que pretende lançar um filme sobre a vida de Pedrinho Matador – Divulgação Você viu transformação nele? Quando conheci o Pedro na penitenciária Adriano Marrey, eu morri de medo, ele estava com um avental de uma empresa que fazia marmitas, e o olho dele tava completamente escuro de morte, eu fiquei morrendo de medo.
- Eu não tinha medo nenhum dos detentos, mas naquele dia eu fiquei com medo.
- Mas, conforme fui conhecendo ele, foi passando isso.
- Agora, o Pedro com quem eu falei depois, que tava fora, já era outro Pedro, contava piada, era outro astral.
- Mas, teve um Pedro que tava no meio desses dois Pedros, tinha um terceiro Pedro que conheci.
Foi quando a gente tava no teatro. Teve um exercício que o Igor fez, em que cada detento tinha que andar pela sala. Ele falava assim: como anda o paulista? E as pessoas andavam rápido. Como anda o carioca? Todo mundo andava meio assim, de malandragem. Como é que anda o baiano? As pessoas andavam com um pouquinho mais de calma.
Como é que anda o mineiro? Ele falou não quero brincadeira com a minha terra. Todo mundo gelou na sala. O Igor falou o mineiro anda com calma e tranquilidade, obrigado acabou o exercício. Passou um tempo, ele falou vamos dar as mãos e fez um exercício de calma. E ele abriu um sorriso. Nessa hora fez uma fila do lado de fora da sala para os outros detentos olharem ele sorrindo, porque não tinha registro de ele sorrir dentro da cadeia.
É muito legal ver o ser humano se transformando. Acho que foi nesse lugar que a gente se conectou. Há uma preocupação com possíveis ataques e acusações de que essas produções possam romantizar a história de uma pessoa que matou mais de cem pessoas? A gente pretende trabalhar duro no projeto para mostrar que a gente está contando uma história para provocar uma discussão.
- Tem gente que diz que o homem nasce bom e se torna mau.
- Tem gente que diz que é o contrário, e tem gente que diz que é uma mistura da genética com o ambiente.
- É esse tipo de discussão que a gente quer provocar.
- A gente está a serviço de uma discussão filosófica que é propositiva para a sociedade é uma questão maior.
Tem uma previsão de lançamento do documentário e da série? Ainda não. A gente ainda está em processo de filmar o documentário, fazer o roteiro da série e conversando com parceiros. O Pedrinho teve filhos? Não teve filhos. Teve uma companheira que foi assassinada grávida, há muito tempo, antes ainda de ele entrar no sistema penitenciário.
- É uma história de muita dor.
- Por isso que tem que ter muita calma para julgar.
- Ela era viúva de um traficante chamado Botinha e ele tava protegendo ela, mas não conseguiu proteger, e a gravidez não era dele, mas ela era a companheira dele.
- Ele é um serial killer como qualquer outro? Ele é considerado um dos maiores serial killers do mundo, matou mais de cem.
O que difere ele dos outros é que ele não matava qualquer um, ele matava as pessoas que ele considera erradas na cabeça dele. Criminosos, estupradores, ele era mais um vingador. Ele não matava por dinheiro, não era assim que funcionava a cabeça dele. Você fala dele com sentimento.
Diria que se tornaram amigos? Com certeza fiquei amigo dele. Porque ele me tratou com muito respeito e muita confiança. Abriu a vida dele para mim, confiou a intimidade dele para mim. Foi uma pessoa que sofreu muita injustiça, Ele sabia que botou muitas mães para chorar e deixou claro que não queria voltar a matar.
Eu não acho certo matar. Não sou a favor da pena de morte, mas isso não me faz deixar de ficar triste, ter respeito, e desejar o melhor para a alma dele. RAIO X | FERNANDO GROSTEIN ANDRADE, 42 É cineasta, fotógrafo e diretor de filmes, brasileiro residente em Los Angeles, nos Estado Unidos, e empresário de mídia digital.
- Andrade criou e dirigiu Quebrando o Tabu, documentário que discute soluções alternativas para a guerra às drogas com seis chefes de estado, incluindo Jimmy Carter e Fernando Henrique Cardoso.
- O Quebrando o Tabu se transformou em um canal de mídia online com 8,3 milhões de seguidores.
- Em 2019, estreou seu filme “Abe”, estrelado por Noah Schnapp (Stranger Things), Seu Jorge (Cidade de Deus) e Mark Margolis (Breaking Bad).
“Abe” foi aceito em 27 festivais de cinema e estreou em Sundance. O filme foi homenageado com o Prêmio do Júri Infantil no 31º Festival de Cinema Kinder em Viena e com o Prêmio do Público de Melhor Narrativa no Festival de Cinema Judaico de Washington.
O que aconteceu com a mãe de Pedrinho Matador?
Homicídio do pai – Aos vinte anos, Pedrinho matou o próprio pai na cadeia onde ambos cumpriam pena, depois de ficar sabendo que ele havia matado sua mãe com 21 golpes de facão, “Ele deu 21 facadas na minha mãe, então dei 22”, disse numa entrevista para o jornalista Marcelo Rezende em um programa da TV Record,
Quanto tempo Pedrinho Matador está solto?
Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail – Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo De acordo com a polícia, o serial killer foi atingido por seis tiros enquanto estava em frente à casa de sua irmã, na rua José Rodrigues da Costa, em Mogi das Cruzes.
- Na sequência, foi degolado.
- O Samu chegou a ser acionado, mas Pedrinho morreu no local.
- As investigações identificaram um veículo Gol preto supostamente envolvido no assassinato, mas ainda tentam chegar às motivações.
- Um dos autores do crime utilizava uma máscara do personagem Coringa, segundo relato de uma testemunha.
Natural de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, Pedrinho cometeu o primeiro crime aos 13 anos, quando empurrou um primo em um moedor de cana e depois o cortou com um facão. Um ano depois, matou o vice-prefeito de Alfenas, também em Minas, e um vigia da escola onde o seu pai trabalhava.
- Depois dos primeiros crimes, o serial killer fugiu para São Paulo, onde ficou conhecido por roubar bocas-de-fumo e matar pessoas ligadas ao tráfico.
- Com o tempo, ele se tornou um dos líderes do tráfico na região e continuou assassinando rivais.
- Foi preso aos 18 anos, em 1973, e, à época, acabou condenado a 128 anos de prisão.
No sistema prisional, continuou colecionando crimes, a exemplo do assassinato de um homem condenado por estupro durante a transferência entre presídios. Pedrinho foi solto em 2007, mas quatro anos depois foi novamente condenado por crimes em motim e cárcere privado, cometidos durante sua passagem pela cadeia.
Quem foi o maior assassino em série do mundo?
Assassinos em série com o maior número de vítimas (31 ou mais)
Nome | País | Anos em atividade |
---|---|---|
Luis Garavito | Colômbia | 1990s |
Harold Shipman | Reino Unido | 1975 a 1998 |
Miyuki Ishikawa | Japão | Anos 1940 |
Arnfinn Nesset | Noruega | 1983 e antes |
Quem é o maior assassino de aluguel do Brasil?
HISTÓRIA do maior matador do Brasil virou filme Alzimara desmaiou. Foi a primeira e única vez na vida que bateu numa mulher. Já tinha assassinado várias.
Quais são os serial killers do Brasil?
Termo Serial Killer – O termo serial killer foi criado nos Estados Unidos pelo agente aposentado do FBI Robert Ressler. Um livro de Ressler, inclusive, inspirou a série televisiva Mindhunter, que mostra agentes do FBI que buscam entender a mente de alguns dos assassinos seriais mais famosos dos Estados Unidos.