Pode beber caldo de cana todo dia?

Caldo de cana engorda? Pode fazer mal? Veja quem tem que tomar cuidado Imagem: Getty Images/iStockphoto A dupla pastel e caldo de cana é tradição nas feiras livres, principalmente na região Sudeste do país. Mas será que a bebida refrescante é saudável e pode ser consumida regularmente? Conhecida também como garapa, o caldo de cana é extraído da moagem da cana-de-açúcar e contém antioxidantes e micronutrientes.

Qual a função do caldo de cana?

Nutritiva, a garapa é conhecida por fornecer energia para o organismo e força na hora do trabalho e nas práticas esportivas, sobretudo as mais pesadas. O caldo contém 15% de açúcar natural e é rico em sais orgânicos e nutrientes como carboidratos, proteínas e minerais, como fósforo, ferro, cálcio, zinco e potássio.

Quais as contra indicações do caldo de cana?

Caldo de cana engorda? Veja benefícios e efeitos no corpo Nutricionista com graduação pelo Centro Universitário São Camilo (2008) e pós-graduação em Nutrição Clínica e Nutrição E. i Escrito por Editora de Alimentação e Fitness Especialista em produção de conteúdo nas áreas de ciência, esportes, saúde e alimentação. O caldo de cana, também chamado de garapa, é o líquido extraído da cana-de-açúcar no processo de moagem. Possui gosto muito doce, aroma de fermentação e coloração verde-escuro.

  • É encontrado em abundância no Brasil, tem custo baixo e suas propriedades são similares ao açúcar refinado, mas com quantidades diferentes, o que o torna fonte de benefícios ao corpo.
  • É também o caldo de cana que dá origem aos diferentes tipos de açúcares de cana, como o e o mascavo, como explica a nutricionista Iomara Isidorio Cavalcante, do Hospital Albert Sabin.
  • Além deles, também faz parte da produção de bebidas alcoólicas como a cachaça e o rum, combustíveis como o etanol e ainda subprodutos como a rapadura, o melado e fibra de cana.
  • O caldo de cana precisa ser consumido com cuidado – Créditos: MK photograp55/Shutterstock
  • De acordo com Angélica Grecco, nutricionista do Instituto Endovitta, e Ana Paula Pereira, coordenadora de nutrição da Casa de Saúde São José, é importante estar atento ao excesso de caldo de cana, porque ele pode comprometer a dieta de quem quer emagrecer.

Entretanto, assim como qualquer alimento ou produto, isoladamente ele não engorda, como afirma a nutricionista Iomara. Se consumido moderadamente, “ele pode ser uma fonte de energia bem interessante, sem grandes picos de insulina no organismo”, completa Ana.

  1. Como toda a alimentação, é importante dosar a ingestão de e açúcar, porque pode trazer alguns problemas de saúde.
  2. Não é diferente no caso do caldo de cana.
  3. Devido à grande quantidade de carboidrato, em excesso ele pode provocar, e acúmulo de, por exemplo.
  4. Não existem indícios de que o caldo de cana cause sono.

Na verdade, a especialista Ana explica que um grupo de pesquisadores da Universidade de Tsukuba, no Japão, fez um experimento com ratos e descobriu que a bebida pode restaurar o sono. A pesquisa revelou que a substância octacosanol, presente em diversos alimentos, inclusive na cana-de-açúcar, pode auxiliar a ter uma boa noite de sono e também reduzir o,

  • Fortalece de dentes e ossos
  • Tem ação desintoxicante
  • É fonte de energia
  • Auxilia no sistema imunológico
  • Auxilia na função hepática
  • Atua como diurético
  • Auxilia na prisão de ventre
  • É bom para quem treina
  • Melhora processos inflamatórios
  • Tem ação antitrombótica
  • Tem ação antioxidante
  • É um excelente substituto de bebidas gaseificadas
  • Previne dor de garganta e gripe

A cana-de-açúcar é muito rica em cálcio, mineral que compõe a estrutura de nossos ossos. Por isso, o caldo de cana é muito indicado para quem tem deficiência desse mineral no organismo. O suco da cana-de-açúcar é um ótimo desintoxicante e pode funcionar quase com um, pois ajuda a eliminar as impurezas do corpo.

Além disso, também serve como um acelerador de metabolismo. Por conter uma boa quantidade de glicose, essa bebida é ótima para tomar depois de um exercício intenso, já que ajuda na hidratação. Um copo de caldo de cana pode ajudar a aliviar a irritação da garganta e melhorar a imunidade. Quando o fígado não consegue processar a bilirrubina de forma eficiente, o excesso se acumula no organismo, causando o amarelamento da pele.

O caldo de cana pode ser ministrado para ajudar na recuperação do fígado. Por ser um diurético, o caldo de cana é muito indicado para quem tem infecção urinária e até mesmo pedras nos rins. Além de todos esses benefícios, o caldo de cana também funciona como um laxante, ajudando na e dores de intestino.

Pode ser um grande aliado ao treino nosso de cada dia. Além de barato, é altamente energético, hidratante, excelente fonte de sacarose e não contém proteínas ou gorduras. Pode ser bebido tanto antes, para dar energia, como depois do exercício, no lugar de uma bebida esportiva ou substituir os sachês de gel de carboidratos.

Após a prática, ele ajuda a evitar a, mantém a massa muscular e repõe vitaminas e minerais. O caldo de cana possui cerca de 123 calorias, sendo 30,75 gramas só de açúcar (em uma porção de 150 mL). É rico em minerais, principalmente, cálcio,,, fósforo e,

  1. Além disso, contém muitos carboidratos, como sacarose, glicose, frutose, amido; proteínas e ácidos graxos.
  2. O consumo diário deve ficar entre 100 e 150 mL de caldo de cana e sempre logo após a moagem, quando ele ainda mantém todos os seus nutrientes, aconselha a nutricionista Iomara.
  3. Segundo a nutricionista Ana Paula Pereira, para quem pratica atividade física, é importante consumir até duas horas após o treino, considerando as necessidades nutricionais de cada pessoal.

Ele é contra indicado para diabéticos, devido seu alto índice glicêmico. Além deles, pessoas sedentárias, obesas e com resistência à insulina não devem consumir a bebida.

  • Estudo aponta lista de
  • se consumidos sem cuidado
  • Adoçantes: engordam ou emagrecem? Nutróloga explica
  • Ana Paula Pereira, coordenadora de nutrição da Casa de Saúde São José
  • Iomara Isidorio Cavalcante, nutricionista do Hospital Albert Sabin, de São Paulo

: Caldo de cana engorda? Veja benefícios e efeitos no corpo

Quais são os benefícios do caldo de cana com limão?

Caldo de cana previne gripe – Estudos já demonstraram que o consumo de caldo de cana pode melhorar e estimular o sistema imunológico e os processos inflamatórios, além disso, por ser um alimento energético pode ser consumido durante episódios de gripe ou resfriado.

Quem tem infecção urinária pode tomar caldo de cana?

Bebida pode atrapalhar a dieta, mas se consumida de forma correta, traz diversas vantagens à saúde; confira O caldo de cana, também chamado de garapa, é o líquido extraído da cana-de-açúcar no processo de moagem. Possui gosto muito doce, aroma de fermentação e coloração verde-escuro. É encontrado em abundância no Brasil, tem custo baixo e suas propriedades são similares ao açúcar refinado, mas com quantidades diferentes, o que o torna fonte de benefícios ao corpo.

  • É também o caldo de cana que dá origem aos diferentes tipos de açúcares de cana, como o açúcar demerara e o mascavo, como explica a nutricionista Iomara Isidorio Cavalcante, do Hospital Albert Sabin.
  • Além deles, também faz parte da produção de bebidas alcoólicas como a cachaça e o rum, combustíveis como o etanol e ainda subprodutos como a rapadura, o melado e fibra de cana.

Caldo de cana engorda? De acordo com Angélica Grecco, nutricionista do Instituto Endovitta, e Ana Paula Pereira, coordenadora de nutrição da Casa de Saúde São José, é importante estar atento ao excesso de caldo de cana, porque ele pode comprometer a dieta de quem quer emagrecer.

Entretanto, assim como qualquer alimento ou produto, isoladamente ele não engorda, como afirma a nutricionista Iomara. Se consumido moderadamente, “ele pode ser uma fonte de energia bem interessante, sem grandes picos de insulina no organismo”, completa Ana. Faz mal de alguma forma? Como toda a alimentação, é importante dosar a ingestão de carboidratos e açúcar, porque pode trazer alguns problemas de saúde.

You might be interested:  Benefícios Do Zinco

Não é diferente no caso do caldo de cana. Devido à grande quantidade de carboidrato, em excesso ele pode provocar obesidade, diabetes tipo 2 e acúmulo de gordura no fígado, por exemplo. Dá sono? Não existem indícios de que o caldo de cana cause sono.

Na verdade, a especialista Ana explica que um grupo de pesquisadores da Universidade de Tsukuba, no Japão, fez um experimento com ratos e descobriu que a bebida pode restaurar o sono A pesquisa revelou que a substância octacosanol, presente em diversos alimentos, inclusive na cana-de-açúcar, pode auxiliar a ter uma boa noite de sono e também reduzir o estresse,

Segundo a nutricionista Iomara, ela faz isso justamente porque diminui os níveis de corticosterona, um hormônio que é um marcador de estresse no plasma sanguíneo de alguns animais. Benefícios do caldo de cana Fortalece de dentes e ossos Tem ação desintoxicante É fonte de energia Auxilia no sistema imunológico Auxilia na função hepática Atua como diurético Auxilia na prisão de ventre É bom para quem treina Melhora processos inflamatórios Tem ação antitrombótica Tem ação antioxidante É um excelente substituto de bebidas gaseificadas Previne dor de garganta e gripe Fortalecimento de dentes e ossos A cana-de-açúcar é muito rica em cálcio, mineral que compõe a estrutura de nossos ossos.

Por isso, o caldo de cana é muito indicado para quem tem deficiência desse mineral no organismo. Ação desintoxicante O suco da cana-de-açúcar é um ótimo desintoxicante e pode funcionar quase com um suco detox, pois ajuda a eliminar as impurezas do corpo. Além disso, também serve como um acelerador de metabolismo.

Fonte de energia Por conter uma boa quantidade de glicose, essa bebida é ótima para tomar depois de um exercício intenso, já que ajuda na hidratação. Auxilia no sistema imunológico Um copo de caldo de cana pode ajudar a aliviar a irritação da garganta e melhorar a imunidade.

Auxilia na função hepática Quando o fígado não consegue processar a bilirrubina de forma eficiente, o excesso se acumula no organismo, causando o amarelamento da pele. O caldo de cana pode ser ministrado para ajudar na recuperação do fígado. Atua como diurético Por ser um diurético, o caldo de cana é muito indicado para quem tem infecção urinária e até mesmo pedras nos rins.

Auxilia na prisão de ventre Além de todos esses benefícios, o caldo de cana também funciona como um laxante, ajudando na prisão de ventre e dores de intestino. É bom para quem treina Pode ser um grande aliado ao treino nosso de cada dia. Além de barato, é altamente energético, hidratante, excelente fonte de sacarose e não contém proteínas ou gorduras.

Pode ser bebido tanto antes, para dar energia, como depois do exercício, no lugar de uma bebida esportiva ou substituir os sachês de gel de carboidratos. Após a prática, ele ajuda a evitar a fadiga, mantém a massa muscular e repõe vitaminas e minerais. Propriedades nutricionais O caldo de cana possui cerca de 123 calorias, sendo 30,75 gramas só de açúcar (em uma porção de 150 mL).

É rico em minerais, principalmente ferro, cálcio, potássio, sódio, fósforo e magnésio, Também é rico em vitaminas do complexo B, vitamina C e vitamina A Além disso, contém muitos carboidratos, como sacarose, glicose, frutose, amido; proteínas e ácidos graxos.

Quanto e quando consumir O consumo diário deve ficar entre 100 e 150 mL de caldo de cana e sempre logo após a moagem, quando ele ainda mantém todos os seus nutrientes, aconselha a nutricionista Iomara. Segundo a nutricionista Ana Paula Pereira, para quem pratica atividade física, é importante consumir até duas horas após o treino, considerando as necessidades nutricionais de cada pessoal.

Contraindicações do caldo de cana Ele é contra indicado para diabéticos, devido seu alto índice glicêmico. Além deles, pessoas sedentárias, obesas e com resistência à insulina não devem consumir a bebida. Fonte: minha vida

Quem tem diabetes pode tomar caldo de cana?

Os diabéticos podem consumir mel, açúcar mascavo e caldo de cana sem problemas? – Não. Os alimentos citados na pergunta têm açúcar do tipo sacarose, em resumo, o maior vilão dos diabéticos. Sem o controle e a compensação, os níveis de glicose podem subir e desencadear uma crise.

Por que o caldo de cana fica escuro?

As substâncias que proporcionam a cor escura do caldo podem ter sua origem proveniente da própria cana, como também, serem produzidas durante os processos de tratamento usados para a clarifi- cação do caldo e do xarope na fabricação do açúcar branco.

Quanto tempo dura a cana cortada?

A cana que dá garapa – Revista Canavieiros O município de Cajuru, com seus 660 quilômetros quadrados de área territorial, é o maior fornecedor de cana para garapa, no Estado de São Paulo – e muito provavelmente do Brasil, embora não existam dados comparativos.

Melhor variedade para a produção de garapa e rapadura, o plantio da cana-de-açúcarbatizada 3250 está em declínio entre os usineiros, por causa de uma doença chamada ferrugem alaranjada, que ataca as folhas, e pode provocar perdas na produção. Mas em Cajuru, a 64 quilômetros de Ribeirão Preto, a 3250 ainda é sinônimo de bom negócio.

É cultivada com carinho e cuidados extremos por agricultores com propriedades de até 15 alqueires. A maior concorrência, hoje, é Caçapava, no Vale do Paraíba, que em razão da menor distância até São Paulo, resolveu investir no plantio da 3250. Primavera e verão, o auge Durante a primavera e o verão, Cajuru manda para os garapeiros de São Paulo, diariamente, 20 mil quilos de cana bruta, o equivalente a três mil feixes com doze unidades de cana cada um.

  • O feixe é vendido a R$ 5.
  • O total de 20 toneladas movimenta R$ 18 mil.
  • As despesas de frete correm por conta do remetente.
  • Cabe ao comprador limpar e fazer o corte.
  • Antes de ser raspada, a cana pode durar até dez dias.
  • Depois de cortada para a moagem, suporta dois dias, no máximo.
  • Entre os agricultores mais antigos, destaca-se Paulo Vicente de Almeida, 48 anos, cuja produção é totalmente voltada para o abastecimento do caldo consumido em Ribeirão.

Paulinho é conhecido por produzir cana de boa qualidade. No combate às pragas, como a broca, ele substitui herbicida pelo uso de um parasitoide conhecido como vespinha (controle biológico) produzida pela bióloga Eni Costa, no laboratório Biocana, em Pontal.

“O Paulinho é o nosso único cliente de cana para garapas, em Cajuru. Usamos a vespinha distribuída em copos descartáveis, estrategicamente, com 750 a 1.500 unidades em cada copo”, diz a bióloga. Herbicida só é aplicado quando a cana está bem nova. Também é utilizado o adubo químico porque o orgânico deixa a cana “aguada”.

Paulinho entrega, semanalmente, em Ribeirão, 15 mil quilos de cana bruta, cerca de 1,5 mil feixes, também a R$ 5 a unidade. No ramo há 25 anos No ramo há quase 25 anos, no começo, influenciado pelo sócio que o introduziu no negócio, Paulinho abastecia apenas o mercado de São Paulo.

  • “Ganho pouco, mas posso dizer que estou satisfeito com o negócio”, diz.
  • Cortes
  • O agricultor reveza talhões de um alqueire na produção.

O primeiro corte (cana nova) demora dezoito meses. Os demais, são anuais. O segundo e o terceiro cortes também vão para os garapeiros. O quarto e o quinto são destinados a rapadura, usina ou gado (cana moída). “Depois do terceiro corte, a 3250 perde a qualidade para garapa.

Mas é uma canaespecial. Não escurece logo após a moagem e resiste a quatro passagens pela moenda, sem desmanchar o bagaço”. A 3250, por enquanto, é a única que serve para caldo. Mas ele admitiu que anda fazendo experiência com outras variedades. “Estou fazendo testes com a 2847. Também tenho visitado, aleatoriamente, algunscanaviais de usinas e testado outras canas em moagem.

Infelizmente, a praga da ferrugem está dificultando a produção. Para comer Paulinho cultiva outra preciosidade. É a 413, cana de gomos curtos, vendida em rodelas (em Salvador, nos estádios de futebol, é oferecida em roletes). Na região de Ribeirão, depois de descascada, é cortada em rodelas para venda na rua.

  1. Eu mantenho um hectare (1/3 de um alqueire) da 413.
  2. Quando tenho, vendo toda a produção”, conta.
  3. Providência útil O corte da cana é feito por quatro funcionários, que também cuidam do canavial.
  4. As sobras dos cortes, Paulinho doa aos fazendeiros, como alimento para o gado.
  5. Eu ajudo eles (dando o alimento rico em fibras) e eles levam embora.
You might be interested:  Salário Mínimo Em 2010

Com isso, evito queimadas e diminuo a incidência da propagação de doenças e pragas”, diz. Cana boa e limpa. É só moer Um barracão no Jardim Zara, zona Norte de Ribeirão Preto, recebe, a cada semana, 15 mil quilos da variedade 3250. Ali, a cana procedente de Cajuru, é limpa, cortada e distribuída, em feixes, para 35 garapeiros.

No total, são, aproximadamente, 1.500 feixes. Cada feixe, com doze canas, produz entre seis e dez litros de garapa, dependendo da grossura dos gomos. Estipulando a média de oito litros por feixe, Ribeirão consome 12 mil litros da bebida a cada sete dias. Quase 1,8 mil/dia. O serviço de limpeza e entrega da cana é feito por Cleiton Alves de Jesus, 33 anos.

Ele iniciou na atividade quando tinha 17 anos, em barracão alugado de terra batida, com trabalho totalmente manual. Cresceu e hoje possui imóvel e adquiriu uma máquina de R$ 40 mil para limpar a cana. Ele compra o feixe por R$ 5 e vende a R$ 10. Por sorte, tem ao lado uma mulher valente, que nasceu no sítio (Cássia dos Coqueiros).

  1. É Juliana de Fátima de Jesus, 32, que passa a 3250 na máquina.
  2. O marido faz o corte.
  3. O trabalho se repete dia após dia – incluindo domingos e até feriados.
  4. As entregas são diárias porque a cana, depois de limpa e cortada, dura dois dias.
  5. Em estado bruta, pode durar até oito dias”, explica Cleiton.
  6. Seus maiores clientes estão na região central de Ribeirão.

O Tim do Mercadão Central, por exemplo, compra de 30 a 40 feixes por dia; o Abel, de 10 a 20; o Leonardo, da avenida Henri Nestlé, na zona Norte, de oito a dez feixes/dia; João Garapeiro, cinco feixes; e dona Angelina, dois. No fim, todos ganham. Infelizmente, neste ciclo de vida que sustenta famílias e educa filhos, quem está perdendo é a 3250, praticamente condenada ao extermínio por causa de uma doença conhecida como ferrugem alaranjada.

Em 60, Angelina ganha ponto Ribeirão Preto, 1960. O prefeito Alfredo Condeixa Filho ajeita-se na principal cadeira do Palácio Rio Branco para cumprir seu segundo mandato. Logo na primeira semana depois da posse, o casal Joaquim Cinco e Angelina Marchini Cinco é autorizado a montar um ponto de garapa ao lado da Prefeitura.

“Fiquem tranquilos. Ninguém vai tirá-los daqui”, sentenciou Condeixa. Dona Angelina, 84 anos, lembra que onde hoje é o Fórum, existia um grande matagal. Atrás da rua General Osório, seguindo pelos lados de onde fica o Cine Cauim, estendia-se uma espécie de favela, de construções feias e rudes.

  1. Há 53 anos no mesmo ponto
  2. Dona Evangelina, a garapeira mais antiga em atividade, em Ribeirão Preto, está há 53 anos no mesmo lugar, na praça Rio Branco, esquina da General Osório com a Cerqueira César.
  3. Durante 36 anos, simultâneamente, também atendeu na Feira Livre 1, na avenida Independência, aos domingos, extinta na administração do prefeito João Gilberto Sampaio.

No seu “ponto” de origem, iniciava a jornada às 9h e encerrava às 17h30. Como hoje. A grande diferença é que Joaquim Cinco não existe mais. Faleceu há 12 anos. O Studebaker que abriga a moenda de dona Angelina, é de 1951 e está há 42 anos com ela. A moenda também é uma raridade.

  • Foi doada a Joaquim Cinco, pelo garapeiro João Perone, que já estava estabelecido.
  • João Perone, a partir de 1955, assumiu o “ponto” na Álvares Cabral com Florêncio de Abreu, em frente à mansão de Joaquim Pinto Ferraz, onde ficou 18 anos.
  • O João foi um grande homem, passou a moenda para nós.
  • O primeiro caminhão que tivemos foi um Fordinho 29.

Aí, compramos o Studebaker”, lembra Angelina, mãe de duas filhas. É uma delas que a leva ao trabalho de manhã, dirigindo o Studebaker, e vai buscá-la no fim da tarde. A moenda, que já tem 75 anos, recuperada algumas vezes, está ótima. Dona Angelina também tira o sustento com a 3250, a cana-de-açúcar mais “carismática” do Brasil e que, infelizmente, está com seus dias contados.

  • A garapa foi o nosso sustento, graças a Deus.
  • Hoje, está um pouco mais difícil, caiu o movimento.
  • Mas, sinceramente, não sei passar o dia sem vir para cá”, confessa dona Angelina.
  • Pesquisa aponta novas alternativas para cana de garapa O Brasil tem hoje 424 variedades de cana-de-açúcar.
  • A 3250, a cana de nossa garapa, começou a ser plantada em 1988.

Embora desprezada pelas usinas, ainda é a segunda mais cultivada (13% da área) perdendo apenas para a RB-7515, com ocupação de 29% da área de plantio, o correspondente a 2,5 milhões de hectares. Em terceiro lugar vem a 6928 e, na sequência, uma sucessão de variedades do CTC (Centro Tecnológico Canavieiro) de Piracicaba.

  • Uma doença chamada ferrugem alaranjada é o que tem levado os usineiros a substituir a 3250.
  • Infelizmente, ela está com os dias contados.
  • Trata-se de uma variedade antiga.
  • Seu desenvolvimento foi iniciado em 1981 e, portanto, está mais sujeita à ferrugem alaranjada.
  • Outras espécies têm ocupado seu espaço”, diz o engenheiro agrônomo Virgílio Vicino, diretor de marketing do CTC.

O agrônomo sugere como possíveis substitutas algumas variedades do CTC, como a 4, 9, 9001. “São canas com alto teor de sacarose que podem ser testadas para garapas”. Instituto Agronômico O pesquisador Marcos Andrade Guimarães Landell, do IAC (Instituto Agronômico de Campinas) dá prazo: em dois anos a 3250 estará erradicada.

“Existem outras variedades de cana mais rentáveis”. Para substituí-la, há duas variedades com excelente coloração, segundo o pesquisador: são a IACSP-95-5000 e a IAC-91-1099. Especial para o paladar, a `413´ é do tipo sensível A variedade 413, também produzida em Cajuru e apreciada em rodelas – ou rolete – muito vendidas em portas de escolas, é de ótima qualidade, macia e suculenta em razão do baixo teor de fibras.

Mas não é plantada pelas usinas por se tratar de uma cana muito sensível, que se verga facilmente a ventos mais fortes e vai ao chão.

  • Sidinei Quartier
  • O município de Cajuru, com seus 660 quilômetros quadrados de área territorial, é o maior fornecedor de cana para garapa, no Estado de São Paulo – e muito provavelmente do Brasil, embora não existam dados comparativos.
  • Melhor variedade para a produção de garapa e rapadura, o plantio da cana-de-açúcarbatizada 3250 está em declínio entre os usineiros, por causa de uma doença chamada ferrugem alaranjada, que ataca as folhas, e pode provocar perdas na produção.

Mas em Cajuru, a 64 quilômetros de Ribeirão Preto, a 3250 ainda é sinônimo de bom negócio. É cultivada com carinho e cuidados extremos por agricultores com propriedades de até 15 alqueires. A maior concorrência, hoje, é Caçapava, no Vale do Paraíba, que em razão da menor distância até São Paulo, resolveu investir no plantio da 3250.

  • Primavera e verão, o auge Durante a primavera e o verão, Cajuru manda para os garapeiros de São Paulo, diariamente, 20 mil quilos de cana bruta, o equivalente a três mil feixes com doze unidades de cana cada um.
  • O feixe é vendido a R$ 5.
  • O total de 20 toneladas movimenta R$ 18 mil.
  • As despesas de frete correm por conta do remetente.

Cabe ao comprador limpar e fazer o corte. Antes de ser raspada, a cana pode durar até dez dias. Depois de cortada para a moagem, suporta dois dias, no máximo. Entre os agricultores mais antigos, destaca-se Paulo Vicente de Almeida, 48 anos, cuja produção é totalmente voltada para o abastecimento do caldo consumido em Ribeirão.

  • Paulinho é conhecido por produzir cana de boa qualidade.
  • No combate às pragas, como a broca, ele substitui herbicida pelo uso de um parasitoide conhecido como vespinha (controle biológico) produzida pela bióloga Eni Costa, no laboratório Biocana, em Pontal.
  • O Paulinho é o nosso único cliente de cana para garapas, em Cajuru.

Usamos a vespinha distribuída em copos descartáveis, estrategicamente, com 750 a 1.500 unidades em cada copo”, diz a bióloga. Herbicida só é aplicado quando a cana está bem nova. Também é utilizado o adubo químico porque o orgânico deixa a cana “aguada”.

  1. “Ganho pouco, mas posso dizer que estou satisfeito com o negócio”, diz.
  2. Cortes
  3. O agricultor reveza talhões de um alqueire na produção.
You might be interested:  Benefícios Do Açafrão Para Saúde

O primeiro corte (cana nova) demora dezoito meses. Os demais, são anuais. O segundo e o terceiro cortes também vão para os garapeiros. O quarto e o quinto são destinados a rapadura, usina ou gado (cana moída). “Depois do terceiro corte, a 3250 perde a qualidade para garapa.

Mas é uma canaespecial. Não escurece logo após a moagem e resiste a quatro passagens pela moenda, sem desmanchar o bagaço”. A 3250, por enquanto, é a única que serve para caldo. Mas ele admitiu que anda fazendo experiência com outras variedades. “Estou fazendo testes com a 2847. Também tenho visitado, aleatoriamente, algunscanaviais de usinas e testado outras canas em moagem.

Infelizmente, a praga da ferrugem está dificultando a produção. Para comer Paulinho cultiva outra preciosidade. É a 413, cana de gomos curtos, vendida em rodelas (em Salvador, nos estádios de futebol, é oferecida em roletes). Na região de Ribeirão, depois de descascada, é cortada em rodelas para venda na rua.

  • Eu mantenho um hectare (1/3 de um alqueire) da 413.
  • Quando tenho, vendo toda a produção”, conta.
  • Providência útil O corte da cana é feito por quatro funcionários, que também cuidam do canavial.
  • As sobras dos cortes, Paulinho doa aos fazendeiros, como alimento para o gado.
  • Eu ajudo eles (dando o alimento rico em fibras) e eles levam embora.

Com isso, evito queimadas e diminuo a incidência da propagação de doenças e pragas”, diz. Cana boa e limpa. É só moer Um barracão no Jardim Zara, zona Norte de Ribeirão Preto, recebe, a cada semana, 15 mil quilos da variedade 3250. Ali, a cana procedente de Cajuru, é limpa, cortada e distribuída, em feixes, para 35 garapeiros.

  1. No total, são, aproximadamente, 1.500 feixes.
  2. Cada feixe, com doze canas, produz entre seis e dez litros de garapa, dependendo da grossura dos gomos.
  3. Estipulando a média de oito litros por feixe, Ribeirão consome 12 mil litros da bebida a cada sete dias.
  4. Quase 1,8 mil/dia.
  5. O serviço de limpeza e entrega da cana é feito por Cleiton Alves de Jesus, 33 anos.

Ele iniciou na atividade quando tinha 17 anos, em barracão alugado de terra batida, com trabalho totalmente manual. Cresceu e hoje possui imóvel e adquiriu uma máquina de R$ 40 mil para limpar a cana. Ele compra o feixe por R$ 5 e vende a R$ 10. Por sorte, tem ao lado uma mulher valente, que nasceu no sítio (Cássia dos Coqueiros).

  • É Juliana de Fátima de Jesus, 32, que passa a 3250 na máquina.
  • O marido faz o corte.
  • O trabalho se repete dia após dia – incluindo domingos e até feriados.
  • As entregas são diárias porque a cana, depois de limpa e cortada, dura dois dias.
  • Em estado bruta, pode durar até oito dias”, explica Cleiton.
  • Seus maiores clientes estão na região central de Ribeirão.

O Tim do Mercadão Central, por exemplo, compra de 30 a 40 feixes por dia; o Abel, de 10 a 20; o Leonardo, da avenida Henri Nestlé, na zona Norte, de oito a dez feixes/dia; João Garapeiro, cinco feixes; e dona Angelina, dois. No fim, todos ganham. Infelizmente, neste ciclo de vida que sustenta famílias e educa filhos, quem está perdendo é a 3250, praticamente condenada ao extermínio por causa de uma doença conhecida como ferrugem alaranjada.

  • Em 60, Angelina ganha ponto Ribeirão Preto, 1960.
  • O prefeito Alfredo Condeixa Filho ajeita-se na principal cadeira do Palácio Rio Branco para cumprir seu segundo mandato.
  • Logo na primeira semana depois da posse, o casal Joaquim Cinco e Angelina Marchini Cinco é autorizado a montar um ponto de garapa ao lado da Prefeitura.

“Fiquem tranquilos. Ninguém vai tirá-los daqui”, sentenciou Condeixa. Dona Angelina, 84 anos, lembra que onde hoje é o Fórum, existia um grande matagal. Atrás da rua General Osório, seguindo pelos lados de onde fica o Cine Cauim, estendia-se uma espécie de favela, de construções feias e rudes.

  • Há 53 anos no mesmo ponto
  • Dona Evangelina, a garapeira mais antiga em atividade, em Ribeirão Preto, está há 53 anos no mesmo lugar, na praça Rio Branco, esquina da General Osório com a Cerqueira César.
  • Durante 36 anos, simultâneamente, também atendeu na Feira Livre 1, na avenida Independência, aos domingos, extinta na administração do prefeito João Gilberto Sampaio.

No seu “ponto” de origem, iniciava a jornada às 9h e encerrava às 17h30. Como hoje. A grande diferença é que Joaquim Cinco não existe mais. Faleceu há 12 anos. O Studebaker que abriga a moenda de dona Angelina, é de 1951 e está há 42 anos com ela. A moenda também é uma raridade.

  1. Foi doada a Joaquim Cinco, pelo garapeiro João Perone, que já estava estabelecido.
  2. João Perone, a partir de 1955, assumiu o “ponto” na Álvares Cabral com Florêncio de Abreu, em frente à mansão de Joaquim Pinto Ferraz, onde ficou 18 anos.
  3. O João foi um grande homem, passou a moenda para nós.
  4. O primeiro caminhão que tivemos foi um Fordinho 29.

Aí, compramos o Studebaker”, lembra Angelina, mãe de duas filhas. É uma delas que a leva ao trabalho de manhã, dirigindo o Studebaker, e vai buscá-la no fim da tarde. A moenda, que já tem 75 anos, recuperada algumas vezes, está ótima. Dona Angelina também tira o sustento com a 3250, a cana-de-açúcar mais “carismática” do Brasil e que, infelizmente, está com seus dias contados.

  1. A garapa foi o nosso sustento, graças a Deus.
  2. Hoje, está um pouco mais difícil, caiu o movimento.
  3. Mas, sinceramente, não sei passar o dia sem vir para cá”, confessa dona Angelina.
  4. Pesquisa aponta novas alternativas para cana de garapa O Brasil tem hoje 424 variedades de cana-de-açúcar.
  5. A 3250, a cana de nossa garapa, começou a ser plantada em 1988.

Embora desprezada pelas usinas, ainda é a segunda mais cultivada (13% da área) perdendo apenas para a RB-7515, com ocupação de 29% da área de plantio, o correspondente a 2,5 milhões de hectares. Em terceiro lugar vem a 6928 e, na sequência, uma sucessão de variedades do CTC (Centro Tecnológico Canavieiro) de Piracicaba.

Uma doença chamada ferrugem alaranjada é o que tem levado os usineiros a substituir a 3250. Infelizmente, ela está com os dias contados. “Trata-se de uma variedade antiga. Seu desenvolvimento foi iniciado em 1981 e, portanto, está mais sujeita à ferrugem alaranjada. Outras espécies têm ocupado seu espaço”, diz o engenheiro agrônomo Virgílio Vicino, diretor de marketing do CTC.

O agrônomo sugere como possíveis substitutas algumas variedades do CTC, como a 4, 9, 9001. “São canas com alto teor de sacarose que podem ser testadas para garapas”. Instituto Agronômico O pesquisador Marcos Andrade Guimarães Landell, do IAC (Instituto Agronômico de Campinas) dá prazo: em dois anos a 3250 estará erradicada.

Existem outras variedades de cana mais rentáveis”. Para substituí-la, há duas variedades com excelente coloração, segundo o pesquisador: são a IACSP-95-5000 e a IAC-91-1099. Especial para o paladar, a `413´ é do tipo sensível A variedade 413, também produzida em Cajuru e apreciada em rodelas – ou rolete – muito vendidas em portas de escolas, é de ótima qualidade, macia e suculenta em razão do baixo teor de fibras.

Mas não é plantada pelas usinas por se tratar de uma cana muito sensível, que se verga facilmente a ventos mais fortes e vai ao chão. Sidinei Quartier : A cana que dá garapa – Revista Canavieiros

Qual é o maior vilão do diabetes?

O açúcar em excesso contribui para o sobrepeso, que é um fator de risco para a diabetes tipo 2. Porém, além de quindim, brigadeiro e outros doces desse tipo, Juliana faz um alerta: ‘O grande vilão da diabetes é consumo exagerado de carboidratos refinados, como refrigerante, doces, pães, massas, bolos e biscoitos ‘.

Quantas calorias tem um copo de caldo de cana é um pastel?

Observe: Após a observação da TACO podemos analisar e concluir que o representado por Cintia de 1 Pastel de 300g: 1.164 kcal + 500 ml de caldo de cana: 325 kcal correspondem a um total de 1.489 kcal.

Quantas calorias tem uma cana-de-açúcar?

O valor nutricional da cana está diretamente ligado ao seu alto teor de açúcar (40 a 50% de açúcares na matéria seca). Em 300 ml, temos em média 230 kcal.