Qual foi o ano que a Portuguesa foi rebaixado?

Guto Ferreira participou do podcast ‘A Rodada’ desta semana e relembrou do polêmico rebaixamento da Portuguesa em 2013. O clube acabou indo para Série B por conta de uma escalação irregular do jogador Héverton. O treinador comandava a Lusa na época e relembrou detalhes do episódio.

Quem mais foi rebaixado no Brasil?

Lance! • Rio de Janeiro (RJ) Publicada em 10/07/2023 – 12:30 Lance! • Publicada em 10/07/2023 – 12:30 • Rio de Janeiro (RJ) Quando a era dos pontos corridos se instaurou no Campeonato Brasileiro, em 2003, todo ano os quatro times de pior campanha são rebaixados para a série B.

  • Seja por uma fase ruim ou por uma má gestão financeira, alguns clubes acabam indo e voltando da tão gloriosa primeira divisão.
  • América-MG, Coritiba, Goiás, Sport e o Vitória são os nomes que caíram mais vezes para a segunda divisão, contando com 6 rebaixamentos.
  • Entre os principais clubes brasileiros, o Vasco, com 4 rebaixamentos, é o time que com mais idas a série B.

Já Flamengo, Santos e São Paulo nunca sofreram a queda. Abaixo, confira os times com o maior número de rebaixamentos no Brasileirão: 6 rebaixamentos: América-mg; Coritiba; Goiás; Sport; Vitória 5 rebaixamentos: Santa Cruz; Avaí 4 rebaixamentos: Bahia; Criciúma; Fortaleza; Vasco 3 rebaixamentos: América-RN; América-PR; Botafogo; CSA; Figueirense; Grêmio; Guarani; Joinville; Náutico; Paraná; Paysandu; Ponte Preta; Portuguesa; Juventude; Atlético-GO; Ceará 2 rebaixamento: Botafogo-SP; Bragantino; Chapecoense; Desportiva; Ferroviário-CE; Fluminense; Gama; Mixto; Palmeiras; União São João 1 rebaixamento: América-RJ; Atlético-MG; Bangu; Brasília; Brasiliense, Corinthians; Cruzeiro; Galícia; Grêmio Prudente; Internacional; Internacional-SP; Ipatinga; Itabaiana; Juventus-SP; Moto Club; Nacional-AM; Remo; Rio Branco-ES; River-PL; São Caetano; São José-SP; Santo André; Taguatinga; Treze Flamengo, Santos e São Paulo nunca caíram para a série B. A desejada taça do Brasileirão (Foto: Lucas Figueiredo / CBF)

Por que o Flamengo não foi rebaixado em 2013?

Flamengo sofre punição igual a da Portuguesa e perde 4 pontos no Brasileirão de 2013 Logo após punir a Portuguesa pela escalação irregular de Heverton e assim rebaixar o time paulista e salvar o Fluminense da queda, o STJD manteve sua linha e aplicou a mesma pena ao Flamengo.

  1. Dessa forma, o clube rubro-negro perdeu quatro pontos e foi multado em R$ 1 mil reais por André Santos ter jogado quando não poderia.
  2. Cabe recurso, e o Rubro-Negro já avisou que vai recorrer.
  3. LEIA MAIS STJD decide: Portuguesa vai jogar a Série B em 2014; cabe recurso STJD nega reconsideração, e Vasco é confirmado na Série B em 2014 Inconformada, Lusa não se surpreende, mas promete recorrer e não descarta ir à Fifa Porém, enquanto a Lusa foi rebaixada por causa do tapetão, o Flamengo ‘apenas’ caiu da 11ª para a 16ª colocação da tabela, a primeira fora da zona da degola, e ficou com 45 pontos na classificação final.

O clube carioca foi saldo graças à punição da Portuguesa. Assim como no caso anterior, a punição ao time rubro-negro foi definida de forma unânime, com os cinco auditores concordando com a perda dos quatro pontos além da multa. O Flamengo vai entrar com um recurso e apelar da decisão.

  • A polêmica com André Santos surgiu quando Jayme de Almeida acabou usando o atleta na última rodada da competição nacional, no empate em 1 a 1 com o Cruzeiro, no Maracanã.
  • Ele havia sido expulso na final da Copa do Brasil diante do Atlético-PR, e o Flamengo entendeu que o André deveria cumprir a suspensão no jogo subsequente, que era contra o Vitória, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Assim, o lateral atuou normalmente na última rodada da Série A, o que caracterizou uma irregularidade, segundo o STJD. Segundo o tribunal, o clube deveria ter esperado o julgamento para saber quando André Santos deveria cumprir a suspensão automática.

Após a sessão, o advogado do Flamengo, Michel Assef, criticou a punição imposta. “O que nos interessa é a perda injusta do quatro pontos. O tribunal não sabe qual critério usar. Não se pode dizer que o Flamengo infringiu as regras disciplinares, a regra tem que ser muito objetiva para fazer com que um clube perca quatro pontos num campeonato”, reclamou.

O Flamengo poderia até ser rebaixado no Brasileiro se o Vasco conseguissse impugnar o jogo contra o Atlético-PR, porcausa da briga enttre torcedores na Arena Joinville. No entanto, o pedido do clube cruz-maltino foi negado nesta segudna pelo presidente do STJD, Flavio Zveiter, e a vitória do time paranaense por 5 a 1 foi mantida.

Qual o único time brasileiro que nunca foi rebaixado?

Lance! • Rio de Janeior (RJ) Publicada em 17/07/2023 – 12:35 Lance! • Publicada em 17/07/2023 – 12:35 • Rio de Janeior (RJ) O Campeonato Brasileiro é considerado até hoje um das maiores e mais importantes ligas nacionais. Porém, poucos times podem dizer que nunca sofreram um rebaixamento. Flamengo, São Paulo e Santos nunca foram rebaixados no Brasileirão (Montagem Lance!)

Quais são os times brasileiros que nunca foi rebaixado?

São os casos de Flamengo, Santos e São Paulo, que, em suas ricas e longas histórias jamais deixaram de figurar na elite do futebol nacional.

Quem salvou o Flamengo do rebaixamento?

Flamengo se salvou na última rodada O alívio veio na vitória sobre o Inter em Juiz de Fora, por 1 a 0. Felipe Melo marcou o gol da vitória rubro-negra na 25ª rodada, mas no penúltimo jogo, o resultado negativo contra o São Caetano praticamente decretou o rebaixamento do Flamengo.

Quantas vezes o Flamengo era pra ser rebaixado?

10 May, 2021 Basta você dizer ou postar que Flamengo, Santos e São Paulo são os únicos no futebol brasileiro que nunca foram rebaixados na história para chover relatos, asteriscos, prints, fotos, artes e teorias para dizer que a verdade não é bem essa e que esses três “incaíveis” já tiveram queda.

Com a possibilidade de rebaixamento do Santos na última rodada do Paulista, algo que foi evitado com a vitória sobre o São Bento, todo o passado de campanhas sofríveis do Peixe, do Mengo e do Tricolor pipocaram nas redes e em programas. Seria esse rebaixamento santista que não se consumou a maior vergonha de um time grande brasileiro? Foi o tema do BB Debate na sexta-feira, por exemplo.

O Santos, diferentemente de outros grandes que jogaram a Taça de Prata, deveria ter atuado nessa disputa que tinha cara de segunda divisão do Campeonato Brasileiro mas que na verdade não era. A Taça de Ouro, entre 1980 e 1985, reunia no Brasileiro os melhores times com base na classificação dos Estaduais.

  1. O Santos foi o nono colocado no Paulista de 1982 e deveria assim jogar a Taça de Prata, só que foi convidado para disputar a Taça de Ouro e até terminou vice do Brasileiro em 1983.
  2. Mesmo se tivesse jogado a Taça de Prata, não seria um rebaixamento.
  3. A Taça de Prata era ligada à Taça de Ouro, os melhores do torneio de menor peso se classificavam diretamente para a competição mais nobre.

O Corinthians jogou a Taça de Prata em 1982 e “subiu” no mesmo ano. O Palmeiras já tinha feito o mesmo em 1981 e não conseguiu “ascender” para a Taça de Ouro em 1982. Os grandes rivais paulistas não foram rebaixados, eles apenas entraram em uma disputa nacional com dois módulos, simples assim.

  • Era possível ser campeão brasileiro vindo da Taça de Prata, assim como o São Paulo pôde ser campeão paulista de 1991 mesmo tendo feito vexatória campanha no Paulista de 1990.
  • O Tricolor foi o 15º colocado em um campeonato que tinha 24 times.
  • Ele simplesmente não se classificou para a fase decisiva do complicado e inchado Estadual daquele ano (e de tantos outros).

O regulamento do Paulista de 1990, que claramente afirma não haver rebaixamento, já apontava para o regulamento de 1991. O São Paulo jogou em 1991 em um grupo mais fraco (Grupo Amarelo) na primeira fase, e os outros grandes disputaram o grupo (Grupo Verde) com os mais bem classificados do ano anterior. Telê Santana já deu entrevista falando de rebaixamento do São Paulo, mas ele disputou o Grupo Amarelo da primeira divisão em 1991 Site Oficial São Paulo O Flamengo, talvez por ser o clube mais popular do país e por ter assim um grande número de desafetos, rivais, antis e haters, é acusado de ter caído ou de merecer a queda em 1933, em 1987, em 1995, em 2002, em 2013, em 2014.

Muita teoria da conspiração para poucos fatos dignos de análise mais profunda. Lanterninha do Carioca de 1933, o Fla não caiu como ninguém caía durante décadas do Estadual do Rio. Simplesmente não havia rebaixamento. A campanha rubro-negra foi medonha, o clube demorou a entender o profissionalismo (que nasceu oficialmente no país em 1933) e penou.

Penou, mas não caiu. Em 1987, acho que todo mundo já está cansado de saber o que aconteceu, gostem ou não. O Sport foi o campeão brasileiro oficialmente para a CBF, ficou com a Taça das Bolinhas e foi para a Libertadores. O Flamengo, assim como o Inter, não entrou em campo para disputar o cruzamento de módulos com Sport e Guarani.

  1. Perdeu assim o direito de ser campeão brasileiro de 1987 de forma oficial e podia ser punido até com o rebaixamento (por ter dado W.O.) pelo código disciplinar.
  2. Poderia, mas não foi.
  3. Convenhamos que já foi punição demais para o Flamengo ter ficado sem o título nacional, sem a taça e sem a vaga na Libertadores.

Qualquer time que fosse campeão do módulo verde da Copa União (o grupo com os 12 mais tradicionais do país) não faria o cruzamento, isso que foi acertado pelo Clube dos 13 (embora desde o início dessa “Superliga” tenha havido sacanagens e traições). O que pipocou muito nos últimos dias foi o suposto rebaixamento do Flamengo no Brasileiro de 1995.

Fake news da pior qualidade. Primeiro, sabemos que o Fla jogou o Brasileiro de 1996 e é um caso único de clube que disputou todas as edições do Campeonato Brasileiro desde que ele nasceu efetivamente em 1971 (Santos e São Paulo, como a maioria dos paulistas, não disputaram a edição de 1979 por conta do calendário maluco).

O boato da vez diz que houve virada de mesa em 1995 para caírem só dois times e poupar o Flamengo, que ficou em 21º lugar em um campeonato de 24 equipes. Só que o regulamento da disputa previa mesmo a queda de apenas dois times. “Caso Wendell” em 2002, “Caso Héverton” em 2013, caso sem nome e sem pé nem cabeça em 2014. Escalação irregular de Héverton causou a queda da Portuguesa em 2013, o que impediu o que seria o rebaixamento do Flamengo Gazeta Press É direito de qualquer um achar que tal time deveria ou merecia ter caído pelo que fez (ou não fez) dentro e fora de campo. Rodrigo Bueno 11 Aug, 2023 Estamos vendo um momento de democracia na América do Sul e na Oceania. Isso porque temos times de cinco países diferentes nas quartas de final da CONMEBOL Libertadores, o mais nobre torneio da América, e porque teremos um campeão mundial novo no Mundial feminino, disputado na Austrália e na Nova Zelândia.

Se o Flamengo, clube mais rico e dono do melhor elenco aqui na nossa região, foi eliminado por um esforçado Olimpia cuja folha de pagamento bate apenas em R$ 4 milhões (Gabigol e Arrascaeta ganham isso juntos por mês, aproximadamente), os Estados Unidos, maior economia do planeta e maior potência do futebol feminino, deixou precocemente o Mundial das mulheres, assim como a Alemanha, maior economia da Europa e outra forte equipe que era uma das grandes favoritas ao título na Oceania.

Na Libertadores, estão vivos ainda times de Bolívia (Bolívar), Colômbia (Deportivo Pereira) e Paraguai (Olimpia). Na CONMEBOL Sul-Americana, ainda está na briga um time do Equador (LDU), que aliás fez o último campeão (Independiente del Valle). Desde 2016, não havia tantos times de países diferentes nas quartas de final da Libertadores.

  1. Naquela oportunidade, havia equipes de seis países diferentes nessa fase, mas é bom lembrar que os mexicanos participaram daquela edição (o Pumas foi até as quartas de final).
  2. A final de 2016, um tanto quanto surpreendente para muita gente, reuniu Atlético Nacional, da Colômbia, e Independiente del Valle, do Equador (a equipe de Medellín conseguiu seu bicampeonato).

Neste ano, temos apenas uma certeza na semifinal: haverá um argentino, o vencedor do confronto entre Boca Juniors e Racing. Podemos ter uma semifinal sem brasileiros, inclusive. O grande favorito ao título continental agora é o Palmeiras de Abel Ferreira, mas o futebol colombiano costuma por vezes apresentar equipes surpreendentes, como o Once Caldas campeão de 2004, ou mesmo o Tolima, que eliminou em 2011 um rico Corinthians. Mosaico da torcida do Olimpia nas arquibancadas do Defensores del Chaco, estádio onde o tricampeão da América eliminou o endinheirado Flamengo da Libertadores Getty O Bolívar, que já despachou o Athletico, decide fora contra o Inter, mas tem a chance de abrir vantagem na altitude, um problema para o adversário, mas não o único.

O Bolívar é um grande de seu país, assim como é o Olimpia, no Paraguai. O time de La Paz merece respeito também por sua história e organização tática (o Bolívar esteve na semifinal em 2014, quando nós já tínhamos um domínio claro, bastante por razões econômicas, dos brasileiros nos torneios da Conmebol).

Uma classificação do Bolívar e do Olimpia para as semifinais não seriam uma grande zebra, embora enfrentem equipes mais endinheiradas. O sucesso do Deportivo Pereira, sim, poderá ser visto como uma surpresa maior, muito pelo nível de competitividade do Palmeiras de Abel, que já conquistou uma Libertadores no Maracanã e espera chegar ao seu tetra continental no mesmo mítico estádio carioca (por razões financeiras também, o Maracanã vai receber outra final).

Na Sul-Americana, há apenas uma equipe de fora de Brasil e Argentina nas quartas de final, mas é simplesmente a equipe que lidera o ranking histórico da competição: a LDU. O time de Quito é o que tem mais pontos (148), mais vitórias (43) e mais gols (140) na história da Copa Sul-Americana. E curiosamente a LDU vai pegar nas quartas de final o também tradicional São Paulo, segundo no ranking história da competição continental (139 pontos, 39 vitórias e 121 gols marcados).

O Tricolor chega forte após virar o duelo contra o San Lorenzo e agora conta com reforços de nível europeu, casos de James Rodríguez e Lucas Moura, atletas que um time do Equador não consegue bancar. Defensa y Justicia e Estudiantes são os representantes argentinos ainda vivos na Sul-Americana, mas apenas o segundo, tetra da América, parece ter forças para desafiar o poderio maior dos brasileiros, que colocaram cinco equipes nas quartas de final.

  • Mudando a chave para o futebol feminino, vimos a queda do Japão nas quartas de final, caindo assim o último campeão mundial que ainda estava vivo na disputa na Oceania.
  • A Suécia, de tanta tradição na modalidade, despachou as japonesas e enfrentam na semifinal a Espanha, que é mais um caso de sucesso quando o tema é desenvolver o futebol feminino.

A equipe espanhola reúne talentosas jogadoras e pode ser mais uma equipe a ter título mundial no futebol tanto no masculino quanto no feminino. A Europa melhorou demais na modalidade, tanto que França e Inglaterra chegaram entre as seleções mais cotadas.

  • Mas vemos força também na anfitriã Austrália e assistimos à ascensão de uma surpreendente equipe sul-americana: a Colômbia, que passou pela sensação Jamaica nas oitavas de final.
  • Brasil e Canadá, assim como a Alemanha, pararam na fase de grupos, o que já dava uma cara de novidade para este Mundial feminino.

A fraca campanha norte-americana já era vista na fase de grupos, tanto que Portugal meteu bola na trave dos EUA nos acréscimos em um jogo que poderia ter colocado as lusitanas nas oitavas. Este Mundial feminino mais democrático talvez fosse mais fácil de ser previsto e imaginado, pois é inegável que aumenta no mundo o interesse pela modalidade, com mais praticantes e com mais investimento.

  1. O que era no início uma festa para poucos países, notadamente nórdicos e os Estados Unidos, virou uma tendência mundial, com boas equipes em todos os continentes.
  2. A África também mostrou boa evolução nesta disputa na Oceania.
  3. O Brasil tem tradição no futebol feminino, apesar das dificuldades que antigas gerações tiveram em nosso país, mas hoje há mesmo um equilíbrio entre várias nações na modalidade.

Ficou mais difícil ser campeã mundial com tantas seleções postulantes. Claro que para a Fifa essa democracia maior na disputa é algo positivo. Também é positivo para o futebol sul-americano ver um rodízio maior de times e países nas fases mais agudas das competições interclubes.

Hegemonias costumam tirar um pouco a graça das disputas esportivas, ainda mais quando isso se dá pelo dinheiro. A América do Sul tem visto ainda muitas cenas de racismo, o que precisa ser combatido com cada vez mais rigor (dois homens foram presos no Morumbi por atos racistas no São Paulo x San Lorenzo pela Copa Sul-Americana), mas vemos também agora como moda rasgar dinheiro na Argentina para provocar o povo local por conta da economia do país.

Os argentinos vão prender os estrangeiros que fizerem esse ato também imbecil. Toda forma de preconceito deve ser condenada. Infelizmente, o racismo não é crime em todos os países do nosso continente. E, infelizmente, até o dinheiro virou agora moeda de provocação na América do Sul. Rodrigo Bueno 02 Aug, 2023 Quem diria que o São Paulo, cheio de problemas financeiros, contrataria James Rodríguez e Lucas Moura nesta janela de transferência? E quem diria que o Palmeiras da milionária Leila passasse praticamente em branco neste período de contratações? O Flamengo ensaiou bater o recorde de valor gasto em uma janela de transferências no futebol brasileiro, mas algumas negociações, como as de Claudinho, De La Cruz e Wendel, não foram ainda concretizadas.

  • Mesmo assim, o rubro-negro gastou R$ 91 milhões em apenas duas contratações (já são R$ 222 milhões na aquisição de reforços em 2023).
  • Os dois clubes mais endinheirados do Brasil e, consequentemente, da América do Sul, continuam praticamente no mesmo patamar de antes.
  • Só que o Flamengo acertou com Allan, Luiz Araújo e Rossi, três bons nomes para compor o melhor elenco do continente, o único elenco capaz de conquistar neste ano Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil.

O Palmeiras, já eliminado da Copa do Brasil, joga suas fichas na Libertadores por conta da diferença grande de pontos em relação ao Botafogo. Mas não conseguiu contratar o esperado camisa 5 para suprir a ausência de Danilo. Wendel, do Zenit, e Aníbal Moreno, do Racing, não foram comprados ainda, e a torcida alviverde tende a culpar ainda mais a presidente Leila, que fez grande alarde ao apresentar o avião que adquiriu para a equipe.

  1. A comemoração palmeirense na janela foi manter nomes bastante importantes, como Gustavo Gómez, Zé Rafael e Piquerez.
  2. Já o rival Corinthians fez dois movimentos importantes, trazendo o ótimo zagueiro Lucas Veríssimo, emprestado pelo Benfica, e o bom meia-atacante Matias Rojas, que veio do Racing.
  3. Porém Róger Guedes partiu para o futebol do Qatar, o que deixa o time alvinegro sem o seu melhor jogador neste ano, seu goleador.

Há um cenário diferente agora para a volta da semifinal da Copa do Brasil entre São Paulo e Corinthians por conta desta janela, ainda mais porque o Tricolor ainda não vendeu peças importantes. James Rodríguez, um dos mais talentosos jogadores sul-americanos dos últimos tempos, chega como reforço do São Paulo para o futebol brasileiro Getty Images Veja o duelo Atlético x Athletico: o mineiro, que tirou Luiz Felipe Scolari do Furacão, não contratou ninguém nesta janela.

  1. Já o paranaense se reforçou com Vidal, ex-astro do Flamengo, e ainda ficou mais robusto com Caca, Zapelli e Esquivel.
  2. Em um ano muito especial por conta da inauguração de sua arena, o Galo entra nas oitavas da Libertadores em baixa diante do favorito Palmeiras e sua campanha no Campeonato Brasileiro é das mais decepcionantes.

Já o Athletico se complicou na Libertadores na altitude, mas ainda conta com Vitor Roque (muito bem vendido) para tentar uma virada na Arena da Baixada contra o Bolívar. No Sul, o Inter parece ter levado ligeiramente a melhor sobre o Grêmio no mercado.

  • Além de pegar o técnico Eduardo Coudet, trouxe Enner Valencia, Aránguiz, Bruno Henrique e o goleiro Rochet, titular do técnico “Chacho” e que salvou o Colorado na partida de ida das oitavas da Libertadores na Argentina.
  • Já o Grêmio fez mais barulho ao dar uma nova chance para Luan, o “Rei da América” de 2017 que parece ter deixado a sua carreira em segundo plano.

O time de Renato Gaúcho, que trouxe ainda João Pedro, Rodrigo Ely e Lucas Besozzi, teve como grande reforço a permanência de Luis Suárez, apesar da boa proposta que teve dos Estados Unidos. O Grêmio está praticamente eliminado da Copa do Brasil, e o Inter ainda sonha com uma remontada na Libertadores diante do River Plate após o 1 a 2 no Monumental.

O Botafogo, líder disparado do Brasileiro, teve que correr atrás de novo técnico e foi bem na sucessão de Luís Castro. Bruno Lage, também português, parece um ótimo nome para dar sequência o excelente trabalho que está sendo realizado, tanto no Brasileiro quando na Copa Sul-Americana. O elenco está provando cada vez mais que foi bem montado, figurando até aqui de longe como o melhor exemplo de SAF no futebol brasileiro.

Esse grupo recebeu agora o meia-atacante uruguaio Diego Hernández e pode acertar com o lateral-direito Mateo Ponte. O Vasco, outro grande carioca que vendeu seu departamento de futebol para estrangeiros, trouxe o técnico argentino Ramón Díaz e oito reforços, alguns deles bem discutíveis: o zagueiro Maicon, o lateral Jefferson, o volante Medel, os meias Paulinho e Praxedes e os atacantes Pablo Vegetti, Serginho e Sebastian Ferreira.

O único motivo certo para festejos dos vascaínos nesta janela foi a troca do CEO da SAF, Luiz Mello, cujo nome já estava bastante desgastado. Há o interesse ainda na contratação do experiente centroavante espanhol Diego Costa. O medo do rebaixamento fez o Santos também se mexer, como havia prometido Falcão, diretor de futebol muito contestado.

Chegaram Dodô (Atlético-MG), Jean Lucas (Monaco), João Basso (Arouca) e Julio Furch (Atlas). Ainda pode pegar Nonato (Ludogorets) e Roberto Pereyra (Udinese). Paulo Turra não tem uma situação das mais confortáveis à frente do Peixe, e não será surpresa se uma nova correção de rota acontecer na Vila Belmiro.

O Cruzeiro e sua SAF foram atrás de sete reforços, dentre eles Matheus Pereira, do Al Hilal, Rafael Papagaio, ex-Palmeiras, Arthur Gomes, ex-Santos, e o colombiano Palacios. Na parte de cima da tabela e ainda na Libertadores, o Fluminense foi mais comedido na janela, acertando os retornos do zagueiro Marlon, do meia Danielzinho e do atacante Yony González, além da compra do meia uruguaio Leo Fernández.

Bahia e Coritiba, também nesta onda de SAF, conseguiram se reinventar e parecem agora mais fortes e confiantes na luta contra o rebaixamento. O Tricolor baiano, do Grupo City, gastou R$ 15 milhões no lateral Gilberto e R$ 13,3 milhões no atacante Rafael Ratão.

  1. O Coxa acendeu após a saída barulhenta do técnico Antônio Carlos Zago e já desfruta de oito reforços: Diogo Oliveira, Edu, Fransérgio, Hayner, Lucas Barbosa, Maurício Garcez, Reynaldo e Sebastián Gomez.
  2. O mercado brasileiro está cada vez mais convidativo para estrangeiros, até pelo aumento no limite de gringos nos times e pela situação econômica favorável em relação aos nossos países vizinhos.

Isso certamente tem atraído nomes como os de Luis Suárez e James Rodríguez, jogadores com boa passagem por futebol europeu e por suas seleções e que há algum tempo nós não imaginávamos que estariam atuando em território brasileiro a não ser em Copa do Mundo ou Copa América aqui.

  • Mais jogadores brasileiros de bom nível estão mais dispostos a aceitar projetos no país.
  • Voltas esperadas, como as de Lucas Moura, no São Paulo, e Fernandinho, no Athletico, tendem a ser mais comuns.
  • Há uma briga escancarada agora com os efervescentes mercados da Arábia Saudita e dos Estados Unidos, mas as várias SAFs que estão nascendo no Brasil e a melhor organização de muitos de nossos clubes (talvez o melhor exemplo disso seja o Fortaleza, forte candidato na Copa Sul-Americana) podem superar várias outras ligas periféricas.

Foram gastos mais de R$ 250 milhões por clubes brasileiros na compra de jogadores nos últimos 30 dias. Nesta janela de meio do ano, que tradicionalmente tem muitas saídas, foram contratados mais de 80 atletas apenas na Série A. Não tem mistério. Quem investe mais e melhor acaba tendo muito mais chance de ter sucesso no futebol, no esporte. Rodrigo Bueno 25 Jul, 2023 O futebol feminino tem crescido cada vez mais e estamos diante da maior Copa do Mundo da modalidade, um evento que vem se superando em termos de audiência, visibilidade, público, valores, interesse, exposição na mídia etc. Não é uma modinha como o filme da Barbie neste meio de ano, já temos sim um esporte bem consolidado, com milhões de praticantes e fãs no mundo todo.

  1. A Fifa, espertamente, tem investido mais no futebol feminino.
  2. Não só por razões comerciais, mas para firmar a modalidade mesmo como a preferida da maioria da maioria das pessoas do planeta (as mulheres).
  3. Os Estados Unidos, maior economia do planeta, já têm esse olhar para o futebol feminino faz tempo, mas hoje vemos de verdade a globalização do esporte e o desenvolvimento dele.

As nações europeias, tradicionalmente boleiras, cresceram bastante no feminino e rivalizam hoje com as norte-americanas (incluo aqui o Canadá). Vemos bons times na América do Sul (sobretudo o Brasil) e na Oceania, anfitriã da atual edição. As ligas estão mais fortes, os patrocinadores estão mais presentes, a mídia está mais aberta e o mercado está cada vez mais favorável e convidativo para as causas das mulheres.

  1. E o futebol está mesmo deixando de ser apenas uma causa para elas.
  2. Foi-se o tempo em que a modalidade era proibida ou malvista, especialmente em alguns lugares mais preconceituosos.
  3. Os latinos, por exemplo, demoraram mais para aceitar o futebol feminino, creio que isso se deve a uma cultura mais machista, a que vemos ainda aqui ou acolá em comentários do tipo “mulher não tem que jogar bola”.

A popularização do futebol feminino passa por um envolvimento maior de clubes tradicionais e de federações poderosas, nacionais e internacionais. No Brasil, até por regra, as principais camisas do país tiveram que destinar verba para a montagem de equipes femininas.

  • Ter uma liga regular é o básico para a consolidação do esporte.
  • Sem competição, não há desenvolvimento.
  • Hoje, nós já temos torneios diversos, incluindo a base, embora ainda com um calendário tão ou mais confuso e problemático do que o que vemos no masculino.
  • E é nesse ponto que quero tocar aqui neste post: as comparações recorrentes do futebol de homens e o de mulheres.

Claro que são coisas bem diferentes, afinal homens e mulheres são bem diferentes, os corpos são diferentes, a velocidade é diferente, a potência é diferente, a força é diferente. Isso já vemos em praticamente todas as modalidades esportivas (algumas permitem uma “igualdade” maior).

Mesmo com um investimento pesado ou desenvolvimento grandioso, as mulheres não vão ter, naturalmente, as mesmas condições para alcançar marcas dos homens (veja os recordes do atletismo para perceber a diferença). Eu entendo alguém não gostar muito do nível apresentado pelas equipes femininas. Quero acreditar que bastante gente está, desde a infância, acostumada a acompanhar o futebol masculino, e apenas por isso custa um pouco a aceitar algumas jogadas que parecem mais amadoras.

E, convenhamos, especialmente no futebol local, longe da nata europeia da bola, assistimos mesmo no masculino a muitas peladas e lances de churrasco. Como somos apaixonados por nossos times, vemos os jogos mesmo sabendo que são ruins, que os jogadores são meia boca etc.

Essa paixão já está passando para os clubes no feminino, afinal as maiores torcidas estão representadas hoje em campo. Vimos nas últimas décadas a mudança de bastão de times históricos, como o Saad, para o domínio dos clubes de massa, como o Corinthians. E vemos cada vez mais essa paixão em termos de seleções, com a expansão da modalidade e um equilíbrio maior de forças.

A Copa do Mundo está maior e mais atraente mesmo, com jogadoras de grande nível e com treinadoras também de excelente trabalho (sou particularmente fã de Sarina Wiegman, técnica holandesa que já foi campeã europeia com seu país e que reina agora na Inglaterra).

  • Eu entendo alguém ser apaixonado demais por futebol feminino, até pela luta e pela resiliência de muitas das pessoas envolvidas na modalidade, quase sempre à sombra do masculino.
  • Toda forma de apoio ao esporte é válida, seja financeiro ou mesmo de espaço na imprensa.
  • Isso vale para o futebol feminino e também para outras modalidades que querem ser lugar ao sol, seus 15 minutos de fama que seja.

Tenho várias colegas que estão na cobertura da Copa, do outro lado do mundo e aqui, e estou feliz demais por elas. Percebo bem como isso é uma realização de um sonho, não só o pessoal de trabalhar em um grande evento internacional, mas por estar fazendo parte da história, por estar ajudando a difundir uma modalidade que por tanto tempo ficou em um quinto plano. Ary Borges, autora de um hat-trick na goleada do Brasil sobre o Panamá na Copa do Mundo feminina, deu lugar no fim do jogo para a Rainha Marta, uma mostra de como a nova geração está chegando com força Thais Magalhães/CBF Pela primeira vez, vi minha filha Ísis (hoje com 13 anos) com o rosto pintado e acordando cedo nas férias para ver o jogo do Brasil com a priminha Rebeca.

Estavam animadas como poucas vezes vi e logo passei para elas o aplicativo oficial do Mundial para elas colecionarem o álbum de figurinhas do torneio. Minha filha, que antes brigava para ter o Neymar, o Messi e o Cristiano Ronaldo em seu álbum, agora tem boas referências femininas para seguir e curtir.

As novas gerações já estão sendo criadas em um ambiente muito mais receptivo ao futebol feminino. Legal que elas saibam da dificuldade que até uma Marta, Rainha do futebol, enfrentou para ter sucesso na carreira. Mas mais legal ainda elas verem que hoje que a Ary Borges, com seus 23 aninhos, já pode sair do Centro Olímpico para o Sport, para o São Paulo, para o Palmeiras e para a bem-sucedida liga norte-americana.

Autora de um hat-trick na estreia do Brasil, Ary Borges deu lugar para Marta no final da partida, algo bastante simbólico neste Mundial. Com o tempo, vai ser inevitável que mais pessoas curtam o futebol feminino e que mais gente largue seus preconceitos para se divertir com a modalidade. Assim como as mulheres estão cada vez mais altas, mais fortes, mais rápidas, mais habilidosas, mais independentes, mais destemidas, mais corajosas, mais confiantes, mais protagonistas, mais endinheiradas e mais empoderadas, o futebol feminino está cada vez maior e melhor.

Eu quero fazer aqui uma menção especial à minha amiga Renata Silveira, primeira narradora em TV aberta no país a trabalhar em uma Copa do Mundo. Eu já dividi transmissão de jogo em televisão com 36 narradores diferentes, e ela é uma das melhores, tem uma excelente voz, estuda e se prepara demais para os jogos e possui um bom ritmo, passa sim emoção até em partidas chatas e pouco interessantes de futebol masculino.

Sei o quanto a Renata deve estar sofrendo com críticas e ofensas terríveis oriundas puramente do machismo e da estupidez de algumas pessoas, mas que ela siga firme e forte, bailando em seu trabalho como de costume, para incentivar ainda mais outras narradoras e outras mulheres a ter seu espaço, a estar no lugar em que desejam estar, a fazer e jogar o que mais gostam.

Boa Copa do Mundo feminina para todas as pessoas, não importa o gênero, a idade, a orientação sexual, a raça etc. Desfrutem! Rodrigo Bueno 18 Jul, 2023 O ano começou com o maior luto santista, afinal o Rei Pelé foi sepultado nos primeiros dias de 2023. Ao longo do ano, o caso de estupro de Robinho, outro ídolo histórico do Peixe, foi ainda mais escancarado e ele, condenado na Itália, poderá ser preso mesmo estando no Brasil.

Neymar, mais um genial raio que caiu na Vila Belmiro, parece cada vez mais longe de ganhar a tão sonhada Bola de Ouro e continua aparecendo no noticiário com situações nada agradáveis, como traição à mulher grávida na véspera do Dia dos Namorados e multas por questão ambiental em seu palacete em Mangaratiba.

O orgulho santista nunca esteve tão abalado, pois pelo terceiro ano seguido o time não se classificou para o mata-mata do Campeonato Paulista e mais uma vez corre risco de rebaixamento no Brasileiro, algo que seria inédito para o clube. Há um pensamento de que o atual presidente do Santos, Andrés Rueda, é até um bom administrador na parte financeira, mas que ele pouco entende de bola.

O departamento de futebol do clube foi entregue em boa parte a um craque que não tem ligação com o Santos, o ex-volante Falcão, que não emplacou como se esperava como técnico nem como dirigente. Sua atuação até aqui tem sido opaca, pouco acrescentando a um time com elenco limitado e que parece um tanto quanto perdido, sem comando.

Paulo Tura, um treinador em início de carreira solo, chegou para colocar ordem, mas parece que isso estragou ainda mais o ambiente no vestiário. A saída de Soteldo, uma rara reserva técnica que o Santos tinha neste ano, foi o grande exemplo disso. O pequeno venezuelano é mais um nome adorado pela torcida que vive um 2023 ruim.

Falcão, que teve cinco dias de folga no Sul para curtir o aniversário da esposa e que foi flagrado vendo a final de Wimbledon entre Alcaraz e Djokovic (não posso culpa-lo muito por isso porque o jogo foi épico, e acho que Alcaraz vai ser o maior tebnista da história um dia) no Morumbi pouco antes do clássico San-São, passou a ser criticado ainda mais internamente pelo que seria um descaso com a fase negativa da equipe, que venceu apenas um dos últimos 15 jogos da equipe (um 4 a 3 sofrido na Vila contra o Goiás em que o árbitro anotou um pênalti muito polêmico para o alvinegro).

A vitória anterior da equipe, contra o Vasco em São Januário, também teve muita reclamação do adversário com a arbitragem. Isso mostra a dificuldade que o Santos vem encontrando para superar até mesmo times da parte inferior da tabela, com quem em tese e na prática está brigando de fato contra o descenso. Confusão na Vila Belmiro durante Santos x Corinthians, um dos muitos momentos tensos vividos pelos santistas neste ano terrível de 2023, que começou com o sepultamento do Rei Pelé e pode acabar com inédito rebaixamento Abner Dourado/Agif/Gazeta Press A torcida santista, desesperada com a possibilidade real de um primeiro rebaixamento, tem passado do ponto em atos violentos e protestos com arremesso de bombas e objetos.

  • O cenário terrível fez com que a Vila Belmiro fosse justamente punida, e o alçapão alvinegro foi decisivo muitas vezes para que times fracos do Santos superassem equipes mais poderosas e impedissem uma queda para a segunda divisão.
  • Estamos vendo um Brasileiro que tem tudo para bater recorde de público na era dos pontos corridos, mas o Santos está quase sozinho sem a torcida do seu lado.

E, quando ela está presente, em pouco número ou não, a pressão tem sido a tônica nas arquibancadas. A nova geração dos Meninos da Vila não é das melhores, e o que seria o último raio (Rodrygo) partiu cedo para o Real Madrid e pouco foi aproveitado pelo Santos, diferentemente de Pelé, de Robinho e de Neymar.

  • O possível título brasileiro do Botafogo, algo mais inesperado do que um rebaixamento do Santos em 2023, jogaria ainda mais luzes nas SAFs, nova onda do futebol brasileiro.
  • O lendário time de Pelé está concorrendo mesmo agora com empresas, e está ficando para trás de várias delas (foi eliminado da Copa do Brasil pelo Bahia, parceiro do Grupo City, por exemplo).

Quase todos os adversários estão se organizando melhor, estão recebendo mais investimento, estão contando com mais apoio nas arquibancadas, estão vendo mais perspectivas do que o Santos. Na Copa Sul-Americana, a campanha santista foi de envergonhar a tradição internacional do clube.

  • Apenas uma vitória em seis jogos, não conseguiu vencer na Vila Belmiro nem o bom Newell’s Old Boys nem o mediano Audax Italiano nem o fraco Blooming.
  • Terminou com saldo de gols negativo e fora até mesmo do playoff contra um terceiro colocado de grupo da Libertadores.
  • Eliminado assim precocemente de todas as copas da temporada, o caixa santista fica ainda mais combalido.

E, por mais que Falcão acredite que chegarão reforços de bom nível para elevar a qualidade do elenco, a torcida não confia na direção. A frase de Falcão sobre descenso foi de cair o olho da cara: “Não existe a palavra rebaixamento para mim. Se a gente conseguir trazer os jogadores que a gente imagina, é pensar em Libertadores.” Falta de noção da realidade.

  • No próximo fim de semana, o Santos recebe simplesmente o líder disparado do Campeonato Brasileiro, uma equipe que venceu 13 de 15 jogos na disputa.
  • Depois, até o final do primeiro turno, pega dois times da Libertadores (Fluminense e Athletico) e outro que faz uma das melhores campanhas da Sul-Americana (Fortaleza).

Não é difícil imaginar que o Santos terminará a primeira metade da competição nacional com apenas quatro vitórias, com menos de 20 pontos e com saldo de gols bem desfavorável, ainda mais após ser goleado por 4 a 1 pelo São Paulo. O Corinthians tem um ponto a menos do que o Santos hoje, mas tem um jogo a menos também e está dando sinais de melhora, com a recuperação de Renato Augusto, com o aparecimento do bom volante Moscardo e com a contratação interessante de Rojas.

  1. América-MG e Vasco, que estão na zona da degola atualmente, também possuem uma partida a menos em relação ao Santos.
  2. O Coritiba, que parecia já condenado, melhorou bem após a saída do técnico Antônio Carlos Zago e também anima agora seu torcedor.
  3. No Santos, nada anima.
  4. Lucas Pires e Nathan foram afastados após serem flagrados em balada até altas horas da madrugada quando tinham treino pela manhã.

Ângelo, que poderia ser uma esperança, foi vendido para o Chelsea. A situação de atletas como Daniel Ruiz, Ed Carlos e Lucas Barbosa está indefinida no clube. Nem o bom goleiro João Paulo está salvando mais. Há uma tensão na Vila de que um “facão” poderá gerar a dispensa de vários jogadores e existe também uma certa resistência ao pulso forte de Paulo Turra, que não tem a habilidade ainda no vestiário nem o perfil “amigão” de Dorival Júnior, técnico que deixou saudade nos santistas e que hoje mostra seu valor ao recuperar o São Paulo.

Com a falta de química entre atletas, comissão técnica, direção e torcida, a tendência é de um trabalho bastante complicado. A atuação apática do Santos no clássico contra o São Paulo, que parecia treinar em campo, chamou a atenção do tamanho do buraco em que o Santos se colocou. Há quem diga que, se o Santos não cair neste ano, não cairá nunca mais.

Mas os mais pessimistas entendem que o primeiro rebaixamento da história gloriosa do time de Pelé está próximo e é inevitável pela falta de dinheiro, organização e visibilidade em comparação aos rivais. Será que o seleto clube dos “incaíveis” do futebol brasileiro, que tem apenas Flamengo, Santos e São Paulo, vai perder um de seus membros neste ano? O Flamengo não cairá, o São Paulo parece ter achado um bom caminho, só o Santos agora preocupa mesmo. Rodrigo Bueno 11 Jul, 2023 Gabriela Anelli, de apenas 23 anos, está morta, Por uma garrafada atirada por um torcedor do adversário. Ela queria ver Palmeiras x Flamengo, Não conseguiu. E não verá mais nenhuma partida. Ela será mesmo só mais uma vítima da violência no nosso futebol? Ou a morte dela vai fazer com que as coisas sejam diferentes a partir de agora? A polícia prendeu em flagrante Leonardo Felipe Xavier Santiago, flamenguista de 26 anos, por ter atirado garrafa e ter causado a morte da jovem palmeirense.

  • Tudo indica que ele passará alguns aninhos apenas na cadeia, talvez com algumas regalias em algum tempo, talvez esteja frequentando estádios em temporadas não tão distantes.
  • A impunidade é uma das doenças do Brasil.
  • Crimes acontecem em quase todos os jogos de futebol, às vezes em aeroportos, hotéis, motéis, bares, baladas etc (de racismo a homofobia, de ameaça a agressão, de roubo a morte).

A paixão pelo esporte seria o combustível e também a desculpa para essa onda de violência. Mas tem muito mais coisa por trás disso tudo. E coisas que, infelizmente, não são tão belas como a paixão. Nada justifica a violência. Não importa se é contra jogador, treinador, árbitro, dirigente, jornalista, torcedor.

  1. O que digo aqui é óbvio, e existem leis para punir quem causar algum tipo de dano.
  2. Mas neste país, como escrevi no post anterior, quase ninguém acredita nas instituições, nem mesmo na Justiça.
  3. Há uma certa sensação, que é antiga, de que o futebol é um mundo à parte, que tudo é permitido quando se está em um estádio.

Não se vê alguém depredando o metrô quando se está indo para o trabalho ou para a escola, mas não raramente vemos vandalismo em patrimônio público antes ou após partidas de futebol. Torcedores, sobretudo os “organizados”, atacam em bando adversários, rivais.

  • Isso vem pelo menos desde a década de 90 com alguma frequência no país (a violência ligada ao futebol começou para valer no nosso continente nos anos 60, quase simultaneamente nasceram muitas torcidas organizadas).
  • Tanto que em São Paulo a “solução” foi adotar torcida única nos jogos entre os times grandes.

Hoje, até mesmo quem contesta essa decisão, que impede o direito de ir e vir, vai preferir essa medida polêmica a ver mais mortes estúpidas como a da Gabriela Anelli. Torcedora do Palmeiras faleceu após uma briga na frente do Allianz Parque Na Inglaterra, o genuíno país do futebol, a onda de hooliganismo foi abortada com uma intervenção firme do Estado.

O Relatório Taylor nasceu após a tragédia de Hillsborough em 1989. Poucos anos depois, surgia a Premier League, liga nacional mais vista e admirada no mundo, um modelo que quase todos tentam copiar. Os estádios ingleses viraram um lugar para pessoas sentadas apenas, espectadores com bilhetes e assentos marcados.

Houve um combate a cercas, barreiras, catracas, além de um controle maior na venda de bebidas alcoólicas dentro dos estádios. Um combo que alguns chamam de Nutella, mas que resolveu bem o problema da violência, também porque lá as punições para quem fere a lei são severas, quem atenta de alguma forma contra o futebol fica invariavelmente fora do futebol.

  1. Em 1985, devido à tragédia de Heysel na final da Copa dos Campeões da Europa entre Liverpool e Juventus, os clubes ingleses ficaram proibidos de jogar competições oficiais da Uefa por cinco temporadas.
  2. Uma medida que ajudou também na conscientização de que o Reino Unido precisava de alguma forma mudar drasticamente sua relação, mais que secular, com o esporte mais popular do planeta.

E é exatamente isso o que o Brasil precisa: mudar seu jeito de tratar o futebol. Em todos os níveis e em todas as áreas, uma união em torno da paz se faz necessária. Não dá para dirigentes de Flamengo e Palmeiras, os times mais endinheirados e poderosos do país já faz alguns anos, ficarem trocando farpas públicas nos mais diversos temas, incentivando de alguma forma a rivalidade besta entre as equipes, insinuando sistemas e esquemas sem provas.

  1. Por questões de ego e vaidade, às vezes, cartolas que adoram holofotes e que sonham com uma hegemonia de seus times passam dos limites.
  2. Mesmo após a triste morte da jovem torcedora palmeirense, o truculento presidente do Conselho de Administração do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, postou algo que mostra pouca ou nenhuma sensibilidade.

“Jogamos no país inteiro sem problemas com nenhuma polícia ou torcida. Mas em SP, contra o Palmeiras, nossa torcida é considerada como problemática. Há anos tentam impedir a presença da nossa torcida em jogos contra eles”. Mesmo nesse momento de luto, o cartola rubro-negro não abaixa as armas e parece desejar ainda mais conflito com o adversário “inimigo”.

O chocante caso da Gabriela Anelli fez com que Tiago Leifert virasse um dos assuntos da segunda-feira, pois ele deu informação errada sobre a vítima do fim de semana esportivo. Ele até pediu desculpas depois, mas foi bastante criticado porque parecia culpar inicialmente a Gabriela por sua morte, basicamente por ter sido de torcida organizada.

Eu citei o Tiago Leifert porque agora trato aqui da imprensa, que tem papel importante para denunciar quem causa dano ao futebol e à sociedade e que não deve fomentar ainda mais o ódio que vemos neste momento no esporte. Algumas vezes, em busca de audiência ou de cliques, pessoas da mídia (tradicional e “blogueirinhos”) passam do ponto e estimulam o ódio entre os times e seus torcedores. Luan, perseguido e agredido por torcedores corintianos em um motel de São Paulo, publica foto de sua bermuda ensanguentada Reprodução Luan, no fim da passagem no Grêmio e depois no Corinthians, não tem sido o melhor dos profissionais há alguns anos, comentei já algumas vezes sobre isso, mas nada justifica uma perseguição seguida de agressão a ele em um motel ou em qualquer lugar.

Assim como nada justifica uma garrafa no pescoço da Gabriela. A humilhação pela qual passou Gil, zagueiro corintiano, em um hotel em Minas Gerais foi deprimente. Um torcedor o chamando de vagabundo, acusando o beque de estar roubando o Corinthians simplesmente por ele não estar em seu melhor momento. A impaciência é geral, seja em São Januário ou na Vila Belmiro.

Dentro de campo e nas coletivas, vemos um comportamento que vai além do competitivo por parte de integrantes de comissão técnica. Abel Ferreira, ótimo treinador palmeirense, outro dia tomou o celular de um jornalista que estava na área de imprensa. Dias depois, insano, estava partindo para cima de Calleri no jogo.

  • E, se alguém o critica, passa a ser massacrado por adoradores dele.
  • As mídias sociais ajudaram demais a turbinar essa onda de ódio, todo mundo passou a ter o poder de ofender e até ameaçar, acreditando que ainda passarão impunes com seus crimes na internet.
  • Muita gente já esperava uma morte no futebol brasileiro para estes dias.

Era algo meio que cantado. Não sabíamos se a vítima seria jogador, treinador, juiz, jornalista ou torcedor. Acabou sendo uma garota que não estava nessa vibe de ódio, que foi a campo apenas para desfrutar do seu time de coração, uma jovem que deveria virar mártir na luta contra a violência no futebol, talvez dar nome para a liga independente da CBF que só não nasce porque há uma eterna desunião entre os clubes, porque há muita cobiça e vaidade, pouca preocupação com o outro.

  • Pouco tempo depois de a Gabriela agonizar na entrada do Allianz Parque, em campo atletas de Palmeiras e Flamengo, assim como alguns torcedores, sentiam os efeitos do gás lançado pela polícia para tentar deter um outro tumulto fora da arena palmeirense.
  • Sei que os sindicatos de jogadores no Brasil pouco funcionam e às vezes são até explorados por algumas poucas pessoas, mas deveriam pensar seriamente em paralisar o futebol por aqui enquanto este cenário persistir.

Os dirigentes deveriam se reunir e fazer um pacto pela paz, evitando declarações ácidas contra os adversários, promovendo mais respeito e cortando relação com organizadas. Há muitas coisas importantes que precisam ser feitas, inclusive pelo Estado, e há tantas coisas simples que podem ser feitas por qualquer um de nós. Rodrigo Bueno 04 Jul, 2023 Já reparou que, mesmo na era dos pontos corridos, quando em tese o campeão é mesmo o time que mais mereceu e que o resultado reflete mais claramente a força dos clubes, quase todo campeonato no Brasil é “manchado”? Não importa quem esteja na liderança ou brigando por posições nobres, invariavelmente vai aparecer um dirigente, um técnico, um auxiliar, um jogador ou alguém na imprensa ou em mídias sociais para insinuar que há um esquema para favorecer uma determinada equipe, seja porque tem muito dinheiro envolvido, porque é do Eixo, porque tem boa relação com dirigentes ou porque não se pode ganhar muitos campeonatos de forma seguida, como falou João Martins, auxiliar de Abel Ferreira, após o duro empate de 2 a 2 contra o Athletico-PR,

O ótimo treinador português parece ter entendido bem a cultura do futebol brasileiro e já “manchou” campeonato que ele mesmo veio a vencer. “Façam o que quiser. O Campeonato Paulista está manchado. Eu não sou árbitro, mas, pelas regras que eu leio, o VAR só deve interferir em decisões muito flagrantes, infelizmente ele (juiz) não teve coragem de seguir em sua decisão”, reclamou Abel Ferreira após perder por 3 a 1 para o São Paulo na partida de ida das finais do Paulista de 2022.

No jogo da volta, o Palmeiras venceu no Allianz Parque o rival por 4 a 0, e o campeonato que estava “inquinado”, segundo Abel, passou a ser legítimo e justo. A comissão técnica palmeirense não está sozinha nas críticas à arbitragem e à CBF, insinuando que há uma orquestração no campeonato para prejudicar determinado time e até jogador, no caso o Hulk,

  • Luiz Felipe Scolari, o experiente Felipão que trabalhou duas vezes como técnico da seleção brasileira, chegou a dizer que há “ordem lá de dentro” para dar cartões para o forte astro atleticano.
  • O atacante, que tem reclamando constantemente das arbitragens desde que voltou ao Brasil, já teve confusão com o juiz Anderson Daronco e, agora, foi protagonista na treta com o Wilton Pereira Sampaio, reclamando, ofendendo e aplaudindo de forma irônica o árbitro do 2 a 2 contra o América-MG (assim como no 2 a 2 do Palmeiras, o time que abriu 2 a 0 no placar e que depois cedeu o empate ficou pistola com a arbitragem).

Hulk foi campeão brasileiro com o Galo de forma histórica, acabando com o jejum de 50 anos sem título do clube mineiro no principal campeonato nacional, em 2021. Mas teve gente naquele ano, sobretudo dirigentes flamenguistas, como Paulo Cesar Pereira, vendo um favorecimento para o Atlético.

Após o título do Galo, o dirigente em questão postou uma foto da taça do Campeonato Brasileiro com a mensagem “VAR”, alusão à tecnologia que teria ajudado o Galo a ter mais de dez pênaltis a seu favor naquele campeonato. Hulk, claro, não reclamou do árbitro na marcação de nenhuma dessas penalidades máximas.

Felipão, assim como o Abel Ferreira e outros tantos técnicos mundo afora (José Mourinho reclama muito e é um mestre nos “jogos da mente”), ataca a arbitragem sistematicamente. Além de desviar o foco dos problemas de seu time, fazendo isso nasce uma esperança de uma ajuda nos próximos jogos.

E cria-se ainda uma narrativa de que estamos jogando “contra tudo e contra todos”, o que casa bem para muitos torcedores, especialmente no Brasil, onde quase ninguém acredita em instituição nenhuma, em que há uma cultura de corrupção, de sacanagem, de malandragem etc. O atleticano historicamente se sente prejudicado pela CBF e pelas arbitragens, trauma que vem de confrontos decisivos contra o Flamengo nos anos 80.

O Palmeiras, em menor grau, também já apontou favorecimento algumas vezes para os dois times mais populares do país: Flamengo e Corinthians, Muito por isso o palmeirense tende a abraçar a tese de que há um “sistema” contra o clube, que passaria pelas federações e também pela imprensa.

Se você pegar a história do futebol brasileiro, constatará que muitas teorias da conspiração surgiram. Felipão, campeão mundial em 2002 com a seleção, certamente já ouviu aquela bobagem de que o Brasil perdeu a final para a França em 1998 em um acordo comercial e político que garantiria o penta quatro anos depois.

Felipão também já ouviu falar nos anos 90 do “Esquema Parmalat “, que usaria a dinheirama da parceira palmeirense para abocanhar vários títulos a partir de 1993. Felipão foi adversário feroz do Palmeiras na metade dos anos 90 e depois virou um treinador do clube alviverde na reta final da Parmalat no time.

Aliás morreu recentemente José Aparecido de Oliveira, árbitro que ficou marcado por muito tempo por conta da final do Paulista de 1993, sendo acusado por corintianos de ter feito parte do tal “Esquema Parmalat ” (o mesmo José Aparecido de Oliveira ajudou o Corinthians a ir para a final daquele Estadual ao validar gol impedido de Neto contra o São Paulo de Telê nas semifinais).

O São Paulo, quando era o soberano do futebol brasileiro, conquistou seu tricampeonato nacional genuíno em meio a acusações de que teria aliciado árbitro oferecendo ingressos para show da Madonna no Morumbi. A CBF apontou tentativa de suborno ao árbitro Wagner Tardelli na reta final do Brasileiro de 2008, quando o Tricolor faturou seu hexa.

Tardelli, que apitaria o jogo derradeiro do São Paulo naquele campeonato, seria um dos destinatários de ingressos para ver a Madonna. Dirigentes são-paulinos ironizaram a acusação vinda da CBF, alegando que Tardelli prejudicava o clube do Morumbi várias vezes. “O curioso disso tudo é que nesta semana nós enviamos à CBF uma carta lembrando várias atuações desastrosas deste juiz contra o São Paulo”, afirmou João Paulo de Jesus Lopes, então diretor tricolor.

Mais recentemente, quando o São Paulo de Fernando Diniz liderava o Brasileiro de 2020, havia gente insinuando que existia um favorecimento ao Tricolor porque o então presidente da CBF, Rogério Caboclo, era são-paulino, filho de cartola tricolor. A tal “força nos bastidores” parece acompanhar sempre o futebol brasileiro.

Um jogo fora de campo é travado para que se possa ter alguma vantagem futura ou para que não haja pelo menos um prejuízo. Cartolas da antiga foram criados dessa forma, essa prática de causar e bradar contra o sistema é mais velho do que o próprio futebol. Mas vemos ainda nesta era moderna de SAF’s e executivos renumerados reclamações e insinuações ” old school “.

Rodrigo Caetano, um dos mais respeitados diretores remunerados do mercado, foi citado na súmula de Atlético 2 x 2 América por protestar contra o árbitro: “Já sabia que você ia fazer isso! Você não é homem”, teria dito Caetano a Wilton Pereira Sampaio.

Volte no tempo e veja o que os cruzeirenses falam sobre favorecimento ao Vasco na decisão de 1974, o que os santistas dizem da atuação de Márcio Rezende de Freitas contra o Botafogo na final de 1995 ou o que os colorados pensam do mesmo Márcio Rezende na partida decisiva contra o Corinthians no Pacaembu em 2005.

Nesse ano, houve sim um esquema, uma máfia do apito tendo como protagonista o ex-juiz Edilson Pereira de Carvalho. Jogos dele foram anulados, o que depois acabou favorecendo o campeão Corinthians, na época parceiro da nebulosa MSI. O Corinthians já conseguiu jogar o Mundial de Clubes de 2000 muito por conta de sua parceria com a Traffic, que ajudou a organizar o primeiro Mundial da Fifa no Brasil.

Motivado muito pelo título mundial corintiano, o Palmeiras fez um dossiê para tentar ser proclamado campeão mundial de 1951. E depois outro dossiê, elaborado por um santista, seria levado à CBF para unificar os títulos nacionais, equiparando inclusive uma copa curta (Taça Brasil) com o Campeonato Brasileiro.

Por uma questão política, Ricardo Teixeira, então presidente da CBF, aprovou a unificação. E tentou fazer o Flamengo ser proclamado também campeão brasileiro de 1987, o que a Justiça logo vetou. São décadas e décadas de polêmicas. O futebol brasileiro não é para os fracos.

Alguém sempre vai dizer que Eurico Miranda fez o Vasco ser campeão brasileiro em 2000 driblando a tragédia contra o São Caetano em São Januário, que o Fluminense ganhou dois Brasileiros devido a um “Esquema Unimed “, que o Cruzeiro ganhou suas duas últimas Copas do Brasil montando time que não tinha direito para pagar, que o Internacional só foi campeão invicto em 1979 porque muitos times grandes ficaram de fora daquele campeonato bagunçado, que o Santos quase ganha o Brasileiro de 1983 sendo que nem deveria ter jogado aquela disputa por conta de sua campanha ridícula no Estadual, que o Flamengo de Zico só ganhou muito por causa da TV Globo etc.

Se os brasileiros tendem a não acreditar mesmo nas pessoas, nos políticos e nas instituições, por que iriam confiar em dirigentes e em árbitros de futebol? Ainda mais com cartolas clubistas que só conseguem olhar para o próprio umbigo e não são capazes de montar uma liga independente.

Ainda mais com juízes mal preparados e que ainda não são oficialmente profissionais. Não tem VAR nem tecnologia nenhuma que vá mudar essa cultura do futebol brasileiro de desconfiar de cada campeonato, ainda mais com o aumento das casas de apostas e com um escândalo de manipulação de resultados chegando à Série A.

O Campeonato Brasileiro de campeonato mais manchado continua firme e forte! João Martins, auxiliar de Abel Ferreira no Palmeiras, durante partida contra o Athçetico-PR, na Arena da Baixada, pelo Brasileirão Cesar Greco/Palmeiras Rodrigo Bueno 27 Jun, 2023 Eu falei na semana passada, antes de Palmeiras x Botafogo, que Luís Castro está em um momento melhor do que Abel Ferreira. E o grande jogo do fim de semana no futebol brasileiro, a vitória de 1 a 0 do Glorioso sobre o Verdão, quebrando a longa série invicta palmeirense no Allianz Parque, confirmou a minha impressão e o que muita gente não estava pronta para conversar.

O trabalho de Luís Castro não é fogo de palha, ele entendeu muito bem a nova fase do tradicional clube carioca, apostou acertadamente em um gramado sintético no estádio Nilton Santos, pinçou reforços que são cirúrgicos, corrigiu a rota de um projeto de SAF que começou gerando alguma desconfiança e críticas contra o próprio técnico.

A campanha insatisfatória no Estadual do Rio neste ano ajudou na avaliação ruim que muitos fizeram do atual Botafogo, que está mais organizado em todos os setores. Tenho amigos competentes que foram trabalhar no time da Estrela Solitária que não tem bem uma estrela solitária em campo, embora Tiquinho Soares seja o artilheiro com folga do Brasileiro (responde pela metade dos gols do time no campeonato nacional) e já pinte como ídolo alvinegro.

Eu mesmo não acreditava na liderança duradoura do Botafogo após ver como sofreu para vencer São Paulo e Bahia nas duas primeiras rodadas. A ideia de um time reativo que vencia mais pela eficiência ficou para trás. Os principais favoritos ao título do Brasileiro foram sendo batidos um a um: Flamengo, Atlético, Fluminense e Palmeiras.

O Botafogo mostra em campo de forma exemplar a organização que exibe fora de campo. Luís Castro foi uma escolha muito acertada de John Textor, sua boa relação com os superiores e com os jogadores mostra que ele catalisa tudo. Nas coletivas, o experiente treinador português tem dado aula de futebol e até de vida, de comportamento, provocando reflexões.

  • Tanto que recebeu elogios rasgados de Abel Ferreira, que ganhou fama no Brasil também por dar aulas em coletivas.
  • Mandei uma mensagem particular para ele (Luís Castro), mas agora mando uma pública.
  • Parabéns pelas declarações dele.
  • É uma pessoa que, quando era treinador do Penafiel, eu ainda era gandula.

Fiquei muito contente pelo o que ele falou, da forma que falou. Se eu tivesse estudado para fazer um discurso daqueles, não iria conseguir. Espero que alguns de vocês entendam a profundidade das palavras dele”, afirmou Abel na metade de maio, quando Castro mostrou aos jornalistas muito do seu caráter. Luís Castro, que tem dado aulas no futebol brasileiro, cumprimenta Tiquinho Soares, artilheiro do Brasileiro, após a histórica vitória do Botafogo sobre o Palmeiras Vítor Silva/Botafogo FR Luís Castro, em um gesto de inclusão, já levou para a coletiva um integrante da comunidade surda, por exemplo.

Ressalta muito a honestidade de seu trabalho. E se orgulha por nunca ter sido demitido, coisa que alguns, de forma precipitada, queriam que acontecesse com ele no começo do ano. Não fosse a SAF do Botafogo, fatalmente esse profissional elogiável estaria no olho da rua. O próprio Abel Ferreira, caso raro de treinador mais longevo do que Castro no futebol brasileiro, elogiou a confiança dada pela cúpula botafoguense ao seu treinador.

“Os trabalhos longevos têm a ver com quem manda. Dei os parabéns a ele (Luís Castro), mas temos que parabenizar o presidente dele, que sabe do treinador que tem. Mesmo que todos os treinadores fiquem 10 anos nos mesmos clubes, só um vai ganhar. Não sei se é possível mudar essas mentalidades em um espaço tão curto de tempo.

  1. Tudo que é cultural, mudança de mentalidade.
  2. Isso demora décadas.
  3. Cada país tem uma história.
  4. Não acredito que esse tipo de mentalidade aqui vai mudar tão cedo”, afirmou o palmeirense.
  5. Na vitória na partida que tinha cara de “final” contra o Palmeiras, Luís Castro tentou cumprimentar Abel, mas esse, que tem fama de mau perdedor, foi logo para os vestiários, certamente abatido pela derrota em casa.

Não foi algo grave como tomar o celular de um jornalista, mas é mais uma imagem que não pega bem para Abel, ainda mais pelo fato de o adversário ser seu conterrâneo e já ter uma idade mais avançada. Com a possível saída de Castro do Botafogo, Abel continuará sendo o técnico de mais destaque no futebol brasileiro.

  • Só o experiente lusitano conseguia competir taticamente e nas coletivas/aulas com o ótimo Abel Ferreira aqui.
  • A perda para o Botafogo seria colossal, claro, mas o nosso futebol precisa de mais profissionais como Luís Castro.
  • O dinheiro da Arábia Saudita e o Cristiano Ronaldo são argumentos fortes para o técnico do líder do Brasileiro (com sete pontos de diferença em apenas 12 rodadas) deixar o Botafogo, mas sua marca já está muito bem estabelecida no Glorioso e também no nosso país.

“Ouvi muitas vezes no ano passado que havíamos gasto muito dinheiro em contratações. Imagina um carro, você não precisa gastar muito dinheiro se for trocar só um pneu. Quando um carro só tem o chassi, aí tem que ter quatro rodas, volante, faróis, vidros, é claro que teríamos que gastar mais.

  • E foi o que aconteceu com o Botafogo.
  • O que queriam que fizéssemos? Tínhamos que agir ao longo da temporada, mas agir de uma forma planejada.
  • Tivemos que contratar muito em determinado momento, avaliar, contratar em função da nossa avaliação e fomos andando até chegar a este elenco.
  • No começo da temporada, tínhamos problemas.

Tinham saído Jeffinho e Júnior Santos, fizemos entrar Diego Hernández, Júnior Santos e Matías Segovia”, explicou Luís Castro, certamente o maior acerto de uma SAF no futebol brasileiro até este momento. O correto português é o empregado ideal para um dono de clube e um mestre para seus atletas. Rodrigo Bueno 21 Jun, 2023 O Brasil perdeu de 4 a 2 de Senegal, Normal! O Brasil perdeu de 2 a 1 de Marrocos. Normal! Na Copa do Mundo “>Copa do Mundo, o Brasil perdeu de 1 a 0 de Camarões. Parecia anormal, mas estou mudando de opinião. Nas últimas seis partidas da seleção brasileira, três derrotas para equipes africanas. E não foram duelos de seleções de base, não eram também confrontos de Olimpíada (Nigéria e Camarões já eliminaram a equipe amarelinha em 1996 e 2000). Além do jogo derradeiro na fase de grupos da Copa, vimos dois amistosos oficiais em Data Fifa com as equipes principais dos países. Em tese, era o que os times tinham de melhor. Mas o melhor do Brasil ainda é Neymar, e ele não esteve em campo em nenhum desses três tropeços da seleção contra rivais africanos. O Brasil goleou Guiné por 4 a 1 no amistoso anterior, porém o adversário ocupa apenas a 79ª posição no ranking da Fifa. Já sabíamos antes da Copa que os europeus eram a grande pedra no sapato brasileiro. E a Croácia repetiu no Qatar o que Bélgica, Alemanha, Holanda e França fizeram nos Mundiais anteriores, eliminando a equipe pentacampeã mundial. A sensação antes da Copa era que o Brasil estaria no nível das principais europeias, mas os resultados estão mostrando que o Brasil está no mesmo patamar das melhores seleções africanas, especialmente quando atua sem o seu único verdadeiro craque dos últimos 12 anos. Vinícius Júnior hoje está entre os melhores do mundo, porém ainda não faz a diferença na seleção que Neymar costuma fazer. Agora, Senegal entrou para o seleto clube das seleções que levam vantagem no retrospecto contra o Brasil na história. Antes, apenas Holanda, Hungria e Noruega, todas europeias, podiam dizer que a seleção brasileira é freguesa. A boa seleção senegalesa fez quatro gols no Brasil, sendo o time que mais balançou as redes da equipe amarelinha em uma partida desde aquele fatídico 7 a 1 diante da Alemanha na semifinal da Copa de 2014. Especialmente com Tite, a equipe brasileira vinha sendo pouco vazada, com goleiros, zagueiros e volantes sendo destaques (o Brasil levou 7 gols neste ano, marca que Tite levou 26 partidas para alcançar após assumir o comando técnico do time em 2016). Ontem, Ederson teve chance como titular e foi vazado quatro vezes, inclusive cometeu um pênalti. Marquinhos até fez um gol meio sem querer, mas anotou um gol contra antes. Casemiro ficou de fora, o que nos faz pensar que tem Casemirodependência na volância. O Brasil levou gol nos últimos seis jogos que disputou. Foram 10 tentos sofridos nessa sequência negativa que inclui a eliminação para a Croácia. Jogadores do Brasil após derrota para Senegal em amistoso Stringer/Anadolu Agency via Getty Images Vários jogadores que vivem bom momento no futebol brasileiro foram chamados para os dois amistosos contra africanos pelo técnico interino Ramon Menezes: Weverton, Ayrton Lucas, André, Raphael Veiga, Pedro e Rony.

  • Há quem acredite que os jogadores locais jogam com mais vontade na seleção.
  • De fato, houve vontade, mas faltou organização e um pouco de talento (Pedro é quem parece sentir menos a camisa amarelinha).
  • O time do Brasil que perdeu de Senegal foi uma equipe comum.
  • Alex Telles, Joelinton, Malcom e Richarlison são todos bons jogadores, mas, cada um na sua função, estão pouco acima da média apenas.
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Dentre os mais renomados do time que entrou em campo ontem (exceção feita a Vini Jr), estão Danilo, Militão, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá. São alguns dos jogadores que devem atuar nas eliminatórias da Copa, que já estão perto de começar. O Brasil não tem nem de longe uma de suas melhores gerações.

Muitos bons jogadores, poucos excelentes, capazes de mudar um jogo. Considerando que a CBF vai esperar um ano por Carlo Ancelotti, o qualificatório sul-americano para o Mundial de 2026, que seria ainda mais acessível devido ao aumento de seleções, começa a ficar animador para os nossos vizinhos. A Argentina é a atual campeã do mundo, o Uruguai se renova com Marcelo Bielsa e acaba de ser campeão mundial sub-20, a Colômbia derrotou a Alemanha por 2 a 0 ontem.

Aliás como a seleção colombiana conseguiu marcar um amistoso contra os alemães? A federação da Colômbia arranjou um duelo de peso, algo que a CBF não está encaixando na agenda. A política de amistosos contra seleções de segunda linha pode ser explicada bastante pela criação da Nations League, mas parece que interesses comerciais ainda impactam demais na escolha dos adversários e dos locais das partidas.

  • A parte técnica não parece estar em primeiro plano faz tempo na seleção brasileira.
  • Hoje, parece que qualquer jogador em boa fase pode aspirar uma convocação, qualquer treinador do país pode servir como interino até a chegada de um técnico europeu, e qualquer cartola do país pode ocupar a presidência da CBF.

A seleção brasileira deixou de ser temida já tem algum tempo. A fila de 24 anos sem título mundial (será assim em 2026) corre um sério de risco de ser ampliada se continuar essa aura de várzea em torno da equipe nacional. Não tem treinador há muitos meses e ainda não existe nada oficial com o esperado italiano que dirige o Real Madrid, clube que hoje é maior do que a seleção brasileira.

Logo na primeira Copa do século, o Brasil conquistou seu penta. Depois, parou sempre nas quartas de final, exceção feita ao 7 a 1 de 2014. Tite, apontado como o melhor treinador brasileiro dos últimos anos, foi mal nas duas Copas em que trabalhou. Aliás o futebol brasileiro ganhou o seu último Mundial de Clubes com Tite em 2012, isso já tem mais de uma década.

Pensando em termos mundiais, o Brasil está se acostumando a ficar fora do topo (já saiu dessa posição no ranking da Fifa). Algumas das alegrias do futebol brasileiro são vistas nos torneios de clubes da Conmebol, mas essa hegemonia recente se deve muito pelo abismo financeiro dos times nacionais em relação aos vizinhos.

A seleção brasileira vive seu pior momento neste século. Perdida, sem muitas referências dentro e fora de campo, o melhor que faz é ampliar as campanhas na luta contra o racismo, atuar com o seu bacana uniforme negro. Ancelotti, se é ele mesmo que será o cara, vai ter trabalho. Acima e abaixo do treinador no Brasil, faltam craques, faltam boas ideias, falta talento.

Já temos duas gerações de torcedores que não viram a seleção brasileira reinar no mundo. Pior que isso, os mais jovens estão se acostumando com um time comum. Rony, até outro dia, era muito criticado pelos próprios torcedores palmeirenses, ganhou o apelido meio pejorativo de “rústico”, mas passou a render bem em seu vitorioso clube e agora é jogador de seleção. Rodrigo Bueno 13 Jun, 2023 Para muitos, especialmente os mais jovens, Guardiola já é o melhor técnico da história do futebol após o título da Champions League conquistado no último fim de semana com o Manchester City, Para outros tantos, o espanhol já era o maior de todos antes mesmo desta conquista tão esperada pelo endinheirado clube inglês.

A temporada 2022/2023 acabou com a seca de 12 anos de Guardiola no principal interclubes europeu e coroou o genial treinador com uma Tríplice Coroa espetacular. Se a final contra a Inter de Milão não foi a oitava maravilha do mundo, os números de Guardiola nesta temporada e em toda sua carreira são enormes.

Eu já venho dizendo há um bom tempo que o técnico dos Citizens é o mais influente treinador deste século. Isto porque seus times viraram referência para quase todo mundo, mesmo para quem o critica, para quem não é fã de seu estilo. Outros grandes técnicos tiveram que arranjar maneiras de parar as equipes de Guardiola e, sobretudo em pontos corridos, isso se tornou mesmo algo quase impossível.

  • Em 14 anos de carreira como técnico de time principal, o cara ganhou simplesmente 11 ligas nacionais,
  • Tal domínio passa também, claro, pelo poderio das equipes que ele treinava (Barcelona, Bayern de Munique e Manchester City em fase rica), mas é inegável nos clubes o impacto de Guardiola, sua filosofia e seu conceito de jogo, que vem de seu mentor: Johan Cruyff,

“Não sabia nada de futebol até conhecer Johan Cruyff”, afirmou Guardiola em um de seus livros. Em coletiva após o seu terceiro título da Champions League, respondendo ao companheiro PVC, o mais famoso treinador da atualidade voltou a falar em Cruyff: “Hoje, há 14 anos, é curioso, ganhamos o triplete (Trípice Coroa) com o Barcelona, e 14 é o número de Johan Cruyff.” De Rinus Michels para Cruyff e de Cruyff para Guardiola. Guardiola chegou a 35 títulos como técnico, sendo que 11 deles em ligas nacionais da elite europeia e 3 da Champions, o que o aproxima de ser unanimidade como o Pelé dos treinadores EFE/EPA/ANDREW YATES Em termos de títulos, já não dá para comparar Guardiola com os mestres Michels e Cruyff faz algum tempo.

  1. O primeiro marcou época com seleção em Copa do Mundo como treinador, algo que Guardiola ainda não tem no currículo (e talvez não tenha nunca por vontade de dirigir apenas clubes, onde se controla mais o dia a dia, ou será que ele mudou ou está mudando de ideia? ).
  2. O segundo perdeu o posto de maior treinador da história do Barcelona para seu pupilo (o Dream Team de Cruyff dos anos 1990 está na história, porém foi superado pelo Barça 2009/2010/2011 do espanhol).

Épocas diferentes, especialmente no que se refere ao fim do limite de estrangeiros e à transformação de clubes ricos em verdadeiras seleções. Guardiola usufruiu mais de craques e esquadrões, sem dúvida, e bebeu bem na fonte de outros mestres, mas é assim que funciona no esporte e na vida.

Os tempos mudam, tudo evolui, O badalado espanhol não inventou o falso 9, a marcação alta, o recuo de volantes para zagueiros, a pressão pós-perda, a saída de bola com três jogadores, linha de cinco no ataque e mais uma série de coisas. Só que ele tem muito mérito em aproveitar todos esses itens de forma eficiente, bem trabalhada.

Alguém pode dizer, como de costume, que ele só faz sucesso porque coloca em prática tudo isso em equipes com grande poder de investimento. Seria de fato mais complicado neste Século 21 conquistar uma Champions League com o Porto ou mesmo uma Conference League com a Roma, alguns dos feitos de José Mourinho, talvez ainda o maior antagonista de Guardiola pelo estilo de jogo,

O marrento e vitorioso português abocanhou, até hoje, 26 troféus como treinador, mesmo número de Carlo Ancelotti, outro papa-títulos em diversos países, Guardiola já acumula 35 taças, o que dá uma média de 2,5 conquistas por ano em sua carreira. Falta só um troféu para ele igualar Valeriy Lobanovskyi e três para empatar com Jock Stein e Mircea Lucescu, três nomes históricos da prancheta que dominaram ligas nacionais periféricas na Europa (as de União Soviética, Ucrânia, Escócia, Romênia e Turquia).

Em números absolutos, ninguém venceu mais do que Sir Alex Ferguson. O escocês que mudou a história do Manchester United, rival local do time de Guardiola, tem impressionantes 50 taças conquistadas, 13 delas na tão valorizada Premier League, Faltam muitos títulos para o espanhol alcançar o lendário treinador que venceu títulos europeus até com o Aberdeen.

  1. Alex Ferguson também tinha times com natureza ofensiva e foi dominante no campeonato nacional em que hoje reina Pep Guardiola.
  2. Já temos uma década sem Ferguson como treinador e há uma clara ameaça para seus recordes (são 16 ligas nacionais para o escocês), uma vez que Guardiola ainda tem contrato relativamente longo com o Manchester City e, se um dia mudar de clube, pode escolher qualquer outro projeto com bastante dinheiro envolvido.

Rinus Michels foi eleito oficialmente pela Fifa em 1999 o melhor técnico do Século 20. Campeão da Europa com a Holanda e com o Ajax, pesou muito sua revolução no futebol para ele ser eleito o maior de todos mesmo tendo perdido a final da Copa de 1974.

As ideias do mentor do Carrossel Holandês e a influência desse time no futebol moderno perduram até hoje. Poderia dizer, por essa premiação histórica da Fifa e pelo século de atuação, que Rinus Michels é o ‘Pelé dos técnicos’ e que Guardiola seria o ‘Messi dos treinadores’ (enfim, Pep ganhou uma Champions League sem ter o craque argentino em sua equipe).

Levando em conta tanto os resultados quanto o desempenho, Guardiola estaria hoje em uma Santíssima Trindade da prancheta com Ferguson e Michels. Só que Guardiola ainda tem muito chão pela frente e pode tornar no futuro qualquer discussão sobre quem é maior em algo menor,

  • Guardiola não é perfeito, tanto que já cometeu muitos equívocos em jogos de mata-mata quando tinha a melhor equipe, era o grande favorito.
  • Mas, na média na carreira, ele tem 77,08% de aproveitamento, só em uma temporada seu time apresentou menos de 70% de aproveitamento (foi na primeira com o Manchester City, em 2016/2017, com 66,6% de aproveitamento, dois terços dos pontos disputados, o que já é uma excelente marca).

O genial espanhol precisaria ter sucesso em alguma seleção para ser o maior de todos indiscutivelmente? Ferguson não precisou disso. Ele precisaria triunfar em equipe de segundo escalão para ser aclamado como o melhor de todos? Também acho que não, ele está sempre bem empregado porque ele é a excelência em pessoa no que faz,

Ele poderia muito bem admitir que seu clube é, nos últimos anos vitoriosos, um time-Estado que soube driblar o fair play financeiro. Isso não afetaria a sua boa imagem consideravelmente. Ele é muito bem pago e faz por merecer esse dinheirão todo, e ele sabe qual é a origem da grana. Pelé virou neste ano, até como homenagem póstuma, palavra no dicionário, algo realmente justo e diferenciado.

Excepcional, incomparável e único são agora de forma oficial os significados do adjetivo Pelé. Guardiola, dentre os técnicos, já merece todas essas citações da frase anterior, Você pode ainda deixá-lo no patamar de Messi ‘apenas’, mas a fama, a relevância, a influência, a liderança e os números já são de Pelé. Rodrigo Bueno 05 Jun, 2023 Zlatan Ibrahimovic foi craque. Verbo no passado porque, infelizmente, o maior símbolo de jogador mascarado anunciou sua aposentadoria, Foi reverenciado domingo (4) nas mídias sociais por todo tipo de gente, como se ele fosse mesmo alguém de fato especial, quase que do tamanho que ele acha que possui.

  1. Foi cornetado também por alguns tantos, inclusive por parte da torcida do Hellas Verona ainda no campo quando ele falou do adeus ao futebol: “Continue vaiando.
  2. O maior momento do seu ano é estar me vendo.” Nada mais Ibra do que isso para fechar com chave de ouro (ou de algum material ainda mais caro) sua diferenciada trajetória no esporte.

Tecnicamente, o sueco com origem iugoslava (filho de pai bósnio muçulmano e de mãe croata católica) foi brilhante, capaz de fazer gols e jogadas antológicas por conta de seu talento com a bola e sua habilidade com as artes marciais. Muitas vezes ele aplicava mesmo golpes na bola, como naquele mágico momento em que acertou uma bicicleta contra a Inglaterra bem distante da grande área.

  1. Tem que respeitar um cara que anotou mais de 500 gols e com chute que pode chegar a 150 km/h.
  2. Tamanha força recheada com frieza e qualidade, o que lhe permitiu realizar aquele gol descomunal com a camisa do Ajax em que dribla seis vezes os jogadores do NAC.
  3. No excelente documentário ” Becoming Zlatan “, é possível perceber algumas razões, sobretudo familiares, para a formação dessa personalidade tão forte (e que o golaço pelo Ajax veio muito em explosão de raiva contra Rafael Van der Vaart, um dos maiores desafetos assumidos do marrento centroavante).

A história com LeBron James, com quem já trocou farpas por política, é das mais saborosas. Quando o grande astro de números 6 e 23 (Ibra já usou a 8, a 9, a 10, a 11, a 16, a 18, a 21 e a 27) chegou ao Los Angeles Lakers, já houve uma leve provocação marqueteira: “Agora, LA tem um Deus e um Rei.

Zlatan dá as boas vindas ao King James”, postou o mito da prepotência. Ibra atuava no Los Angeles Galaxy e, diz a lenda, que LeBron lhe mandou então uma camisa do famoso time de basquete. O sueco cabeludo autografou então a camisa e a enviou de volta a LeBron. Nada mais Ibra do que isso. O cara se colocou acima até da Torre Eiffel quando estava em Paris: “Se substituírem a Torre Eiffel por uma estátua minha, fico no PSG”.

Como não amar esse cara? Zlatan Ibrahimovic, um dos maiores centroavantes e mascarados deste século, já se achou Deus e já foi o Diabo no futebol Reprodução Ibra jogou em alguns dos maiores clubes do mundo e nunca ficou cinco temporadas seguidas na mesma equipe. Rodou bastante, talvez por conta de sua personalidade, talvez porque não soube nunca ficar acomodado.

Chegou a ser treinado no Barcelona por Pep Guardiola, sem dúvida o técnico mais influente deste século, mas a parceria não deu certo. Sobrou para o genial espanhol, claro. “Quem me compra, compra uma Ferrari, E quem tem uma Ferrari abastece com combustível premium, vai para a estrada e na velocidade máxima.

O Guardiola colocou diesel e deu um passeio pelo campo. Deveria ter comprado um Fiat “, falou o sueco, que diria tempos depois nos Estados Unidos que ele era uma Ferrari em meio a Fiats na liga norte-americana profissional de futebol. “Me dê a bola, e eu faço o resto”.

  • A frase até caberia no currículo de Ibrahimovic, mas é de Michael Jordan,
  • Pelé falava na terceira pessoa, tratando-se mesmo como uma entidade.
  • Muhammad Ali, talvez o maior ídolo de Zlatan, também se achava demais e tudo bem.
  • Citei três lendas do esporte para mostrar que nem sempre a arrogância é ruim.

Como já cantou Beyoncé na bacana “Ego”, “alguns chamam de arrogância, eu chamo de confiança.” Ibra se diz fã de Ali porque ele manteve sempre seus princípios e nunca desistia. De fato, ninguém pode chamar o sueco de incoerente ou acusá-lo de mudar de acordo com o vento ou com a situação.

Mesmo antes de ser muito famoso, ele já demonstrava seus traços egocêntricos, que obviamente viraram um folclore que ele e seus patrocinadores (inclui a Nike) souberam aproveitar muito bem. Ibra se deu muito bem com José Mourinho, outra notável figura mascarada que também é um profissional de excelência que foge da mesmice.

Mesmo quem critica a falta de humildade deles, sorri e se diverte com as declarações que chocam o lugar comum. São personagens deliciosos, eu diria que até necessários, são pessoas que fazem mesmo falta quando param, como é o caso de Zlatan agora. Não tenho dúvida de que suas falas ácidas e contundentes vão continuar pipocando mundo afora, seja aquelas que ele já consagrou, seja as que ele ainda soltará na condição de ex-atleta.

É preciso diferenciar (se é que isso é possível) o craque de bola que Ibrahimovic foi, um dos maiores deste século mesmo sem ter conquistado a Copa do Mundo (era quase impossível com a seleção da Suécia) e a Champions League, do homem falastrão que faz a alegria da imprensa e de milhões com as suas frases de impacto.

Eu sentirei muito a falta dos dois: do jogador e do personagem bocudo. Você também sentirá, mesmo que não admita ou não dê o braço a torcer. Estamos todos no mundo de luto pela aposentadoria de um dos malvados favoritos da bola. Rodrigo Bueno 29 May, 2023 Passaram dos limites no futebol brasileiro! Um técnico super elogiado no país acaba de tomar o celular de um jornalista que estava trabalhando em uma área reservada para a imprensa. Depois, visivelmente alterado (como de costume quando perde ou quando acha que foi prejudicado pela arbitragem), desconta também em outro integrante da imprensa que estava registrando a confusão no acesso aos vestiários do Mineirão após Atlético 1 x 1 Palmeiras, acusando-o de ser o responsável pelo futebol brasileiro estar nesta fase.

No mesmo Mineirão, na coletiva de outro técnico que também já foi muito elogiado no Brasil (o argentino Eduardo Coudet), uma questão simples e justificada sobre um determinado jogador (Igor Gomes) recebe inicialmente uma negativa (treinador dizendo que não fala de jogador, que não responde sobre indivíduos) e logo depois uma sugestão para o jornalista fazer curso de treinador para poder fazer uma pergunta.

Parem as máquinas, como já diria, os jornalistas da antiga, como o saudoso Roberto Avallone! E não é questão de ser estrangeiro ou não, de ter idade avançada ou não. Vanderlei Luxemburgo, um dos maiores treinadores da história do futebol brasileiro, voltou ao mercado (o que achei legal) distribuindo patadas e grosserias nas coletivas no Corinthians, tentando intimidar especialmente os jornalistas mais jovens, que ficam procurando palavras às vezes para tirar alguma resposta básica que seja do veterano técnico.

  1. No começo, parecia apenas uma certa mágoa dele pelas críticas que ele vem recebendo nos últimos anos, quando não teve resultados muito expressivos e se dedicou a outras áreas além do futebol.
  2. Mas virou rotina para o Luxa responder com perguntas ou nem responder, falando apenas sobre o que ele quer.
  3. Várias figuras importantes no futebol brasileiro neste momento estão se achando no direito de ensinar os jornalistas a perguntar (são quatro anos para se formar jornalista, Coudet, mais tempo do que o curso de treinador) ou, pior, de censurá-los mesmo de alguma forma.

Quando Abel toma o celular de um jornalista e tenta dar uma lição do que deve e do que não deve ser mostrado (como entregar uniforme do clube para a arbitragem, por exemplo), ele está sim censurando. Ele sabe que errou feio e já tratou de pedir desculpas a um dos jornalistas que atacou neste fim de semana.

  • O treinador palmeirense, que faz excelente trabalho na América do Sul, tem temperamento forte e sistematicamente é advertido pelos árbitros, mas desta vez ele foi longe demais.
  • Precisa mesmo fazer uma reflexão sobre seu comportamento, ainda mais se quer ter sucesso um dia na elite do futebol europeu.

Um tempo atrás ele ficava irritado quando faziam uma pergunta normal sobre o Endrick. E a resposta, quando vinha, era pouco amistosa, para dizer o mínimo. Agora, simplesmente ele levanta e vai embora quando o indagam sobre o suposto interesse do Paris Saint-Germain em seus serviços, tema que merece sim um esclarecimento, até para o torcedor palmeirense que tanto o ama (as perguntas dos jornalistas normalmente são as que os torcedores gostariam de fazer). O temperamental Abel Ferreira faz trabalho exemplar no Palmeiras, mas não teve cabeça fria no Mineirão, onde tomou celular de um jornalista e acusou outro profissional da imprensa de ser o responsável pela fase ruim do futebol brasileiro Cesar Greco / Palmeiras Cássio, o principal goleiro da história do Corinthians, também mostrou seu lado ditador.

  1. Ele conseguiu discutir com o ótimo e pacato Rodrigo Vessoni, do site Meu Timão, porque entende que o portal deve apenas falar bem do clube que tanto diz nas mídias sociais ser democrático.
  2. Estou cansado de criarem polêmica em situação.
  3. Você usa Meu Timão, é em prol do clube, tem que ajudar.
  4. Vamos falar da vitória, se unir um pouquinho, parar de jogar contra.

Vamos tentar ajudar o Corinthians”, afirmou Cássio, que parece não entender mesmo nada sobre jornalismo. Vessoni tem seu time preferido, como praticamente todos os jornalistas possuem, mas em seu trabalho jornalístico ele pode e deve sim apontar os problemas do clube, dentro e fora de campo, tem todo o direito de fazer uma pergunta sobre o incomum gesto do ídolo corintiano no jogo contra o Fluminense (após fazer uma defesa, ele levou as mãos aos ouvidos, aparentemente mandando uma mensagem para os torcedores que estavam em Itaquera).

  • Cássio pode até não querer responder, mas cobrar que o jornalista ajude o time e só fale coisa boa dele é demais, uma falta de noção.
  • Renato Gaúcho é outro nome forte do futebol brasileiro que vez ou outra tenta intimidar jornalistas, inclusive publicamente.
  • Neste ano mesmo, ameaçou dar os nomes dos profissionais da imprensa que estavam perguntando sobre uma folga do treinador no Rio de Janeiro.

Soou como uma ameaça, como se Renato fosse passar os alvos para a torcida gremista ficar de olho. Nessa mesma coletiva, o treinador “pautou” a imprensa dizendo que deveriam falar de quantas vitórias o Grêmio teve desde que ele chegou. Perguntas sobre os tropeços do time o Renato não gosta muito, está claro.

  1. Não costumo ser corporativista, mas neste momento isso se faz necessário.
  2. Na semana passada, durante o Futebol 90, eu disse que o comportamento de Luxemburgo seria diferente se entre os entrevistadores estivessem nomes consagrados do jornalismo e que trabalharam na época do auge de Luxa.
  3. Citei os nomes dos companheiros Abel Neto, Mauro Naves e Osvaldo Pascoal, que foram grandes na reportagem (uma vez repórter, sempre repórter) e que hoje estão nos canais ESPN participando de programas em outras funções, sem nunca deixar o jornalismo de lado.

Parece mais fácil nas coletivas “crescer” para cima de jornalistas mais jovens ou que não se conhece bem. Então digo para os colegas da nova geração que não recuem e que não abaixem a cabeça diante da estupidez e da intimidação que alguns estão praticando.

Façam seu trabalho com ainda mais vontade, sem medo de perguntar e de registrar os fatos que estão acontecendo dentro dos clubes. Antes de o Cruzeiro cair afundado em dívidas, houve protestos de torcedores cruzeirenses contra jornalistas, achando que a imprensa estava “jogando contra” o clube mineiro.

Mais tarde viram que quem estava sabotando o Cruzeiro eram seus dirigentes. A imprensa apenas tentava fazer seu trabalho e mostrar a sujeira dentro do clube. Talvez o mundo do futebol, agora mais acostumado com TVs dos próprios times, canais parceiros e influenciadores digitais, queira que só passem pano para tudo.

Se falarem bem, atendem. Mas, se criticarem, não falam ou respondem de forma mal-educada. No Futebol 90 desta segunda-feira, eu citei uma frase clássica dos jornalistas. Acho que é bom e também necessário lembrá-la neste momento. “Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade”.

Eu vou acrescentar aqui outra frase (que o companheiro e brilhante jornalista Edu Elias tão bem me lembrou) sobre a nossa profissão. “Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”, sentenciou Millôr Fernandes. Rodrigo Bueno 19 May, 2023 Quem diria no começo da temporada que a Itália teria um time finalista nas três competições interclubes da Uefa? As campanhas da Inter de Milão ( Champions League ), da Roma ( Europa League ) e da Fiorentina ( Conference League ) resgatam o saudosismo da época dourada do calcio, nos anos 80 e 90, quando muitas equipes da terra da Bota triunfavam em disputas continentais.

  • E essa doce nostalgia só aumentou com o título italiano do Napoli, o primeiro sem Maradona, conquistado pouco tempo depois da morte do genial meia argentino.
  • O tema da Copa do Mundo de 1990, de Gianna Nannini, era “Un’ Estate Italiana”, uma canção que embalou aquele verão na Itália e que parece ressoar agora.

Não há hoje um Bayern de Munique um Paris Saint-Germain ou um Manchester City para dominar a Itália, são quatro campeões nacionais diferentes nas quatro últimas temporadas, uma rotatividade no topo da tabela incomum nas principais ligas nacionais da Europa.

A Azzurra venceu de forma convincente o título da última Eurocopa e, embora tenha ficado de fora do Mundial do Qatar, mostra força de novo sendo uma das semifinalistas da atual Nations League. Se não há praticamente craques no futebol italiano neste momento, há muito trabalho coletivo, bastante estratégia e organização que recolocam o tradicional calcio em uma posição de destaque internacional.

Mas, diante das limitações financeiras dos clubes italianos em relação aos ingleses e até espanhóis, não dá para apontar hoje os times da terra da pizza como favoritos nas decisões continentais. Na nobre Champions League, creio que há o maior abismo em termos de desempenho em campo e de investimento (não necessariamente nessa ordem).

A máquina de Guardiola já era poderosa na temporada passada, mas a chegada de Haaland transformou o Manchester City em um tubarão faminto. Busca sua primeira Champions e leva muita vantagem, teoricamente, sobre a Inter, tricampeã da Europa. A última vez que o esquadrão nerazzurro venceu a disputa foi também a última vez que o futebol italiano conquistou a famosa “Orelhuda”.

O técnico da Inter na ocasião foi José Mourinho, o mesmo homem que conquistou a Conference League na temporada passada com a Roma e o mesmo comandante que guiou a simpática equipe da capital rumo à final da Liga Europa na atual competição. José Mourinho, que venceu os dois últimos títulos europeus de clubes italianos (Inter em 2010 e Roma no ano passado), tenta mais uma taça da Liga Europa em final grandiosa contra o dominante Sevilla reprodução Roma Channel A Roma tem como adversário na grande final em Budapeste simplesmente o dono da Europa League.

O Sevilla venceu seis vezes a disputa e se acostumou a derrubar gigantes e poderosos ao longo de sua rica história na disputa que cresce em relevância a cada ano. O caliente clube espanhol jamais perdeu uma decisão da Liga Europa e já dobrou em uma final uma equipe italiana: a forte Inter de 2020, base do time que foi à final da Champions agora.

Muito da força da Roma está no sistema defensivo montado pelo estrategista José Mourinho, que também nunca perdeu uma final europeia (o carismático português é o único treinador a ter os troféus dos três interclubes atuais da Uefa). Contra o Bayer Leverkusen, o famoso ônibus do “Special One” se fez presente, sobretudo na partida de volta na Alemanha, quando estatísticas mostram 23 x 1 em finalizações para o clube alemão.

  • Mesmo assim, o 0 a 0 foi garantido por Mourinho e seus jogadores.
  • Será possível segurar também na final o embalado rival espanhol? Mourinho teve que superar mais uma vez lesões e desfalques para avançar no torneio europeu, mas a Roma acabou fora do G4 do italiano.
  • A rival Lazio está na quarta posição, seis pontos à frente da Roma quando faltam apenas três rodadas para o final.

A briga romanista agora em âmbito nacional é com o Milan e a Atalanta por uma vaga na próxima Liga Europa. Só que o título da atual Europa League, que seria o maior troféu da história da Roma, renderia vaga na Champions League. Assim como um título da Fiorentina na Conference League a jogaria na próxima temporada para a Liga Europa.

A equipe de Florença está na oitava posição no Italiano, bem longe da zona de classificação para competições europeias na pontuação. A chance de vaga é conquistando mesmo a taça contra o forte West Ham em Praga no final deste mês. Encarar um time da Premier League não será uma tarefa fácil para a Viola, a primeira campeã da antiga Recopa (faturou o caneco na temporada 1960/61 diante de outro britânico: Glasgow Rangers).

A Juventus, que caiu apenas na prorrogação em Sevilla na semifinal da Liga Europa, recuperou os pontos que havia perdido no tapetão e chegou assim ao G4 do Italiano, garantindo assim virtualmente uma vaga na próxima edição da Champions League (matematicamente, bastam dois pontos em três jogos para a classificação da Velha Senhora).

  1. Quando o assunto é escândalo de manipulação de resultados, algo que já marcou bastante o calcio, neste momento trata-se de um problema bem mais brasileiro.
  2. A imagem do futebol italiano de fato está mudando agora.
  3. A imensa maioria dos jogadores que servem a seleção italiana atuava no futebol local até pouco tempo atrás, mas hoje vemos muitos jogadores se destacando em outras ligas.

Dentre os jogadores “estrangeiros” da Azzurra atual, estão Donnarumma e Verratti, do PSG, Emerson Palmieri e Scamacca, do West Ham, Jorginho, do Arsenal, Grifo, do Freiburg, Gnonto, do Leeds, Zaniolo, do Galatasaray, Luiz Felipe, do Betis e até Mateo Retegui, do Tigre. Rodrigo Bueno 12 May, 2023 O escândalo de manipulação de jogos no futebol brasileiro é o assunto do momento. Para algumas pessoas, era uma bomba relógio, um problema que vem aumentando na esteira do crescimento colossal das casas de apostas, que hoje em dia financiam centenas de equipes e ligas mundo afora.

  • Ouvíamos sobre casos em jogos de menor expressão e em outros países.
  • A ideia de que isso estava acontecendo na elite do futebol brasileiro parecia meio irreal, afinal jogador de time grande normalmente é bem remunerado e não precisaria de um “dinheirinho” extra, não seria tolo a ponto de colocar a sua carreira em risco por causa de um lateral, um escanteio, um cartão amarelo, um pênalti etc.

Como falei no programa Futebol 90 outro dia, entendo mesmo que as casas de aposta são grandes vítimas nesses casos de manipulação de jogos. São estabelecimentos que, de certa forma, até dependem da credibilidade no esporte para existir. Se ninguém acredita na lisura das partidas, ninguém vai apostar.

E tem gente ganhando dinheiro de forma ilícita em cima das casas de aposta. Assim, satanizar agora esse mercado não é bem o caminho, até porque apostas existem desde que o esporte existe (a tão elogiada Inglaterra é pátria mãe do futebol e também das casas de aposta). Minha relação com as casas de aposta começou há alguns poucos anos, quando comecei a botar uma grana por diversão como um apostador normal.

Não ganhei nem perdi dinheiro relevante, mas me viciei rapidamente. Estava perdendo tempo precioso da minha vida apostando seguidamente e, depois, acompanhando todo tipo de jogo de várias modalidades ao longo do dia e da noite. Esse é um problema sério das casas de aposta: elas viciam.

Tanto que achei bacana uma casa de aposta que já indicava até tratamento psicológico para os casos de viciados em jogatina. Eu parei um tempo com as apostas, voltei depois de um tempo com essa prática e parei de novo já faz mais de um ano. Essa vontade de apostar varia, para mim, muito da época em que estou, das conversas com amigos que apostam com bem mais frequência, das inúmeras propagandas e vantagens oferecidas pelas casas de aposta.

Mas eis que eu recebi há poucas semanas um convite diferenciado: virar parceiro comercial de uma dessas casas. Até hoje, como jornalista, só fiz parceria comercial mesmo com cursos. Em um deles, fui professor. Em outro, faço divulgação nas minhas mídias sociais e ganho uma pequena porcentagem se algum seguidor meu se matricula usando meu desconto. Essa é uma prática hoje comum entre jornalistas, muito por conta desta era das mídias sociais em que quase todo mundo tenta monetizar postagens. Divulgar um curso, ainda mais sobre jornalismo e sobre futebol, não foi um problema para mim, pois estimulo mesmo naturalmente as pessoas a sempre estudar e aprender como for possível. Pensei como seria quando eu recebesse uma proposta para vender um outro tipo de produto. Há quem não goste de fazer comercial de bebida alcoólica ou de cigarro, coisas que causam dependência e afetam negativamente muitas famílias. Mas não seria um problema parecido divulgar casas de apostas? Fiquei pensando durante alguns dias se devia associar a minha imagem ou não a uma casa de apostas. Eu preciso mesmo fazer isso para ganhar um dinheiro extra? Hoje, não. Tenho um bom salário na ESPN, onde estou empregado e satisfeito. Talvez precise de uma parceria comercial como essa no futuro para garantir, sobretudo, a saúde e a educação dos meus filhos. E por eles (e em uma situação de desemprego) eu faria sim propaganda de uma casa de apostas tranquilamente, pois, como escrevi no início deste post, não as vejo como responsáveis por manipulação de jogos. Eu talvez recomendasse apenas apostar com sabedoria para não comprometer o dinheiro dos meus seguidores e alertaria para o risco de se viciar nas apostas. Tenho colegas na imprensa que fazem publicidade de casas de aposta. Não os condeno. E tenho colegas que vetam com veemência qualquer contato com casas de aposta. Eu os respeito. Se um dia eu fizer propaganda de casa de apostas, será porque a proposta é muito compensadora ou porque eu esteja precisando muito de grana. Tomei essa decisão conversando com pessoas próximas e com colegas. Cada um sabe o que faz e o que precisa. Mas por que eu estou tratando disso? A fala de Marçal, lateral-esquerdo do Botafogo após os 3 a 0 no Corinthians, foi bem sincera e reveladora. Ele contou que recebeu um convite, em mensagem no Instagram, de uma pessoa que queria lhe pagar por cartão amarelo recebido. Vetou na hora a proposta, respondendo com palavrão ao aliciador, Na entrevista, Marçal falou que quase todos os jogadores no futebol recebem hoje algum tipo de oferta do tipo. E, com o caso Bauermann bastante exposto, percebemos que há jogadores que aliciam outros atletas. Isso já acontecia tradicionalmente no nosso futebol com a chamada mala branca. Normalmente, eram jogadores que faziam propostas para outros jogadores, afinas os cartolas espertos não queriam se “sujar” se o caso fosse revelado. Não trata-se então de um caso isolado, o ex-zagueiro do Santos (creio que já posso falar assim de Bauermann) não é o único investigado no momento. Talvez estejamos vendo apenas o topo do iceberg. Não temos ideia real do alcance do problema ainda, qualquer lance agora pode ser colocado em dúvida, o que é triste demais para o esporte. “No meu caso, foi ano passado contra o Flamengo, Eu tomo cartão por reclamação. Depois, eu recebi uma mensagem no Instagram dizendo: ‘Tomando cartão por reclamação? Mais vale ganhar dinheiro por isso.’ Eu dei uma resposta que não pode passar na televisão e nunca mais tive contato. Acaba tendo esse tipo de abordagem. Como foi assim. Com outros é de outra maneira. Todo jogador já recebeu algum tipo de convite. Que as pessoas possam responder à altura e também mostrar à polícia. Se (um apostador) faz o convite e você diz não, com certeza ele procura outro. E talvez outro diga sim, seja por uma situação ruim no clube ou problema financeiro. Que esses jogadores que foram pegos sirvam de lição para outros e que a gente possa ter um campeonato limpo. É triste porque acaba afetando o Campeonato Brasileiro. Acaba tendo uma visibilidade negativa. Porque isso está acontecendo com jogadores que não precisam disso. Isso passa pelo caráter do jogador. Vocês sabem o quanto é difícil chegar no profissional, sabem o quanto é difícil você estar em um clube grande de Série A. E você, depois de toda essa luta que tem para chegar, se queima por causa de um esquema. É ridículo. Espero que os jogadores respondam”, afirmou Marçal. Onde está o sindicato dos jogadores para tratar deste assunto tão sério agora? Trabalho com ex-atletas que estão revoltados, tristes e até envergonhados pela classe. Os jogadores precisam se manifestar, se posicionar, esclarecer todo tipo de convite ou aliciamento. Mesmo se tiver que acusar algum colega que se vendeu por algum lance para esses criminosos do submundo das apostas, que as denúncias sejam feitas. As casas do ramo têm mecanismos para detectar apostas suspeitas e devem também ajudar a revelar esses casos que atentam contra o esporte e contra o próprio negócio. Não acho que as casas de apostas deixarão de perder poder no futebol atual (embora a Premier League já tenha decidido que, a partir de 2026/2027, não vai ter mais patrocínio de casas de aposta na frente das camisas dos times), mas algo precisa ser feito para pegar e punir com rigor quem está roubando. Tem muita gente roubando dinheiro e, mais que isso, a honra e a credibilidade do futebol. E há algumas coisas que não têm preço. Rodrigo Bueno 05 May, 2023 Estamos nos acostumando ainda com o domínio brasileiro avassalador nos torneios da Conmebol, e claro que muito disso por razões financeiras e pelo aumento dos estrangeiros no nosso futebol. Mas a situação não está tão confortável para muitas das equipes do país na Libertadores e na Copa Sul-Americana.

  • São 14 clubes brasileiros nos dois torneios, e só cinco estão liderando seus grupos.
  • Outros cinco estão em segundo lugar, o que é um perigo especialmente para quem está na Sul-Americana (os segundos jogarão um playoff contra os terceiros da Libertadores).
  • E quatro “brazucas” estão em terceiro lugar em suas chaves, algo que foge um pouco da lógica econômica e técnica do continente.

O Atlético-MG é colocado atualmente na Santíssima Trindade dos elencos do futebol brasileiros juntamente com Flamengo e Palmeiras. Só que o Galo está ameaçado de não se classificar para as oitavas da Libertadores. Está hoje em terceiro lugar e vai ter muito possivelmente uma decisão no Paraguai contra o Libertad, rival que o derrotou em Minas.

  • Outro elenco caro do futebol brasileiro está na terceira posição: o Corinthians.
  • A situação para o time, agora comandado por Vanderlei Luxemburgo, é delicada em termos de classificação.
  • Perdeu em casa de Argentinos Juniors e Independiente del Valle em Itaquera e tudo indica agora que irá para a Copa Sul-Americana como um “prêmio de consolação”.

O Santos, com toda a sua tradição internacional, está atrás de Newell’s Old Boys e do Audax Italiano em seu grupo. Hoje, luta apenas pelo segundo posto da chave, sendo que decidirá, quase que seguramente, sua sorte no Chile contra o Audax, que segurou o alvinegro praiano na Vila Belmiro.

  • Já o América-MG, tão elogiado por boas administrações recentes e mais acostumado agora a jogar torneios continentais, é quem corre mais risco de terminar em terceiro lugar em seu grupo na Copa Sul-Americana.
  • Em segundo lugar na Libertadores, estão Palmeiras, atual campeão brasileiro, Internacional, vigente vice-campeão nacional, e Flamengo, detentor do maior título continental no momento.

O clube alviverde, por conta da decisão do Paulista, estreou com derrota na altitude diante do Bolívar. Terá que dobrar esse mesmo adversário no Allianz Parque para terminar como líder de sua chave. O Inter de Mano Menezes não está convencendo mesmo nos jogos no Beira-Rio, o que preocupa nessa disputa contra o Nacional e o Independiente Medellín por vaga nas oitavas.

Já o poderoso rubro-negro, agora nas mãos de Jorge Sampaoli, não conseguiu vencer o Racing mesmo jogando com um a mais por boa parte da partida. Como já perdeu uma para o Aucas, corre sério risco de avançar para o mata-mata como segundo colocado, o que o obrigaria a decidir fora de casa, talvez com um forte rival.

Na Copa Sul-Americana, o Botafogo, mesmo embalado como líder do Campeonato Brasileiro, não passou pela LDU em casa e tudo aponta agora para uma segunda posição que o jogará para um playoff de alto risco contra um time da Libertadores, que pode ser o Corinthians, por exemplo.

  1. O Goiás é outro clube brasileiro que está na segunda posição na Sul-Americana.
  2. O esmeraldino time do Centro-Oeste, que já foi vice-campeão uma vez no torneio da Conmebol, possivelmente decidirá sua sorte contra o Independiente Santa Fé na Colômbia, o que não é moleza.
  3. O São Paulo, agora de Dorival Júnior, lidera ainda seu grupo na Sul-Americana, mas não venceu o Tolima e viu a aproximação do Tigre na tabela.

Mais uma vez um duelo entre eles no Morumbi será decisivo, portanto. Pelo desempenho recente do Tricolor, o cenário não é muito animador pensando em título da competição, lembrando que o São Paulo foi campeão em 2012 e vice no ano passado. O Bragantino também lidera sua chave, mas parou em casa no Estudiantes, rival que nunca foi vazado (em três jogos) pela equipe da Red Bull. O técnico Fernando Diniz, muito elogiado agora após fazer 5 a 1 no River Plate, pode levar o Fluminense ao seu primeiro título de Libertadores MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC Apenas três times brasileiros estão fazendo de fato grandes campanhas nos torneios da Conmebol até agora: Athletico, Fluminense e Fortaleza.

O Furacão, que estava menos cotado do que o Galo, já venceu o ex-xará brasileiro e triunfou fora de casa contra o Libertad de virada. Assim, o atual vice da Libertadores encaminhou bem a sua classificação em primeiro lugar. O Flu, que aplicou a maior goleada que o River Plate já sofreu em torneios da Conmebol na história (5 a 1), une resultados e ótimo desempenho.

Desponta como um dos grandes favoritos agora para o título continental, que seria inédito para o Tricolor. Também seria inédito para o Nordeste um título continental, algo que pode acontecer neste ano com o excelente Fortaleza, que mantém 100% de aproveitamento em seu grupo na Sul-Americana.

  1. O Leão do Pici faz a melhor campanha da competição e, caso não se perca nas viagens longas e no calendário recheado, deve brigar sim pelo título internacional.
  2. Dos 14 clubes brasileiros nos torneios da Conmebol, só Fortaleza e Flu ostentam 100% de aproveitamento.
  3. Caso Athletico, Fluminense ou Fortaleza sejam campeões continentais neste ano, vamos continuar falando do domínio brasileiro na América, mas seriam gratas novidades, pois seriam taças nobres conquistadas por esses clubes pela primeira vez na história.

Podemos ter um certo ar de renovação após os últimos anos em que Flamengo e Palmeiras reinaram na Libertadores e que o Athletico triunfou duas vezes na Copa Sul-Americana (torneio que seu dirigente máximo agora despreza devido ao crescimento à nova realidade do rubro-negro paranaense).

Esse domínio brasileiro no continente faz com que várias marcas e recordes coletivos, como o de invencibilidade fora de casa (Palmeiras ficou 20 jogos sem perder como visitante, e Galo e Flamengo somaram 14 partidas sem perder em sequência), estejam virando rotina. E também já vemos uma nova realidade em estatísticas individuais no continente.

Gabigol, por exemplo, chegou a 30 gols na Libertadores, sendo agora de forma isolada o brasileiro com mais tentos na competição. Mas ele está a só sete gols de ser o segundo maior goleador da história do nobre torneio (pode muito bem passar o argentino Daniel Onega e os uruguaios Fernando Morena e Pedro Rocha).

  • Só é difícil para o atacante do Flamengo pegar os 54 gols do lendário equatoriano Spencer.
  • O Palmeiras disparou entre os times brasileiros em praticamente todas as estatísticas da Libertadores (partidas, vitórias, gols, participações etc.) e já começa a se aproximar do pelotão de elite histórico do torneio, que inclui os dois maiores clubes de Argentina, Uruguai e Paraguai, todos com inúmeras participações.

O São Paulo, em contrapartida, vai se isolar como o segundo melhor clube nessas estatísticas todas na Copa Sul-Americana. Jogando bastante o torneio nesse período de vacas magras, o Tricolor, precisa de seis pontos para se igualar ao Independiente, o Rey de Copas, e ficar atrás apenas da LDU, recordista em jogos, vitórias e gols na agora valorizada segunda copa da Conmebol.

O Brasil nunca esteve tão voltado para o resto da América do Sul. Talvez mudem os clubes dominantes nas competições e alguns personagens como destaque, mas a importância dada para todos no país aos torneios da Conmebol é uma nova realidade que veio para ficar. Os clubes brasileiros, que vêm fazendo finais seguidas na América nos últimos anos, estão se aproximando dos argentinos em títulos da Libertadores (está 25 a 22 para os “hermanos”) e da Sul-Americana (9 a 5 para os vizinhos).

“Soy loco por ti, América” nunca foi tão atual como agora no Brasil. Juan Pablo Vojvoda, técnico do Fortaleza, já fez história no clube ao vencer o San Lorenzo na Argentina e pode dar a primeira taça internacional oficial para o Nordeste Vinicius Palheta / Fortaleza EC Rodrigo Bueno 28 Apr, 2023 No último dia 10, saiu uma pesquisa de torcida feita pela CNN Esportes/Itatiaia/Quaest que gerou estranheza em algumas torcidas e festa em outras, Nela, Atlético-MG e Cruzeiro dividiam a quinta posição entre as maiores torcidas do país, ficando à frente do Vasco, reconhecidamente um time com muitos fãs espalhados pelo país.

  1. Nessa mesma pesquisa, o Palmeiras apareceu na frente do São Paulo em terceiro lugar, uma novidade em relação a praticamente todas as pesquisas desde os anos 90.
  2. Talvez a boa fase alviverde nos últimos tempos e a sofrência são-paulina de quase uma década estariam causando essa virada.
  3. Mas eis que vem uma outra pesquisa, essa feita pelo instituto AtlasIntel, que recoloca as coisas, digamos, em seus lugares mais tradicionais : São Paulo na terceira colocação, e o Vasco na frente dos mineiros.

A primeira pesquisa teve como base 6.507 entrevistas presenciais com pessoas de 16 ou anos mais em 325 cidades brasileiras. Pelo que foi divulgado, a margem de erro seria de 1,4 ponto percentual para mais ou para menos e o nível de confiabilidade seria de 95%.

  • Já a segunda pesquisa foi feita pela internet e colheu 1.600 votos em 640 municípios do país.
  • A margem de erro dessa votação é de 2% para mais ou para menos.
  • Como somos aproximadamente 215 milhões de brasileiros, o universo ouvido é bem pequeno, e muita gente contesta as pesquisas por isso.
  • Mas é bom lembrar que as pesquisas têm um cunho científico, uma metodologia, trata-se de um trabalho normalmente respeitável.

Mas por que então números tão diferentes de uma pesquisa para outra? Talvez pela forma diferente como foram realizadas. Deve ter uma lógica que vai além do bairrismo (uma pesquisa mais mineira ou mais paulista) e do clubismo (já ouvi que dono de instituto de pesquisa dava um peso maior para seu time de coração na pesquisa de sua empresa).

Então como saber com mais certeza o tamanho de cada torcida? Usar o público pagante seria uma opção, mas estádios têm capacidades diferentes e preços distintos. Uma outra forma de medir seria pelo número de sócios, de sócios-torcedores, de audiência, de venda de camisas, etc. Os departamentos de marketing dos clubes, claro, turbinam todos esses números.

Brasileirão 2013: A \

Haveria algum dado então confiável que pudesse aferir quantos simpatizantes um clube possui? As mídias sociais estão aí com seus números absolutos, mesmo que não sendo 100% de verdadeiros fãs. A Chapecoense virou um dos clubes mais queridos do país nas mídias sociais mesmo não tendo uma das maiores torcidas, houve na verdade uma grande onda de apoio (até de fora do Brasil) ao clube de Santa Catarina após o acidente aéreo que matou quase toda a delegação da equipe em 2016.

Feitas essas ponderações todas, acho bastante significativo analisar os números de seguidores que cada clube possui. O Flamengo, que certamente tem mais de 40 milhões de torcedores, ostenta, no Instagram, 17,1 milhões de seguidores e, no Twitter, pouco mais de 10 milhões de fãs. Nem todo mundo usa internet, claro, especialmente as pessoas da terceira idade e os bebês.

Mas as pesquisas descartam tradicionalmente os menores de 16 anos. Um bom número de crianças e adolescentes certamente devem seguir hoje em dia seus times de coração. Também por isso acho válido dar uma olhada com carinho nos números que passarei aqui abaixo com clubes das Séries A, B e C do Brasileiro, bem como algumas outras equipes tradicionais do nosso futebol. Em todas as pesquisas de torcida no Brasil, o Flamengo aparece em 1º lugar e o Corinthians vem na 2ª posição, com a briga esquentando a partir do 3º posto, inclusive nas mídias sociais Gazeta Press TWITTER (27/03/2023) CLUBE SEGUIDORES 1º Flamengo 10.219.510 2º Corinthians 7.713.863 3º São Paulo 4.864.406 4º Palmeiras 3.758.617 5º Santos 3.105.984 6º Grêmio 3.101.138 7º Vasco 2.688.304 8º Atlético-MG 2.606.638 9º Cruzeiro 2.577.955 10º Inter 1.903.230 11º Sport 1.687.416 12º Bahia 1.576.145 13º Fluminense 1.524.448 14º Botafogo 1.458.665 15º Vitória 1.218.952 16º Athletico 1.199.593 17º Coritiba 981.192 18º Goiás 666.058 19º Figueirense 662.717 20º Chapecoense 611.009 21º Criciúma 574.933 22º Ceará 448.000 23º Fortaleza 431.403 24º Santa Cruz 278.632 25º Avaí 240.674 26º Paysandu 225.830 27º Ponte Preta 212.949 28º América-MG 184.288 29º Náutico 179.204 30º Remo 155.024 31º ABC 139.431 32º Atlético-GO 134.135 33º Bragantino 127.635 34º Paraná 124.731 35º Vila Nova 120.889 36º América-RN 110.447 37º CRB 107.467 38º Portuguesa 104.163 39º Juventude 94.676 40º CSA 69.565 41º Cuiabá 67.779 42º Londrina 63.626 43º Guarani 56.591 44º Ituano 55.238 45º Botafogo-SP 48.029 46º Volta Redonda 46.963 47º Sampaio Corrêa 43.573 48º Operário-PR 38.995 49º Confiança 25.721 50º América-RJ 24.234 51º Bangu 23.744 52º Ypiranga-RS 21.849 53º Brusque 17.922 54º Manaus 15.892 55º Novorizontino 12.573 56º São José-RS 12.544 57º Santo André 12.523 58º São Bernardo 9.422 59º Aparecidense 8.017 60º Altos 7.112 61º Floresta 6.400 62º Mirassol 4.020 63º Pouso Alegre 3.649 64º Paulista 2.705 65º Amazonas 1.953 66º Tombense não tem Twitter oficial INSTAGRAM (27/03/2023) CLUBE SEGUIDORES 1º Flamengo 17.100.000 2º Corinthians 9.400.000 3º São Paulo 5.000.000 4º Palmeiras 4.700.000 5º Grêmio 2.600.000 6º Atlético-MG 2.500.000 7º Cruzeiro 2.300.000 Santos 2.300.000 Vasco 2.300.000 10º Inter 1.700.000 11º Fluminense 1.300.000 12º Vitória 1.200.000 13º Sport 1.100.000 14º Bahia 1.000.000 15º Botafogo 874.000 16º Athletico 684.000 17º Figueirense 662.717 18º Chapecoense 611.009 19º Criciúma 574.933 20º Bragantino 526.000 21º Paysandu 519.000 22º Remo 514.000 23º Ceará 448.000 24º Santa Cruz 436.000 25º Fortaleza 431.403 26º Goiás 410.000 27º CSA 321.000 28º Coritiba 302.000 29º Cuiabá 280.000 30º CRB 260.000 31º ABC 254.000 32º Sampaio Corrêa 236.000 33º Náutico 234.000 34º América-MG 225.000 35º Avaí 207.000 36º Portuguesa 197.000 37º Atlético-GO 196.000 38º América-RN 192.000 39º Vila Nova 182.000 40º Confiança 169.000 Ponte Preta 169.000 42º Juventude 149.000 43º Guarani 143.000 44º Londrina 129.000 45º Mirassol 125.000 46º Paraná 112.000 47º Manaus 108.000 48º Ituano 105.000 49º Volta Redonda 102.000 50º Botafogo-SP 97.200 51º Floresta 90.900 52º Brusque 81.500 53º Novorizontino 79.000 54º Operário-PR 78.000 55º São Bernardo 71.600 56º Pouso Alegre 56.500 57º Altos 55.300 58º Bangu 54.100 59º América-RJ 51.700 60º Ypiranga-RS 50.000 61º Tombense 42.500 62º São José-RS 42.300 63º Aparecidense 37.700 64º Santo André 36.600 65º Amazonas 32.400 66º Paulista 28.700 FACEBOOK (27/03/2023) CLUBE SEGUIDORES 1º Flamengo 13.375.263 2º Corinthians 11.112.073 3º São Paulo 6.800.000 4º Palmeiras 4.857.065 5º Santos 3.800.000 6º Chapecoense 3.600.000 7º Atlético-MG 3.437.400 8º Grêmio 3.400.000 9º Vasco 3.130.324 10º Cruzeiro 3.000.000 11º Inter 2.599.595 12º Fluminense 1.500.000 13º Botafogo 1.369.506 14º Athletico 1.100.363 15º Bahia 1.100.000 16º Sport 1.000.000 17º Fortaleza 985.733 18º Ceará 963.000 19º Vitória 697.358 20º Santa Cruz 537.000 21º Remo 465.000 22º Coritiba 454.000 23º Paysandu 438.000 24º Bragantino 378.000 25º Goiás 324.000 26º Ponte Preta 288.107 27º Figueirense 280.000 28º Avaí 260.000 29º América-RN 232.000 30º ABC 231.000 31º Náutico 214.068 32º Portuguesa 205.000 33º Paraná 203.000 34º Juventude 200.566 35º Criciúma 194.000 36º Botafogo-SP 191.617 37º Sampaio Corrêa 188.000 38º CSA 173.000 39º América-MG 165.000 40º CRB 154.000 41º Cuiabá 142.000 42º Vila Nova 118.000 43º Londrina 116.000 44º Atlético-GO 104.000 São Bernardo 104.000 46º Manaus 103.000 47º Guarani 101.000 48º Ituano 64.000 49º Operário-PR 60.000 50º Confiança 59.000 51º Ypiranga-RS 58.000 52º Bangu 56.364 53º Volta Redonda 54.000 54º Mirassol 50.000 55º Brusque 39.000 56º Paulista 38.000 57º Pouso Alegre 32.073 58º Novorizontino 32.000 59º Santo André 31.000 60º São José-RS 24.000 61º Altos 18.000 Floresta 18.000 63º Tombense 16.000 64º Aparecidense 9.300 65º Amazonas não encontrado América-RJ não encontrado Rodrigo Bueno 19 Apr, 2023 Rogério Ceni é não só um ídolo gigantesco do São Paulo, mas também um dos principais jogadores da história do futebol brasileiro. Maior goleiro artilheiro do esporte, dono de inúmeros recordes, multicampeão, desperta admiração em muita gente pelas suas marcas e sua liderança, mas sofre uma resistência absurda de muita gente também, sobretudo de torcedores de clubes rivais do Tricolor.

  1. Era assim como atleta e é assim como treinador.
  2. Ver o São Paulo rebaixado com Rogério como comandante talvez seja a maior alegria possível em 2023 para muitos.
  3. Mas vários desses antis já festejariam a simples demissão de Ceni neste momento.
  4. Quando era goleiro, ele sofria uma espécie de preconceito.
  5. Por tratar muito bem a bola com os pés, era rotulado por alguns como um arqueiro comum debaixo das traves (o que sempre foi uma grande injustiça com ele) e por querer aparecer demais (hoje exaltam os goleiros-líberos, cobram que todos sejam como o Neuer, que sejam como era o Rogério Ceni em seus tempos como atleta), passando por cima de companheiros e até superiores.

Vou citar como exemplo um trecho de uma coluna publicada na Folha no dia 23 de março de 2004 por Marcos Augusto Gonçalves. “A imagem vai se tornando rotineira: Rogério Ceni, em vistoso uniforme, e depois de algumas tentativas de acertar um gol de falta, posta-se na intermediária são-paulina assumindo o papel de líbero.

  • A essa altura o jogo já está invariavelmente perdido.
  • Mas vale a encenação.
  • Apressadinho, pega a bola, olha para lá e para cá, faz que passa para ali, depois faz que passa para acolá, mas acaba mesmo chutando para frente. Beleza.
  • Está “empurrando” o time, pensam os incautos.
  • Na verdade, o efeito muitas vezes acaba sendo o contrário: retarda a articulação da equipe, produz mais nervosismo e mais desconcentração.

No domingo, na derrota do São Paulo para o São Caetano, a cena se repetiu. Com o leite já derramado, o presepeiro guardião da meta do Tricolor estava lá, oferecendo seu show de “garra” e “liderança” para uma torcida que gosta de chamá-lo de o “melhor goleiro do Brasil”.” Um ano depois dessa coluna, Rogério Ceni foi o principal jogador do futebol brasileiro, fazendo dezenas de gols (muitos de falta, não era só batedor de pênalti) e ganhando CONMEBOL Libertadores e Mundial de Clubes pelo São Paulo sendo o melhor atleta das duas competições.

Dois anos depois dessa coluna, com Rogério iniciando um período hegemônico do Tricolor no Campeonato Brasileiro (tri genuíno até hoje único, contando o Nacional a partir de 1971), houve a famosa treta entre o arqueiro são-paulino e a jornalista Milly Lacombe, que terminou na Justiça com vitória de Ceni na causa que tratava, sem entrar aqui em detalhes, de sua imagem sendo atacada.

As críticas a Rogério, mais especialmente as públicas, passavam a ficar cada vez mais raras com ele ganhando tudo em campo e com ele virando exemplo de líder positivo, símbolo de atleta articulado e inteligente, figura respeitada aqui e no exterior. Mas a verdade é que uma grande rejeição (para não dizer um certo ódio) a Rogério nunca deixou de existir.

  1. Ele poderia ter saído de cena do futebol, poderia ter virado comentarista e criticar os outros, mas preferiu ser treinador, profissão que é vidraça desde sempre.
  2. Se como atleta ele já era criticado por dominar o vestiário em excesso, por passar por cima de técnico e por ser personalista demais, imagina com ele sendo o chefe mesmo, com ele sendo o líder de fato do grupo.

No atrito entre o jovem Marcos Paulo e o experiente ídolo tricolor, muita gente na mídia ficou do lado do jogador que acabou de chegar ao São Paulo e cobrou a demissão de Rogério por abuso de autoridade, assédio, agressão, por não saber se controlar e comandar etc.

Marcos Paulo quebrou a hierarquia e sacaneou o técnico (que é simplesmente um mito no clube) publicamente, mas a imagem que ficou forte (não tem imagem na verdade) é que Rogério extrapolou ao atingir, de alguma forma física e na frente do grupo, um “garoto” que “só” cometeu um deslize virtual, coisa tão comum nos dias atuais.

O mesmo Marcos Paulo fez um gol contra o Puerto Cabello que aliviou um pouco a situação de Rogério e depois o abraçou, como o grupo quase todo fez com palavras, basta ouvir o bravo Calleri. Rogério Ceni em São Paulo x Puerto Cabello pela CONMEBOL Sul-Americana Marcello Zambrana/AGIF/Gazeta Press Apesar de o grupo de atletas demonstrar com declarações e com luta em campo estar com o treinador, Rogério Ceni, no clube em que é lenda, está na corda bamba agora em vários níveis.

As críticas à sua figura, que eram quase praxe em algum momento (inclusive com ele na seleção sendo campeão do mundo em 2002) e que rarearam bastante com ele multicampeão e artilheiro, estão de volta agora com ainda mais peso. A própria Independente, maior torcida organizada do Tricolor, citou na nota em que pede a demissão de Rogério que ele tem “erros de atitude e de personalidade” e que “ninguém é perfeito”.

Rogério nunca foi perfeito e nunca será, assim como ninguém. Mas por que tanta gente detesta sua postura, seu jeito? É algo para pensar. Será por clubismo? Afinal ele representa demais o São Paulo, clube que em algum momento se achou o soberano, o “rei da cocada preta”, como a presidente palmeirense Leila Pereira se referiu ao Flamengo, o “time da soberba” agora.

  1. Será porque Rogério é falso ou tem caráter discutível? Não me parece que seja isso, ele dá declarações bastante sinceras para os padrões do futebol brasileiro e isso que talvez incomode algumas pessoas, inclusive dentro do São Paulo, do DM até o responsável pela piscina.
  2. A fama de arrogante paira desde sempre sobre Rogério Ceni.

Ele sabe disso e não sei se depois de tanto tempo isso o afete de verdade. O treinador do São Paulo não é santo e já cometeu vários deslizes, erros e excessos mesmo, mas será que a pena que querem aplicar a ele não é exagerada? Será que muitos não desejam o mal de Rogério apenas por ele ser uma figura grandiosa e centralizadora dentro de seu clube? O mesmo tratamento acontece com outras pessoas desse tamanho no futebol? A ausência de simpatia faz de Rogério um alvo ainda mais prazeroso? Cobram comando forte de alguns treinadores.

Ceni é criticado por comandar demais. Cobram dedicação de alguns técnicos. Poucos caras são tão obcecados com trabalho quanto Rogério. Ele já venceu muita coisa como treinador, procurou estudar, buscar auxiliares estrangeiros, falar outros idiomas, evoluir, mas a análise rasa diz que ele ainda não é um técnico de verdade, que ainda estaria preso na figura de jogador ou pecaria se achando maior do que é em sua função de comandante.

Você quer Rogério Ceni fora de seu clube porque ele é um treinador limitado e incapaz ou porque ele é um mala como pessoa? Deixo essa pergunta para os antis. Para você, são-paulino, as questões são outras. Rogério é o maior culpado pela fase tenebrosa do único clube tricampeão mundial deste país? Que técnico de ponta ou melhor do que Rogério atualmente aceitaria assumir este time medíocre do Tricolor, que nem consegue pagar em dia seu elenco meia boca e que corre sério risco de descenso inédito? Com a saída de Ceni, os jogadores “pés de rato” vão começar a brilhar, o DM passará a funcionar, as finanças entrarão em ordem e a política danosa vai parar de atrapalhar a equipe? Rodrigo Bueno 11 Apr, 2023 Ano após ano ouvimos uma ladainha de que os Estaduais não servem para nada, não passam de um estorvo no calendário, que deveriam ser extintos e que iludem torcedores, especialmente os mais carentes. E ano após ano a gente vê grandes celebrações pelos títulos estaduais, públicos vultosos na final, emoção dos campeões e postagens alegres de todo tipo, em especial com crianças vendo com os pais mais uma conquista do clube do coração (até jornalistas que malham sistematicamente os Estaduais têm seus 15 minutos que sejam de celebração com familiares e amigos).

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É um ciclo que se renova a cada temporada, a cada geração, mesmo que os mais jovens não tenham vivido a época em que os Estaduais valiam muito e os torneios internacionais ficavam em um segundo plano no nosso país. Estamos vendo em vários Estados uma hegemonia rara de um determinado time. Começando por São Paulo, o Palmeiras venceu seu terceiro Paulista em quatro anos.

Pela primeira vez em sua história, o alviverde disputou quatro finais seguidas do torneio, que teve durante muitas décadas o sistema de pontos corridos. Pouco tempo atrás, após perder de forma polêmica para o Corinthians uma decisão estadual, Maurício Galiotte, então presidente palestrino, desdenhou a competição, dizendo que “o Palmeiras é muito maior do que um Paulistinha”.

  • Nós nos acostumamos no Brasil a chamar os Estaduais no aumentativo: Paulistão, Gauchão, Baianão etc.
  • De alguns anos para cá, algumas pessoas passaram a usar o diminutivo para zombar desse tipo de torneio.
  • Foi o que o Galiotte fez quando perdeu o “Paulistinha”.
  • Só que, quando o time ganha, mesmo um Palmeiras que tem conquistado Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil, o estádio bate recorde de público, a diretoria faz camisa especial e festa, técnicos e jogadores choram, se ajoelham, pagam promessas, se dão banho de água ou outra coisa em coletivas, a imprensa exalta os recordes e os currículos dos vencedores (aí é “Paulistão”).

Abel Ferreira já é o segundo técnico com mais troféus no Palmeiras também porque é bicampeão estadual, e o português que dirige muito bem o Verdão não tira o pé no campeonato teoricamente menos importante da temporada (para muita gente, superar os rivais estaduais e ser campeão regional é mais gostoso do que vencer uma disputa como a Supercopa ou mesmo a Recopa). Abel Ferreira, bicampeão paulista cm o Palmeiras, leva muito a sério o Estadual e virou o segundo técnico com mais títulos na história do clube alviverde Cesar Greco/Palmeiras/by Canon Neste século, o Palmeiras havia vencido o Paulista apenas uma vez até 2020.

  1. Tinha triunfado em 2008 quando teve o apoio da Traffic.
  2. Nesta era vitoriosa tendo a Crefisa como grande parceira, o Palmeiras venceu bastante, mas não deixou de lado o Estadual.
  3. Agora, tenta se aproximar de novo do maior rival em número de títulos (chegou a 25 Paulistas, cinco a menos que o Corinthians).

O Timão só supera o Verdão em taças de Mundial e do Paulista. Claro que o Mundial tem um peso muito maior, carrega todo um simbolismo de grandeza, mas torcedor, especialmente os mais acostumados com vitórias e títulos, querem estar à frente dos rivais em tudo, até em disputa de bocha e de cuspe à distância.

  1. A cena mais marcante do título carioca do Fluminense foi a comemoração efusiva de Fernando Diniz, técnico que é tão elogiado quanto é criticado por sua diferenciada filosofia de jogo.
  2. Ele chorou e deu cambalhota como se fosse uma criança, tirou um caminhão das costas de tanta pressão que sofria por não ter conquistado ainda nenhum título de expressão.

Há quem diga ainda que ele não ganhou nada, pois venceu “só” um Estadual. Mas no fundo todos sabem a dimensão histórica desses 4 a 1 com domínio absurdo sobre o Flamengo. Por mais que os tricolores repitam que “é normal ganhar Fla-Flu”, a forma como o título veio engrandece e valoriza demais a conquista.

Quem viu esse jogo, seja rubro-negro, tricolor ou neutro, não vai esquecer. O Fluminense é bicampeão em cima do maior rival, que possui ainda o melhor elenco do país, que ostenta o maior faturamento do futebol brasileiro, que mantém boa vantagem como a maior torcida do país, que investiu em treinador estrangeiro mais uma vez, que era o mais cotado etc.

Não é pouca coisa não o que o Flu conseguiu fazer, mesmo com limitações e com o Fla aproveitando muito revelações de Xerém, como Ayrton Lucas, Gerson e Pedro. O Fluminense chegou a 33 títulos estaduais. O clube tantas vezes campeão está agora quatro atrás do Flamengo.

Se nós pensarmos no poderio rubro-negro e em seu poder de investimento, especialmente nos últimos anos, a distância não é tão grande assim. E contra o Flamengo o Flu não tem na prática o mando de campo, pois ambos dividem o Maracanã e basicamente lá duelam. No ano passado, o Tricolor já impediu o que seria um inédito tetra do maior rival.

Agora, em decisões diretas pelo título carioca, o Flu levou a melhor sobre o Fla em 1919, 1936, 1941, 1969, 1973, 1983, 1984, 1995, 2022 e 2023. Isso é história, isso não tem preço. Um time de futebol tem como principal objetivo alegrar seu torcedor. E, para quem gosta do Fluminense, talvez nada seja mais gostoso e dê mais orgulho do que castigar o Flamengo através dos tempos, incomodar aquele irmão ou vizinho rival. Fernando Diniz chorou e deu cambalhota após o título carioca conquistado de forma brilhante pelo Fluminense em cima do Flamengo MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE FC Vamos agora para Minas! O maior campeão do Estado faturou um tetra. O Galo confirmou seu favoritismo e conquistou pela 48ª vez a disputa, colocando dez troféus de vantagem agora sobre o Cruzeiro, com quem briga (até com participação polêmica de fornecedora de material esportivo) pelo título de “Maior de Minas”.

Cada um tem seus valiosos argumentos: mais títulos internacionais, mais taças nacionais, mais conquistas estaduais, vantagem no confronto direto, maior torcida, torcida mais apaixonada etc. Estamos vendo agora a maior hegemonia de um clube em Minas desde o hexacampeonato do Galo entre 1978 e 1983, o lendário time de Reinaldo.

Isso passa bastante pela fase endinheirada do Galo, que vai inaugurar nesta temporada sua arena, e se explica também pela derrocada administrativa, financeira e esportiva do Cruzeiro. Por mais que o América-MG faça um bom trabalho, não alcança o patamar do rival alvinegro.

  • O Galo teve mais uma vez como destaque Hulk, um ídolo nacional hoje em dia, eu diria.
  • A crise após as declarações fortes de Coudet roubaram muito a atenção na semana decisiva, mas o Mineirão (sempre o principal palco do futebol mineiro, embora o Independência tenha sido muito importante para os dois finalistas nos últimos anos) foi de novo o lugar perfeito para a coroação atleticana.

Talvez os próximos troféus venham todos na nova casa do Galo, mas o Mineirão será sempre uma praia atleticana, assim como o Campeonato Mineiro. O tão esperado bi brasileiro veio, a Libertadores foi conquistada, a Copa do Brasil está na galeria do clube, mas não é tudo isso que fará o Galo desprezar o Mineiro.

  • Chegou a hora do Rio Grande do Sul, uma “aldeia” cada vez mais gremista.
  • Pintou o hexa do Tricolor, uma sequência que apenas é superada na história pelo hepta do Grêmio nos anos 60 e pelo octo do Internacional na década de 70.
  • O time de Renato Portaluppi superou o Caxias em uma acirrada final que foi decidida com um pênalti conquistado (cavado) por Luis Suárez, a estrela uruguaia que vai abrilhantar muito o futebol brasileiro em 2023.

Não foi fácil o título gremista, que não foi invicto por conta da derrota na semifinal para o Ypiranga de Erechim. É bom lembrar que o Grêmio vem da Série B e que o Colorado foi vice-campeão brasileiro outro dia. Superar o rival treinador por Mano Menezes não era uma tarefa das mais simples, mas o Grêmio venceu com méritos o Gre-Nal e soube ser mais copero no mata-mata.

  • O Grêmio chega agora a 42 conquistas, apenas três a menos que o Inter.
  • Aquela diferença larga que o Colorado tinha colocado no rival e aquela provocação de D’Alessandro e seus parceiros pelos 15 anos sem títulos importantes dos gremistas ficou no passado.
  • E agora o jogo virou: o Inter que não conquista nada desde 2016, e com Renato no comando do Grêmio a freguesia no clássico vem se invertendo (o Inter leva a vantagem histórica, mas nos últimos anos o Grêmio vem castigando seu maior inimigo seguidamente).

Curioso ver como em poucos meses o Grêmio remontou a equipe e se colocou em uma situação melhor do que o Inter. Os gremistas não têm taça internacional para disputar em 2023, mas tudo indica que voltará a disputar essas copas em 2024. Enquanto isso, vai “brincando” no Brasileiro com Renato e enfileirando Estaduais.

  • Uma outra hegemonia estadual que chama a atenção neste momento é a do Fortaleza.
  • Primeiro, porque trata-se de um pentacampeonato inédito e sem contestação (o Ceará conseguiu depois de muito tempo ser proclamado campeão cearense entre 1915 e 1919).
  • Depois, porque os dois rivais estão em grandes fases, sendo que o Vozão tem tido mais sucesso na Copa do Nordeste.

Claro que o campeonato regional tem valor maior na hierarquia do futebol, mas essa supremacia tricolor no Estado é algo histórico. O Fortaleza, com o penta atual, superou o Ceará de vez e é o maior campeão cearense agora: 46 a 45 em trofeús. Um outro título emblemático no Nordeste veio na Bahia.

O maior campeão do Estado chegou à marca de 50 taças. O Tricolor superou na final o Jacuipense, uma prova de que o Vitória não vive mesmo uma fase negativa de sua história (desde 2018 o rubro-negro não consegue nem ser vice do Baiano). O Bahia tem dado mais importância para a Copa do Nordeste, o que faz sentido, mas o título estadual serviu para amenizar um pouco a dor sofrida pela surra histórica que tomou do Sport (6 a 0).

O Leão da Ilha do Retiro está tanto na decisão da Copa do Nordeste (duelo forte contra o Ceará) quanto na final do Pernambucano (é favorito contra o Retrô de Camaragibe) e pode ganhar seu 43º título estadual, interrompendo série de duas taças do Náutico.

  1. Se tem um time no país que ganhou fama por minimizar o Estadual é o Athletico, mas adivinha quem conquistou o Campeonato Paranaense? O Furacão e algumas de suas estrelas, como Felipão e Vitor Roque, posaram bem alegres como campeões estaduais.
  2. O título desta vez foi conquistado em cima do Cascavel.
  3. Pegando os últimos 8 campeonatos no Paraná, são 5 títulos do Athletico.

Será que dá mesmo para dizer que o Furacão não leva a sério o Estadual? Pode não ser a prioridade do clube (e não é mesmo), mas ser campeão é sempre bom. O Furacão está encurtando a vantagem estadual do rival Coritiba. Agora, são 39 troféus para o Coxa e 27 para o rubro-negro.

  • Se não dá para falar ainda em hegemonia atleticana no Paraná (levando em conta todos os torneios, isso é evidente), não dá para dizer também que o Athletico não curte ser campeão em seu Estado, o que pode ajudar também a conquistar mais torcedores dentro do Paraná.
  • Em Goiás já dá sim para falar em uma nova hegemonia ou pele menos em uma nova onda.

O Dragão tem colocado fogo na disputa estadual com o Goiás, maior campeão do Estado com 28 títulos. Pelo segundo ano seguido, o Atlético-GO foi campeão em cima do rival alviverde. O Goiás não conquista o Goiano desde 2018. De lá para cá o Dragão se estruturou, investiu e já faturou quatro canecos estaduais.

Chegou a 17 títulos estaduais, deixando para trás o tradicional Vila Nova, que parou em 15 troféus e está na fila desde 2005. Curiosamente, o Goiás é o único representante do Estado na Série A, sendo um candidato forte ao rebaixamento. Em contrapartida, o Atlético-GO é um dos mais cotados para ficar entre os quatro primeiros da Série B e voltar à elite do país.

Para fechar o giro pelos Estaduais que possuem time na primeira divisão nacional, vou para o Mato Grosso. O Cuiabá, fundado em 2001, já virou o segundo maior campeão do Estado. Venceu o União Rondonópolis na decisão deste ano e chegou a 12 troféus, empatando assim com o CEOV de Vargem Grande.

O Mixto, maior campeão mato-grossense com 24 conquistas, não levanta a taça desde 2008. Cuiabá venceu 10 dos últimos 13 campeonatos no Mato-Grosso e virou uma força regional, tendo chegado e permanecido na Série A. Investimento explica essa guinada que o Dourado vem dando em seu Estado e em termos regionais (ganhou dois títulos da Copa Verde).

Como se vê, resultados e hegemonias não acontecem do nada. Isso em qualquer lugar. Rodrigo Bueno 28 Mar, 2023 Devido ao poderio econômico dos clubes brasileiros na América do Sul, é claro que os times do nosso país entram como favoritos nas disputas da Conmebol mais uma vez. Isso não é novidade mais nem para os nossos combalidos vizinhos.

Se Atlético-MG, Flamengo e Palmeiras, não necessariamente nessa ordem, são os clubes mais cotados para ganhar a Libertadores e estender a hegemonia nacional no continente, o Fortaleza me parece o candidato mais pronto no Brasil para conquistar a Sudamericana (seria o primeiro título internacional oficial de time do Nordeste).

Claro que Athletico, Botafogo, Corinthians, Fluminense, Inter, Red Bull Bragantino, Santos e São Paulo podem avançar longe nas disputas, ainda mais com um bom cruzamento no mata-mata. Mesmo esses clubes que não são os mais badalados no momento têm a esperança de ao menos brigar por taça em copas.

Eu fiz um prognóstico simples de todos os grupos da Libertadores e da Copa Sudamericana e só não classifiquei, dentre os times brasileiros, o América-MG, que caiu em um verdadeiro Grupo da Morte (podia muito bem ser um grupo da Libertadores), e o Goiás, que também encontrará adversários encardidos logo de cara.

Na Libertadores, eu passei quase todos os clubes brasileiros em primeiro lugar, exceção feita ao Corinthians (respeito demais o Independiente del Valle, que aliás até já eliminou o Timão de Sudamericana) e ao Athletico, que teve o azar de ver o forte Galo cair em seu grupo. O Fortaleza do bom técnico Vojvoda naufragou na Libertadores cedo neste ano, mas virou assim favorito para ganhar a Sudamericana e dar ao Nordeste o seu primeiro título internacional oficial interclubes GETTY Bem, vamos às classificações finais dos grupos agora. Rodrigo Bueno 17 Mar, 2023 Há uma energia bastante positiva em torno das campanhas dos times italianos nos interclubes europeus nesta temporada. Vejo uma celebração coletiva por aquele que pode ser um resgate, mesmo que tímido, do futebol que foi o Eldorado da bola nos anos 1980 e 1990.

  • São seis representantes do Calcio nas quartas de final dos torneios da Uefa: Inter de Milão, Milan, Napoli, Juventus, Roma e Fiorentina,
  • Essa esquadra italiana remete ao final do século passado, quando a Serie A dominava em boa parte o futebol do Velho Continente.
  • Só na temporada 1990/1991 tivemos mais clubes italianos nas quartas das competições continentais do que agora (naquela oportunidade, foram sete equipes da terra da pizza: Milan, Juventus, Sampdoria, Atalanta, Bologna, Inter e Roma).

Felizmente ou infelizmente para a Itália, o sorteio desta sexta-feira (17) colocou os times do Calcio na Champions League do mesmo lado da chave. Milan e Napoli vão duelar agora (saudade daqueles embates entre o trio de holandeses e Maradona/Careca) e quem passar pode pegar a Inter na semifinal (desde que essa supere o perigoso Benfica).

Mas podemos ter uma final Juventus x Roma na Europa League, e a Fiorentina pode repetir a Roma da temporada passada sendo campeã da Conference League (foi o primeiro título do Calcio em interclubes da Uefa desde a conquista da Inter na Champions League em 2010, sendo que José Mourinho, ainda vivo na Liga Europa, responde por esses dois títulos).

De fato é saboroso ver tantos times italianos competitivos após muitos anos como coadjuvantes. Só que ainda acho outros clubes favoritos, O Napoli, virtual campeão italiano (primeiro scudetto do clube sem Maradona), talvez seja o time mais espetacular da temporada, mas não posso dizer que ele está mais cotado do que os times que estão do outro lado da chave e que têm elencos bem mais caros. Osimhen e Kvaratskhelia, destaques do Napoli, virtual campeão italiano e forte candidato a finalista na Champions League EFE/EPA/CIRO FUSCO REAL MADRID (60%) X (40%) CHELSEA Vão se encontrar como na temporada passada, quando o Real Madrid avançou. Aliás o gigante espanhol também deixou o Liverpool para trás na campanha que lhe rendeu mais uma taça, a de número 14 no torneio.

E a equipe de Carlo Ancelotti ainda pode pegar o Manchester City de novo, isso na semifinal. Será que a camisa mais pesada do planeta vai varrer os ingleses mais uma vez? Nas oitavas, o Real fez um 6 a 2 no Liverpool no agregado. A base merengue é a mesma, com destaque para Benzema, Courtois e Vinícius Júnior, além da boa aparição de Tchouaméni.

Vini é o artilheiro do time no torneio, com seis gols. Está voando no pós-Copa, o que não se pode dizer do Bola de Ouro Benzema, O Real completou 300 jogos de Champions League, sendo o primeiro clube a atingir tal marca. Chelsea x Real Madrid acontece pela terceira vez seguida (nos últimos dois anos, quem passou deste confronto acabou ficando com o mais nobre título europeu).

  1. O Chelsea vem em uma fase muito irregular, com campanha capenga na Premier League apesar de ter sido o clube que mais dinheiro gastou em 2023.
  2. O trabalho de Graham Potter é alvo de críticas, e alguns dos destaques do time não estão em seu melhor momento.
  3. A chegada do português João Félix é uma esperança.

Nas oitavas, os Blues suaram para eliminar o Borussia Dortmund após perderem o jogo de ida. A equipe não é mais tão sólida como era na gestão de Thomas Tuchel. O time costuma atuar hoje com três zagueiros e dois volantes. O clube londrino tem se mostrado bastante cascudo na Champions, tanto que venceu 8 dos últimos 11 duelos de quartas de final da competição.

BENFICA (55%) X (45%) INTER DE MILÃO O gigante português está fazendo uma campanha histórica, com seis vitórias e dois empates contra o endinheirado PSG, Um ataque eficaz é uma das armas do time dirigido por Roger Schmidt (anotou 25 gols até aqui no torneio), João Mário é o artilheiro da equipe na competição, com seis gols, uma a mais do que Rafa Silva, uma peça desequilibrante no elenco encarnado.

Inter de Milão x Benfica já foi final da antiga Copa dos Campeões da Europa, em 1965. A equipe de Milão levou a melhor e conquistou na ocasião seu bicampeonato europeu. Uma prova da força do atual Benfica é que ele chega pela segunda temporada seguida às quartas de final da Champions.

Mesmo com a saída de Enzo Fernández, que foi para o Chelsea, a equipe lidera com certa folga o Campeonato Português. David Neres, ex-São Paulo, vive grande fase de novo, A Inter sofreu para superar outro gigante português nas oitavas. Fez apenas um gol no Porto, o que bastou para a classificação. O goleiro Onana teve que fazer várias defesas no confronto.

O time de Milão oscilou no Campeonato Italiano e viu o Napoli disparar. Na Champions, no entanto, conseguiu passar por um grupo duro, com Bayern de Munique e Barcelona. Parece que o time de Inzaghi joga melhor as partidas grandes (contra Milan, Napoli e Porto) do que as pequenas (perdeu de Empoli, Bologna e Spezia).

Atuando em um 3-5-2, a Inter conta com a força e o entrosamento da sua dupla de ataque ‘Lu-La’ (Lukaku e Lautaro Martínez). MANCHESTER CITY (55%) X (45%) BAYERN DE MUNIQUE A equipe de Guardiola triturou o Leipzig no jogo da volta com um 7 a 0, cinco gols de Haaland, um recorde que poderia ser maior se o treinador espanhol não substituísse o artilheiro norueguês aos 17 minutos do segundo tempo (o ‘Cometa’ é o grande goleador da atual Champions, com 10 gols).

O City, que também briga pelos títulos da Premier League e da Copa da Inglaterra (a FA Cup), ainda está invicto na competição, Guardiola usa no papel um 4-3-3 que se transforma em 2-3-5 quando tem a bola (o que acontece na maior parte do tempo contra quase todos os adversários).

  • A grande mudança na equipe de Manchester em relação à temporada passada, quando caiu diante do Real Madrid de forma dramática no final, é a presença de Haaland no comando do ataque.
  • Antes, Guardiola adotava jogadores com ‘falso 9’ (o verdadeiro 9 do time virou o mais jovem a chegar a 30 gols em Champions, aos 22 anos e 236 dias ou em só 25 jogos).

O genial treinador não vence uma Champions League desde 2011, quando ganhou seu segundo troféu continental com o Barcelona. De Bruyne, eleito o melhor jogador da temporada passada na Inglaterra, ainda é o cara no Manchester City : ele deu quatro assistências nesta Champions, sendo o vice-líder nesse fundamento no atual torneio.

  1. Ele fica atrás justamente do ex-companheiro João Cancelo, lateral português que trocou o City pelo Bayern e que será uma grande atração deste confronto.
  2. O Bayern não conta mais com seu verdadeiro 9 Lewandowski (hoje, no Barcelona), mas ainda tem um time muito forte.
  3. Goretzka deu o mesmo número de assistências de De Bruyne nesta Champions (4),

Choupo-Moting e Sané dividem a artilharia do time bávaro na competição europeia, com quatro gols cada um. Será o primeir duelo de mata-mata entre os times. Até aqui, um grande equilíbrio na história com três vitórias para cada lado (nunca empataram). A defesa tem sido um ponto forte do time do ainda jovem Julian Nageslmann, que molda sua equipe de acordo com o adversário.

O ‘Magic Musiala’ tem sido a cereja desse bolo alemão, que caminha para conquistar mais uma Bundesliga. A tradicional equipe do Sul da Alemanha chega às quartas de final da Champions League pela 21ª vez, um recorde no torneio. MILAN (40%) X (60%) NAPOLI A velha rivalidade entre o Norte e o Sul da Itália, só que agora com o time de Nápoles como favorito.

Virtual campeão italiano, o time azul enfim vai conseguir um scudetto sem Diego Armando Maradona, nome de seu estádio. O Napoli atropelou o Eintracht Frankfurt nas oitavas com um placar agregado de 5 a 0. Tem sete vitórias e apenas uma derrota nesta Champions, tendo marcado incríveis 25 gols,

  1. O clube da Bota humilhou o Ajax na fase de grupos e mostrou seu poderio também para o Liverpool.
  2. O time de Luciano Spalletti joga com linha de quatro atrás, variando do 4-3-3 para o 4-2-3-1.
  3. A ordem é explorar os espaços deixados pelos rivais.
  4. Há muitas jogadas de velocidade pelas pontas, o que favorece o perigoso Osimhen, que divide a artilharia do time com Raspadori, Simeone e Zielinski, todos com 4 gols.

Kvaratskhelia é o responsável pelas assistências (são 4 nesta Champions) e talvez o jogador mais importante da equipe. O Milan melhorou bem em relação à campanha passada na Champions, quando ficou na lanterninha de seu grupo. Campeão vigente da Itália, vê em Giroud seu artilheiro na Champions, com quatro gols.

  • Nas oitavas, superou o Tottenham em um duelo bem travado e passou com um 1 a 0 apenas no agregado.
  • O time de Stefano Pioli também é muito flexível e pode se adaptar ao tipo de jogo do adversário.
  • A camisa é pesada, mas o elenco é bem mais fraco do que aqueles que o mundo viu nas décadas de 80, 90 e 00, por isso o Napoli chega sem dúvida mais cotado ao duelo,

Theo Hernández é um dos poucos destaques individuais de fato do Milan, que vai decidir o confronto fora de casa. A força coletiva e a tradição do time podem tornar o embate equilibrado. EUROPA LEAGUE MANCHESTER UNITED (60%) X (40%) SEVILLA JUVENTUS (55%) X (45%) SPORTING BAYER LEVERKUSEN (60%) X (40%) U. Rodrigo Bueno 09 Mar, 2023 Não deixa de ser algo natural existir uma certa torcida contra os mais poderosos, isso em qualquer parte do mundo. Mas o que vemos neste momento no Brasil com o Flamengo de Vítor Pereira é algo singular. Nunca a sensação de “todos contra um” foi tão grande no futebol brasileiro, e por uma série de razões. Desde sempre o Flamengo é o time de futebol mais popular do país, o que por si só já o torna um gigantesco ímã para “antis” (aqueles torcedores que se alimentam muito do ódio ao rival). Há uma sensação, ainda mais nos últimos anos, de que o rubro-negro é forte demais para a concorrência. Os importantes títulos que o clube conquistou desde 2019 confirmam isso, embora tenha pelo menos uma equipe, o Palmeiras, que esteja conseguindo rivalizar administrativamente, financeiramente e esportivamente com o Flamengo atual. Acontece que a diretoria flamenguista tem dado muitos sinais de soberba, especialmente quando ganha. A frase “ Real Madrid, pode esperar, a tua hora vai chegar”, puxada pelo diretor rubro-negro Marcos Braz, virou piada dos rivais e deve embalar as arquibancadas Brasil afora neste ano (a temporada em que o Flamengo não só não enfrentou o Real Madrid como ainda perdeu do Al Hilal, do Independiente del Valle, do Vasco, do Fluminense,). Braz, mesmo com apoios como o de Romário e com a Nação por trás, não conseguiu se eleger deputado federal e fazer parte da bancada bolsonarista na Câmara dos Deputados pelo PL. Agora, vem enfrentando um forte desgaste (era um dos maiores símbolos do Flamengo arrasador de 2019) até na torcida rubro-negra que o idolatrava. Outras figuras importantes da atual política flamenguista, como o presidente Rodolfo Landim e o BAP (Luiz Eduardo Baptista), por vezes também dão alguns sinais de arrogância, o que a pujança do Flamengo, especialmente nesta fase glamourosa em que o clube fatura cerca de R$ 1 bilhão por ano, talvez possa explicar. Vítor Pereira, ex-técnico corintiano, cumprimenta, Dorival Junior, a quem sucedeu no Flamengo, clube que une cada vez mais as torcidas adversárias Staff Images / CONMEBOL Em campo, alguns dos principais jogadores do Flamengo dão uma ou outra cutucada em adversários. Bruno Henrique soltou o mantra de que o Flamengo está em “outro patamar”, e Gabigol, muito identificado com a Nação, entre outras coisas anunciou o “inferno” para o Atlético-MG, O atacante tão confiante ficou incomodado com o fato de André, do Fluminense, ter apontado o Tricolor como favorito para a decisão da Taça Guanabara. Logo no comecinho do jogo, foi caçar o volante com um pontapé e uma bolada com o jogo já paralisado. Talvez se Felipe Melo tivesse feito o mesmo, seria expulso mesmo com poucos segundos de partida. Após o Flamengo abrir o placar contra o Flu, Gabigol foi para cima de André dizer que ele havia escolhido “o favorito errado”. O ídolo rubro-negro queria que André dissesse que o Flamengo ganharia? O bom volante, agora da seleção brasileira (onde Gabigol não ficou para a Copa nem para este início de ciclo em 2023), não pode confiar no próprio time, que vem fazendo bons jogos? Há muita gente humilde ou sem nariz em pé no time do Flamengo, como Everton Ribeiro, mas outras figuras, como Gerson “Vapo Vapo” ou o próprio Vidal, que chegou faz pouco tempo à Gávea, espalham uma certa imagem de marra e superioridade. Eu tratei até aqui da diretoria e de parte do elenco de atletas do Flamengo, mas chegou a hora da cereja do bolo: Vítor Pereira. A forma como o treinador português conduziu sua saída do Corinthians e seu acerto com o Flamengo causou indignação e repulsa até em gente que trabalhava com ele. Não são apenas os corintianos que estão secando o trabalho do técnico que mais pegou a fama de traíra no Brasil (a sogra mais famosa do Brasil é a de um português, quem diria). Quase ninguém no mundo do futebol e mesmo da sociedade tolera esse tipo de figura, esse comportamento reprovável que remete ao caráter. O Flamengo tinha todo o direito de não renovar com o bonzinho Dorival Júnior, mesmo com os títulos da Libertadores e da Copa do Brasil, E tinha todo o direito de buscar um treinador que achava ser melhor para evoluir sua boa equipe. Mas talvez nem tenham pensado em como seria a rejeição interna e externa desse técnico. A decisão da Supercopa entre Flamengo e Palmeiras já foi emblemática nessa união de torcidas contra o gigante rubro-negro. Muitos corintianos (para não dizer todos) apoiaram o grande rival alviverde contra o clube carioca. Há um sentimento forte na Fiel de que o Flamengo com Vítor Pereira é mesmo o time a ser batido e odiado, as rivalidades históricas com Palmeiras e São Paulo estão agora em um segundo plano. Se somarmos as torcidas de Corinthians (segunda maior do país) e Palmeiras (a quarta maior) com as de Vasco (quinta maior), Fluminense e Botafogo (essas duas estão tecnicamente empatadas), veremos que a maior torcida do país neste momento é a contra o Flamengo. Alguém vai dizer que sempre foi assim, pois as torcidas de Athletico-PR, Atlético-MG, Grêmio e Sport ” target=”_blank”> Sport, por exemplo, nunca morrerão de amores pelo rubro-negro carioca. Só que nunca houve uma união tão grande de torcidas contra um clube apenas como vemos agora no país. O Flamengo deve se preocupar com essa colossal rejeição ou deve se orgulhar disso? O Real Madrid é o clube mais vitorioso e poderoso da história, tem mais de 300 milhões de torcedores mundo afora, e talvez mais do que isso de haters. O madridismo é quase tão forte quando o antimadridismo, não só na Espanha, e tudo bem para os merengues. Incomodar os adversários talvez seja mesmo a ideia e o propósito de um time. Não é um crime o que o Flamengo está fazendo ao tentar ser hegemônico, brigando sempre para ter as melhores cotas de TV. Crime, mesmo que não seja doloso, foi a morte dos dez garotos no CT do clube. O caso, que revoltou todo o país em 2019, voltou à tona agora porque, como mostra matéria do UOL, um engenheiro contratado pelo Flamengo acusou Reinaldo Belotti, o CEO flamenguista, de ter adulterado a cena do local em que os jovens atletas morreram para impedir a perícia de descobrir uma possível negligência no Ninho do Urubu, O clube carioca, em nota oficial, negou que isso seja verdade, mas o fato é que até agora ninguém foi de fato responsabilizado por aquela tragédia nas dependências do Flamengo. Será que não há mesmo culpados pela morte dos meninos? Essa é uma pergunta que deve ser dada devidamente à sociedade. A diretoria rubro-negra não lidou da melhor forma, desde o início, com esse triste caso. Não sei bem como estão todas as famílias das vítimas e a luta deles por justiça. Não é só uma questão financeira, de pagar uma quantia e está tudo certo. Tem a necessidade de identificar eventuais culpados e também um lado moral. Muita gente, com clubismo (o que é deplorável nessas horas também) ou sem clubismo, vê o Flamengo, como um todo, como o responsável pela tragédia. Isso, creio, contribua ainda mais para essa rejeição recorde que vemos no país agora. Meu pai costuma dizer que o futebol é cíclico, que clubes de futebol vivem como em uma roda gigante, uma hora estão por cima e outra estão por baixo. Na era Pelé, o Santos era o time dominante do país também por ter muito investimento, tanto que manteve o Rei por muito tempo e ainda contratava outros craques, como Carlos Alberto Torres. O Santos atual tem um de seus piores elencos da história, vem de três anos seguidos sem avançar ao mata-mata do Paulista e vai brigar mais uma vez para não cair no Campeonato Brasileiro, o que tem virado rotina. O Flamengo, neste mesmo século em que estamos, brigou mais de uma vez para não cair e ganhou fama de mau pagador. Hoje, está em uma situação invejável que o permite ser favorito em tudo, inclusive em ser o favorito na torcida contra de todos os não-flamenguistas. mais posts Loading

Quem rebaixou a Portuguesa em 2013?

O técnico Guto Ferreira abriu o jogo sobre o Caso Héverton, que rebaixou a Portuguesa no Brasileirão de 2013.

Quantas vezes o Liverpool já foi rebaixado?

Da redação do RJ Lance!* • Rio de Janeiro (RJ) Publicada em 28/08/2023 – 19:14 Atualizada em 29/08/2023 – 11:34 Da redação do RJ Lance!* • Publicada em 28/08/2023 – 19:14 • Rio de Janeiro (RJ) Atualizada em 29/08/2023 – 11:34 Desde de seu começo em 1888, o Campeonato Inglês não conta com nenhum time que nunca foi rebaixado para a segunda divisão.

Mas após a criação da Premier League em 1992, apenas seis times jogaram todas as edições da liga que comanda o futebol europeu. Com o novo formato, apenas Arsenal, Brighton, Chelsea, Everton, Liverpool, Manchester United e o Tottenham nunca caíram para a Championship. O Brighton é o mais novo desta lista após subir para a Premier League pela primeira vez na temporada 17/18 e até agora sem ser rebaixado.

O Arsenal é o time que está a mais tempo na primeira divisão, seu último rebaixamento ocorreu em 1913 e voltou em 1919, desde então, segue firme na elite do futebol inglês. Em segundo vem o Everton, que desde 1954 segue no primeiro escalão do futebol, que é seguido pelo seu maior rival, o Liverpool, os Reds não são rebaixados desde 1962.

Qual time do Brasil tem todos os títulos?

O líder do ranking é o Palmeiras, com 17 conquistas.

Qual é a melhor torcida do Brasil?

Datafolha: Flamengo segue com a maior torcida do Brasil – ESPN 26 de ago, 2023, 11:49 O segue como o clube de maior torcida do Brasil, com 21%, apontou nova pesquisa Datafolha divulgada na noite dessa sexta-feira (25). Com o resultado, o time rubro-negro manteve a vantagem de 6% verificada no último levantamento do instituto sobre o segundo colocado, que continua sendo o (15%). Além de todo o conteúdo ESPN, com o Combo+ você tem acesso ao melhor do entretenimento de Star+ e às franquias mais amadas de Disney+. Assine já! E embora esteja dentro da margem de erro em relação ao estudo de quatro anos atrás, esta porcentagem da equipe carioca é a maior já atingida desde o início da série histórica feita pela empresa, em 1993.

O resultado foi obtido a partir de 7.597 pessoas entrevistadas, a partir de 16 anos de idade, entre os dias 31 de julho e 7 de agosto em 169 cidades do país. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. Em terceiro lugar, fechando um eventual pódio, aparecem juntos os rivais e, cada um com 7%.

Embora também dentro da margem de erro, vale destacar que em 2019 o clube tricolor foi terceiro colocado sozinho, com 8%, com o time alviverde aparecendo em quarto, também de forma isolada, com 6%., e vêm na sequência, com 4% cada; o tem 3%;,, e têm 2% cada;,,, e aparecem com 1% cada.

Quantas vezes o Bayern de Munique foi rebaixado?

22 May, 2021 O título já estava definido, assim como os classificados à Uefa Champions League, mas isso não tornou a rodada final da Bundesliga menos emocionante. Robert Lewandowski se isolou como recordista de gols em uma edição do campeonato ao marcar seu 41º, superando os 40 de Gerd Müller em 1971-72. Lewandowski superou a lenda Gerd Müller EFE Além disso, o Union Berlin, que faz sua segunda temporada na história na elite, ganhou do vice-campeão RB Leipzig de virada por 2 a 1 para confirmar o sétimo lugar e a classificação à Uefa Europa Conference League.

Já na parte inferior da classificação, o Werder Bremen levou 4 a 2 do Borussia Mönchengladbach, caiu para a penúltima colocação e irá disputar a segunda divisão pela segunda vez em sua história – a outra foi em 1980-81, há 40 anos. Dessa forma, o Werder não será mais um recordista isolado em participações na Bundesliga, já que o time esteve em 57 das 58 edições do campeonato.

O clube será alcançado pelo Bayern de Munique, que chegará a 57 na próxima campanha. Embora o recordista de títulos na competição nunca tenha sido rebaixado, ele estava fora da elite nas duas primeiras edições da Bundesliga. O Bayern chegou à primeira divisão noa era Bundesliga em 1965-66. Milot Rashica sai desolado de campo após o rebaixamento do Werder Bremen na Bundesliga Joosep Martinson/Getty Images Ou seja, teremos clássico do norte da Alemanha na próxima 2. Bundesliga, além da presença de quatro dos times mais tradicionais do país.

Na próxima edição da segunda divisão haverá a presença de: – Nuremberg (2º maior campeão nacional com 9 títulos) – Schalke 04 (4º maior campeão nacional com 7 títulos) – Hamburgo (5º maior campeão nacional com 6 títulos) – Werder Bremen (8º maior campeão nacional com 4 títulos) O Colônia, detentor de três taças do campeonato nacional, entre elas a da primeira edição da Bundesliga, ainda tentará evitar a queda.

Ao vencer o Schalke por 1 a 0 neste sábado, o time subiu para a 16ª colocação e jogará um playoff contra Bochum, Holstein Kiel ou Greuther Fürth. Ator Terence Hill recebe camisa do Borussia Dortmund e faz agradecimento especial a Haaland: ‘O melhor de todos’ André Donke 11 Aug, 2023 A novela Harry Kane está com os dias contados. A caminho do Bayern de Munique após 19 anos no Tottenham, o atacante está prestes a completar uma transferência em que todo mundo sai ganhando: os dois clubes e o atleta. Para o Tottenham, é a quantia que pode chegar até a 120 milhões de euros por um jogador que teria a possibilidade se assinar um pré-contrato e sair de graça em menos de cinco meses.

É verdade que Kane já está estabelecido como um dos maiores ídolos da história dos Spurs e, mesmo com todo esse dinheiro, será difícil encontrar um substituto para o atleta, líder e símbolo de um clube que tem tido dificuldade em alcançar o objetivo de figurar no topo do futebol inglês e europeu. Apesar disso, com o não desejo de renovação do seu capitão, o Tottenham fica sem ter muito o que fazer, e é bem mais válido pensar na saída de Kane um ano antes cheio de dinheiro no bolso do que arriscar perdê-lo de graça, sem contar no risco de ele assinar com um concorrente interno, que não é o caso do Bayern,

Por falar no clube alemão, ainda que pague um valor recorde para a Bundesliga em um jogador que já tem 30 anos, é um investimento muito válido para alguém que vive o auge da carreira em termos técnicos, além de suprir a grande carência do time na última temporada.

  • Eric-Maxim Choupo Moting foi uma grata surpresa em 2022-23 ao marcar 17 gols em 30 jogos, mas ainda representou uma substituição bem distante do nível de um Robert Lewandowski.
  • A caminho do Bayern de Munique, Harry Kane anotou 30 gols na Premier League e foi o artilheiro do Tottenham na temporada; VEJA todos Mais do que os gols de alguém que chega como maior artilheiro da história do Tottenham, da seleção inglesa e segundo maior da Premier League, Kane entrega também a qualidade de gerar espaço para quem vem de trás e de lado, algo que pode fluir muito bem em um elenco com nomes como Serge Gnabry, Leroy Sané e Jamal Musiala.

Além disso, será muito interessante observar a relação com Thomas Müller, um dos melhores do mundo sem a bola: a leitura de jogo do alemão pode casar perfeitamente com a movimentação do inglês. Por fim, para Kane, a ida a Munique lhe dá grandes chances de conseguir o que mais carece em seu currículo: títulos.

  • Ele já jogou final de Champions League, final de Eurocopa, semifinal de Copa do Mundo, foi vice-campeão da Premier League, da Copa da Liga, mas nunca ergueu uma taça, algo incompatível para o nível de seu futebol.
  • Atuando no atual decacampeão da Bundesliga, o Bayern não oferece apenas a grande possibilidade de taças nacionais.

Afinal, os bávaros estiveram nas quartas de final em 11 das últimas 12 edições da Champions League, chegando em sete semifinais e três decisões, com dois troféus conquistados. Quem também pode ganhar (ou perder) nesta transferência é a própria Bundesliga, uma vez que a liga ficou sem o brilho de uma estrela do nível de Harry Kane após as saídas de Lewandowski e Erling Haaland.

  1. A chegada de Sadio Mané até poderia levantar essa possibilidade, mas definitivamente não foi o caso, com o ex-atacante do Liverpool se transferindo ao Al-Nassr após um ano na Alemanha.
  2. Por outro lado, aumenta o risco de a hegemonia do Bayern ser ainda maior e manter o campeonato não tão atrativo para quem deixa de acompanhá-lo por esse motivo.

É óbvio que existe risco em toda contratação, seja por encaixe de jogo, adaptação ao país, entre outros motivos. Porém, o novo capítulo de Harry Kane tem tudo para ser bem-sucedido para ele, para o Bayern e talvez até para a Bundesliga. Enquanto isso, o Tottenham chora a saída de um ídolo, mas sem qualquer risco de vê-lo em um rival e com o cofre cheio para enxugar as lágrimas, algo que seria bem diferente no ano que vem. Harry Kane em ação pelo Tottenham Clive Rose/Getty Images André Donke 10 Aug, 2023 Depois de nove anos seguidos na elite com um dos títulos mais impactantes da história do futebol, o Leicester City dá início a um novo capítulo na temporada 2023-24. O rebaixamento na Premier League veio seguido pela saída de boa parte de seus principais jogadores, com as vendas de James Maddison e Harvey Barnes, além do fim de contrato de Youri Tielemans, Caglar Soyuncu, Daniel Amartey e Jonny Evans.

Com investimentos mais modestos para o padrão de um clube inglês – sobretudo de um que estava há semanas na Premier League – e com só dois remanescentes do título de 2015-16 (Marc Albrighton e Jamie Vardy), o Leicester aposta em uma nova identidade de jogo, arquitetada por Enzo Maresca, que deixou o cargo de auxiliar do Manchester City para virar treinador principal dos Foxes.

“O clube é ambicioso, eu sou ambicioso também, os jogadores também. Nós todos queremos o mesmo objetivo, subir. Mas não é um A, B, C, é algo mais dinâmico. Meu sentimento sobre o clube é que ninguém coloca pressão em mim para ser promovido”, disse o italiano na entrevista da última sexta-feira, dois dias antes da vitória sobre o Coventry City por 2 a 1, em casa, pela estreia na Championship.

O triunfo veio de forma suada, com gols de Kiernan Dewsbury-Hall aos 32 e 42 minutos do segundo tempo, após os mandantes terem saído atrás no placar logo na volta do intervalo. Pouco antes da virada, os donos da casa ainda levaram uma bola na trave. O que não ficou tão apertado foi a diferença da posse de bola, uma vez que o Leicester teve 64,9%, uma marca acima de qualquer um dos 38 jogos que fez na última edição da Premier League.

Apesar de se referir a apenas um jogo, o número não parece indicar uma casualidade. Assim como os 74% no triunfo por 2 a 0 sobre o modesto Burton Albion pela Copa da Liga Inglesa nesta quarta-feira, não parece ser algo que tenha ocorrido somente pela diferença técnica diante de um time que foi 15º colocado na 3ª divisão em 2022-23. Enzo Maresca durante partida do Leicester City Plumb Images/Leicester City FC via Getty “Eu tive sorte, eu trabalhei sob o comando de Ancelotti, Lippi, Manuel Pellegrini, todos treinadores fantásticos, mas em termos de entendimento do jogo, Pep teve 100% de impacto em mim”, afirmou à Sky Sports.

  1. Ajuda ter trabalhado com estes tipos de pessoa.
  2. Você aprende coisas e no fim você cria sua própria ideia como técnico e pessoa”, disse Maresca, que ainda destacou como foi influenciado pelo atual comandante do Manchester City, com quem ele também se parece fisicamente.
  3. A primeira ideia nasceu provavelmente quando eu encarei o Barcelona do Pep Guardiola como jogador.

Foi a primeira vez que eu percebi que alguma coisa diferente tinha acontecido e eu estava curioso para entender, então eu comecei a analisar jogos e a partir dali tirar coisas de diferentes treinadores. No final, você cria sua própria ideia.” Bebendo de diferentes fontes, Maresca já deu mostras de como seu Leicester é influenciado pelo período do técnico italiano em Manchester.

O gol que abriu o placar diante do Burton é um belo exemplo disso. Raio-x do golaço do Leicester: veja jogada que culminou com pintura de calcanhar pela Copa da Liga Inglesa Além do percentual alto de posse nos dois primeiros jogos e da troca de passes envolvente, os Foxes apresentaram algumas questões táticas semelhantes com o que Guardiola tem feito no City.

Como destacado em matéria do site The Athletic, o lateral-direito Ricardo Pereira funcionou como volante no momento em que a equipe iniciava suas jogadas, enquanto o lateral-esquerdo Callum Doyle (que foi comandado por Maresca na base do City) formava uma linha de três com os zagueiros Jannik Vestergaard e Wout Faes.

  • O mesmo ocorreu no jogo da Copa da Liga, com a entrada do volante Hamza Choudhury improvisado na lateral-esquerda e saindo como volante quando o time iniciava a posse.
  • Já o lateral-direito James Justin fechava uma linha de três.
  • Assim como os laterais do City não são os jogadores de buscar a linha de fundo, o mesmo ocorreu com o Leicester.

No duelo com o Burton, por exemplo, Marc Albrighton subia pelo lado direito (deu a assistência por ali no primeiro gol) e Wany Marçal partia pela esquerda. É muito cedo para falar que o Leicester manterá esse perfil ao longo da temporada, e ainda mais para dizer se vai dar certo ou não, mas certamente é uma de tantas histórias interessantes do futebol inglês em 2023-24.

  1. A carreira de Maresca Embora tenha passado pela base de Milan e Cagliari, sua estreia como atleta profissional foi na Inglaterra pelo West Bromwich.
  2. O ex-meio-campista foi campeão italiano com a Juventis e faturou Copa do Rei e duas edições da Copa da Uefa com o Sevilla.
  3. Já na função, treinou Ascoli e Parma e foi auxiliar de Manuel Pellegrini no West Ham.

Em duas passagens pelo City, foi campeão da Premier League 2 na base e ainda compôs a comissão técnica de Guardiola. Leicester vence o Burton Albion e avança na Copa da Liga Inglesa; VEJA melhores momentos André Donke 02 Aug, 2023 Gianluigi Buffon anunciou nesta quarta-feira a sua aposentadoria do futebol, aos 45 anos, colocando ponto final em uma das maiores trajetórias de um goleiro já registradas na história. O ponto principal para isso não é “simplesmente” o fato de ter atingido o topo, mas o tempo em que se manteve por lá.

  1. Não à toa, participou de cinco Copas do Mundo e poderia ter sido o único homem a disputar seis, caso a Itália não tivesse ficado de fora da edição de 2018.
  2. Por falar em seu país, ele somou 176 jogos e é o recordista, justamente por uma das seleções mais concorridas do mundo, ainda mais quando o assunto é goleiro.

Quem mais se aproxima dele é Fabio Cannavaro, com 40 partidas a menos. Adeus, Buffon! Ex-goleiro anuncia aposentadoria do futebol; relembre trajetória do italiano Reserva no Mundial de 1998, Buffon logo mostrou ser fora da curva, a ponto de ser contratado pela Juventus junto ao Parma em 2001 por um valor recorde para goleiros, marca que permaneceria por mais de 15 anos.

Da sua ida à Turim ao prêmio recebido como melhor goleiro do mundo pela Fifa em 2017 (após ter sido titular no vice da Champions League), houve um intervalo de 16 anos. Muitos de seus grandes adversários na posição já tinham parado, e ele adquiriu novos rivais na disputa de quem era o melhor camisa 1 naquele momento.

Oliver Kahn, Edwin van der Sar, Iker Casillas, Dida, Petr Cech. foram inúmeros goleiros brilhantes que atuaram no século 21, mas nenhum seguiu por tanto tempo no topo como Buffon, que teve aos 40 anos a sua última temporada como titular em um nível mais alto.

Depois passou por PSG sem se destacar, retornou à Juventus como reserva e se aposenta após dois anos como titular jogando a segunda divisão pelo Parma. Não enxergo um goleiro maior que Buffon entre as traves no século 21. Uma boa discussão é o quanto Manuel Neuer, com o fato de ter influenciado fortemente a mudança na posição com sua qualidade absurda para sair (muito) da área e de jogar com os pés, atrelado a sua longevidade em alto nível, pode rivalizar com o italiano.

Por outro lado, é de certa forma injusto cobrar de Buffon um recurso que só veio a ser mais desenvolvido já com ele em um momento mais avançado da carreira. Fica aberta a discussão. Gianluigi Buffon em ação pela Itália EFE/EPA/GEORGI LICOVSKI Outro ponto a se destacar é que toda essa longevidade e recorde pela Itália não seriam tão impactantes caso Buffon não tivesse tido uma carreira tão vitoriosa, sendo importante no título mundial da Itália e conquistando dez vezes o Campeonato Italiano com a Juventus (um número recorde de troféus para um único jogador na liga), conta que não inclui os dois títulos cassados em meio ao escândalo de manipulação de resultados.

  1. O camisa 1, aliás, poderia ter se mantido na elite e conquistado ainda mais troféus, caso não tivesse permanecido na Velha Senhora para a disputa da Série B 2006-07 e participado da redenção do clube, que só voltaria a ser campeão da primeira divisão em 2011-12.
  2. Além disso, o amargor de quatro vices mostra o quão perto ele chegou de ser ainda mais lendário: foram três derrotas em finais de Champions como titular da Juve e uma na decisão da Eurocopa com a Itália.

Esses reveses, no entanto, não impedem Buffon de pendurar as luvas hoje e ir direto para o olimpo dos goleiros na história do futebol mundial. Mais de mil partidas, Copa do Mundo e mais: os números de Buffon no futebol André Donke 02 Aug, 2023 O empate por 0 a 0 com a Jamaica nesta quarta-feira determinou a eliminação do Brasil na fase de grupos da Copa do Mundo feminina, algo que não acontecia desde 1995. Porém, é importante enfatizar que resultado em si é bem mais catastrófico do que a realidade desta equipe.

  • Hoje, há dois aspectos para se analisar o trabalho de Pia Sundhage, há quatro anos como técnica da equipe: o processo da Copa do Mundo e o desempenho na competição em si.
  • E as avaliações são opostas entre si.
  • É bem verdade que a treinadora sueca tem contribuído para uma reformulação no futebol brasileiro feminino, uma boa integração com a seleção sub-20 e empolgou a torcida meses antes da Copa ao alcançar em abril os resultados mais destacados de toda sua passagem ao empatar com a Inglaterra na Finalíssima e ganhar da Alemanha.

Ponto. Essa parte foi totalmente contrastada com o que aconteceu nos últimos dias na Austrália, onde a seleção fez uma Copa bem abaixo do esperado, muito por conta de sua treinadora, mas sem eximir a responsabilidade de quem esteve em campo. Ainda que o Panamá fosse um adversário frágil, a estreia foi positiva, com uma atuação dominante e boa qualidade no jogo, mesmo concentrando muito pelo lado esquerdo, de onde saíram os quatro gols da partida.

A partir daí, a situação mudou drasticamente. A postura passiva diante da França foi muito impactante. Não fosse Lelê no gol, o Brasil teria saído com um placar bem mais adverso do que o 1 a 0 no intervalo. As linhas estavam muito espaçadas, e a seleção não conseguiu competir, sendo sufocada pela rival desde o início, com enorme dificuldade para sair da marcação alta e sem conseguir replicá-la na fase defensiva.

O gol de Debinha, em uma rara boa jogada da equipe canarinho no sábado, mudou a dinâmica do jogo e fez o Brasil melhorar. Porém, tudo foi por água abaixo com um gol sofrido de forma inaceitável. Todo mundo sabe da força aérea de Wendie Renard na bola parada.

  1. Se você sofre um gol dela tentando limitar todas as possibilidades da zagueira, é uma coisa, mas definitivamente não foi o caso.
  2. Com toda defesa olhando a bola, Renard teve liberdade para cabecear na segunda trave sem nem precisar pegar impulso.
  3. A atuação apática poderia ter sido superada depois de uma reação com o gol de Debinha, mas uma falha muito criticável definiu a derrota por 2 a 1.

Um combo de erros da treinadora e do time. O resultado até acabou sendo dentro do esperado, o problema maior foi de que forma ele se construiu. Em despedida das Copas do Mundo, Marta se emociona com a eliminação do Brasil; VEJA reações da camisa 10 Já nesta terça-feira, a questão diz respeito a resultado e desempenho.

  • Como esperado, o Brasil controlou territorialmente com quase 72% de posse e teve mais volume de jogo (18 a 3 nas finalizações), mas esses números não são argumentos para justificar uma boa atuação.
  • Com muitos erros de passes, concentração do jogo pelo lado esquerdo e demora em soltar a bola em muitas oportunidades, a equipe de Pia ficou travada por uma Jamaica que claramente veio com a postura de só se defender.

E que se registre o mérito da Jamaica, que obteve enrome sucesso com sua estratégia: nenhum gol sofrido na fase de grupos, um gol marcado, seis finalizações no alvo e classificação inédita às oitavas em um grupo com duas seleções do top 10 do ranking da Fifa.

  1. Na volta do intervalo, a técnica fez uma mudança.
  2. Bia Zaneratto precisava entrar e entrou, já que podia dar mais estatura para um Brasil que explorava o jogo aéreo, assim como para ser alguém para ajudar a construir em uma defesa fechada e com qualidade para trabalhar de pivô – o jogo forçou muito que Marta recebesse a bola de costas para o gol de forma constante.

No entanto, essa seria a única mudança até os 36 minutos do segundo tempo. Uma demora tremenda para uma equipe que não evoluiu na segunda etapa e que, com o tempo, até viu a Jamaica conseguir segurar um pouco mais a bola. Os erros de passes, a falta de exploração do lado direito, a demora e os erros em tomadas de decisão fizeram com que o Brasil ficasse no 0 a 0 e sequer tenha forçado a goleira Rebecca Spence a realizar uma grande defesa. Tamires e Bia Zaneratto lamentam eliminação do Brasil na Copa do Mundo feminina EFE/EPA/JOEL CARRETT É inegável a necessidade de maiores investimentos e de maior profissionalismo no futebol feminino do Brasil, e se precisa bater nessa tecla frequentemente.

Porém, isso não impede que se critique o desempenho de um Brasil que esteve abaixo técnica, psicológica e taticamente nesta Copa do Mundo. Aliás, se podemos fazer críticas aos aspectos do jogo de forma justa é uma demonstração de que houve evolução do cenário atual da modalidade. Outro aspecto para se ressaltar é que a realidade da seleção está longe de terra arrasada.

Além disso, há equilíbrio na idade do elenco – são 17 jogadoras com no máximo 30 anos, sendo que 13 delas terão no máximo 30 anos na próxima Copa do Mundo. A qualidade deste trabalho existe, mas não foi demonstrada na Austrália e na Nova Zelândia por diferentes pontos que devem ser discutidos e criticados.

Temos um processo que precisa ser valorizado sob o comando de Pia, que vai além das quatro linhas e que conta com um bom entendimento com as atletas (Marta chegou a falar no melhor ambiente que teve em uma seleção em Copa do Mundo) e a busca por um time menos refém de individualidades. Porém, há também muitas críticas às escolhas neste Mundial e ao desempenho do time dela nos grandes torneios – e aqui entra os Jogos Olímpicos de 2020 e a Copa América de 2022.

Relembre as outras vezes em que o Brasil caiu na fase de grupos em Copas do Mundo feminina André Donke 24 Jul, 2023 A seleção brasileira iniciou sua trajetória na Copa do Mundo com uma atuação consistente. Ainda que deva se levar em conta a diferença da qualidade entre as duas equipes, a goleada por 4 a 0 sobre o Panamá tem pontos positivos a serem destacados, além, é claro, do desempenho individual impressionante de Ary Borges.

Até esta segunda-feira, a atuação de Yui Hasegawa no 5 a 0 do Japão sobre a Zâmbia era a mais destacada deste Mundial, mas a meio-campista brasileira a superou com seu hat-trick e a assistência espetacular para Bia Zaneratto. Chamou atenção o posicionamento mais à direita dela, enquanto Kerolin ficou mais centralizada e dando muito equilíbrio ao meio de campo – não à toa ela foi a líder em recuperações de bola na partida, com 14.

Luana também fez um grande jogo. Ary Borges comemora após marcar para o Brasil sobre o Panamá Thais Magalhães/CBF Como o Brasil concentrou a criação pela esquerda com a aproximação de Tamires (número 6) e Adriana (11), Ary Borges (17) saía muito da direita para infiltrar na área. A combinação pelo lado esquerdo fica evidente na distância que Ary Borges teve em relação à Antônia (2) na posição média das atletas em campo ao longo da partida (veja a imagem abaixo). Mapa de posicionamento do ataque do Brasil contra o Panamá TruMedia Indo além da atuação de Ary Borges, o Brasil chamou atenção pela qualidade no seu ‘perde-pressiona’. Foram 92 bolas recuperadas, sendo 75 no campo de ataque – ambos os melhores índices registrados até o momento nesta edição do Mundial.

Outro aspecto relevante na partida foi a movimentação das atacantes saindo constantemente da área para gerar espaço e arrastando a defesa. No primeiro gol, Debinha aparece na ponta esquerda para cruzar, e Bia Zaneratto se movimenta na primeira trave e Ary Borges se aproveita da desatenção de sua marcadora.

É claro que nos dois pontos acima mencionados pesa a fragilidade do Panamá, mas não tira o mérito da organização da equipe de Pia Sundhage, que superou o peso da estreia com louvor. O placar até poderia ter sido maior para uma seleção que teve 71,8% de posse de bola e 31 finalizações, mas que em alguns momentos demorou na definição das jogadas, nada que tirasse o brilho do desempenho brasileiro. André Donke 17 Jul, 2023 A última sexta-feira ficou marcada pela surpreendente saída de Dusan Tadic do Ajax, após pedido do próprio jogador, que tinha mais um ano de contrato e já assinou com o Fenerbahce, O atacante de 34 anos passou os últimos cinco em Amsterdã, onde construiu uma história digna de um ídolo, até mesmo para um dos maiores clubes do mundo.

Em um contexto em que o Ajax já não ocupa mais o protagonismo europeu de outras décadas, o time ficou a detalhes de ir à final da Uefa Champions League em 2018-19, não fosse uma atuação épica de Lucas Moura no jogo de volta da semi contra o Tottenham. Tadic fez uma competição primorosa com seis gols e quatro assistências e ainda recebeu uma rara nota 10 do jornal L’Équipe na goleada por 4 a 1 sobre o Real Madrid, em pleno Santiago Bernabéu, pela volta das oitavas de final.

Na mesma temporada, seria fundamental na dobradinha do Ajax em solo nacional e ficaria em 20º na lista da Bola de Ouro, embora merecesse uma posição mais acima na lista. Dusan Tadic com a camisa do Ajax Getty Images A campanha de 2018-19 foi a mais emblemática, mas os cinco anos do sérvio na Johan Cruyff Arena foram de muita regularidade e entrega. Não à toa, esteve em campo em todas as 161 partidas que o Ajax fez no Campeonato Holandês no período, sendo titular 158 vezes.

Foram 77 gols marcados neste intervalo, 14 a mais do que qualquer outro, além de 81 assistências distribuídas – quem mais se aproximou foi Steven Berghuis, com 52. O camisa 10 deixa o clube com seis taças, sendo três na Eredivisie e algumas delas na condição de capitão. Ele jogou como centroavante e como ponta ao longo de sua passagem e foi uma peça fundamental para que o Ajax, além das conquistas, praticasse um futebol vistoso na maior parte do tempo em que esteve por lá, sobretudo sob o comando de Erik ten Hag.

Com 105 gols em 241 jogos por todas as competições, Tadic foi artilheiro da liga nacional em 2018-19, mas chamou mais atenção pela capacidade de criação, sendo o garçom da competição em 2020-21 e 2021-22. As taças, os números, uma campanha memorável na Champions e a liderança construíram uma belíssima história do sérvio pelo Ajax, e a identificação do jogador com o clube também criou raízes fortes, como ficou nítido em sua despedida. André Donke 14 Jul, 2023 Apesar da frustração de flertar com o título da Premier League e acabar como vice-campeão, é inegável a boa temporada realizada e a evolução do Arsenal de Mikel Arteta. E a tendência é de um time cada vez mais forte, não só pelo maior entrosamento do elenco, a maturidade adquirida por um elenco jovem, a chance de retornar à Uefa Champions e agora também pelo mercado que tem feito.

É verdade que são só duas contratações, mas são dois jogadores que qualificam demais o time titular, além de darem maior variedade ao seu treinador. O Arsenal que encantou na temporada 2022-23 tratava-se de ume titular muito bom, mas sem tantas opções para rodar o elenco e manter o mais alto nível para uma equipe que irá voltar a disputar uma Champions.

Vale destacar, no entanto, que o time soube lidar muito bem com contratempos como a lesão de Gabriel Jesus, mas a tarefa seria bem mais complicada para uma campanha que terá um calendário significativamente mais pesado. As chegadas de Jorginho e Leander Trossard no meio da campanha 2022-23 fizeram os Gunners passarem a ter ’13 titulares’, embora o número tenha sido reduzido com a saída recente de Granit Xhaka – de qualquer forma, o saldo deve acabar ficando bem positivo com o esperado anúncio de Declan Rice,

Agora, os 13 titulares viram 15 com as chagadas de Kai Havertz e Jurrien Timber. O primeiro chega com o histórico de fazer um gol de título de Champions, ser já experiente apesar dos 24 anos, um dos nomes mais talentosos da atual geração alemã e com condições de jogar em qualquer uma das quatro posições na frente.

Tem tudo para encaixar facilmente no time de Arteta. Jurrien Timber assina contrato com o Arsenal David Price/Arsenal FC via Getty Images Já nesta sexta-feira foi a vez do anúncio de Jurrien Timber, um zagueiro de 22 anos que também entrega enorme versatilidade, já que pode atuar nas duas laterais e como volante, graças a sua enorme qualidade na saída de bola, característica que casa com o estilo de jogo do Arsenal.

Com mais de 100 jogos pelo Ajax, o defensor virou titular ao longo da temporada 2020-21 e foi nome incontestável do time holandês nas duas últimas temporadas, inclusive sendo eleito o melhor jogador da Eredivisie 2021-22. Com ele, os Gunners ganham mais qualidade técnica e versatilidade em uma defesa que já foi a terceira melhor da Premier League passada.

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Com (provavelmente) Rice de volante e Ben White na lateral direita, Timber pode permitir que Arteta alterne peças dentro de um mesmo jogo constantemente. É claro que não existe nenhuma garantia de título para qualquer clube, ainda mais para um que compete no futebol inglês, mas o Arsenal está fazendo contratações dignas do crescimento que tem apresentado nos últimos anos. André Donke 17 Jun, 2023 Ildefons Lima entrou já nos minutos derradeiros na derrota de Andorra para a Suíça por 2 a 1, nesta sexta-feira, pelas eliminatórias para a Eurocopa de 2024, O fato de o zagueiro de 43 anos não ter tido tempo para muita coisa não muda a história impressionante que segue escrevendo.

São praticamente 26 anos de distância desde sua estreia pela seleção principal, em 22 de junho de 1997, quando a Andorra perdeu para a Estônia por 4 a 1, inclusive com um gol marcado pelo defensor com então 17 anos de idade. De acordo com o site da Fifa, ele é responsável pela carreira mais longa por uma seleção no futebol masculino.

Dos 198 jogos que Andorra disputou, Ildefons Lima esteve em campo em 135. Logo, não é de surpreender que seja o recordista em partidas pela seleção, assim como o artilheiro (11 gols), mesmo sendo zagueiro. A partida contra a Suíça foi a primeira dele pela seleção desde 10 de junho de 2022, quando também entrou nos minutos derradeiros da vitória sobre Liechtenstein. Ildefons Lima, de Andorra, durante jogo contra a Inglaterra em Wembley, em 2021 Getty O zagueiro, nascido em Barcelona e que irá completar 44 anos em dezembro, defendeu na última temporada pela equipe B do FC Andorra, clube que pertence a Gerard Piqué e cujo time principal subiu da terceira para a segunda divisão em 2021-22, conseguindo um honroso sétimo lugar na campanha recém-terminada.

Antes disso, chegou a disputar as fases preliminares da Uefa Champions League e Conference League pelo Inter Club d’Escaldes no começo da temporada 2022-23. Entre tantas partidas disputas com a seleção, Ildefons teve a chance de encarar o Brasil em amistoso de preparação final para a Copa de 1998. A equipe treinada por Zagallo venceria por 3 a 0 no jogo disputado no começo de junho, com gols de Giovanni, Rivaldo e Cafu.

Mais recentemente, ele foi titular nos dois confrontos disputados em 2019 contra a França, então campeã do mundo, pelas eliminatórias para a Eurocopa de 2020. O zagueiro foi capitão e jogou os 90 minutos em ambos os duelos. Com o seu lendário jogador ainda no grupo, a Andorra voltará a campo na segunda-feira, quando visita Israel, às 15h45 (de Brasília). André Donke 15 Jun, 2023 No mesmo dia em que o Real Madrid confirmou a contratação de Jude Bellingham, o Sunderland anunciou a chegada de Jobe, irmão dele. Aliás, na apresentação do nome mais famoso da família na Espanha nesta quinta-feira, o caçula esteve presente ao lado dele no gramado do Santiago Bernabéu, como o próprio Jude deixou registrado em seu Instagram.

Aos 17 anos, Jobe é meio-campista como Jude, de 19, e foi formado no Birmingham, mesmo clube que seu irmão mais velho iniciou a trajetória, inclusive tendo a camisa 22 aposentada, antes de sua passagem de três temporadas pelo Borussia Dortmund, Ainda que não na mesma proporção que Jude, o Bellingham mais novo também tem um início promissor no futebol.

Ele estreou pelo time principal do Birmingham no começo de 2022, com 16 anos de idade, e atuaria três vezes na temporada passada, sempre saindo do banco de reservas. Família Bellingham durante evento em 2021 Getty Images Já na atual campanha, Jobe esteve em campo 22 vezes na Championship, competição em que sua equipe terminou na 17ª colocação. Foram cinco jogos como titular na competição, sendo quatro deles nas quatro rodadas finais.

Além disso, também iniciou uma partida da Copa da Liga, totalizando 26 jogos, sem gols ou assistências. Podendo atuar em diferentes funções do meio de campo – e até foi improvisado no ataque -, Jobe fechou a temporada mais como um meia ofensivo central. Nas quatro rodadas finais, em que ele foi titular pelo Birmingham, o jovem criou quatro chances, mais do que qualquer outro nome do elenco no período.

Além disso, mostrou muita contribuição sem a bola ao fazer cinco desarmes (um a menos do que o líder do elenco neste intervalo) e ser o terceiro em duelos vencidos, com 22 – média de 5,5 por partida. Em meio a essa sequência, o atleta de 17 anos também se estabeleceu na Inglaterra sub-18, tendo atuado nos últimos nove jogos da seleção (iniciando seis deles).

  1. Agora, Jobe deixa o Birmingham, clube que defendeu nos últimos nove anos, e vai a um clube que quase subiu à Premier League.
  2. Logo em sua primeira temporada após subir da terceira divisão, o Sunderland ficou na sexta colocação e caiu para o Luton Town na semifinal dos playoffs.
  3. Longe dos holofotes sob os quais jogará Jude com a camisa do Real Madrid, o irmão mais novo dele terá na segunda divisão inglesa a oportunidade de dar a sequência em sua promissora carreira.

Novo camisa 5 do Real Madrid, Bellingham diz que está ‘muito feliz’ em herdar o número histórico de Zidane André Donke 10 Jun, 2023 Santos de Pelé, Real Madrid de Puskás, Milan de Arrigo Sacchi, Barcelona de Pep Guardiola, entre outros. O Manchester City de Pep Guardiola confirmou a entrada no grupo de maiores times da história do futebol ao conquistar a Champions League de forma inédita, superando a Inter de Milão por 1 a 0 neste sábado (10) em Istambul, na Turquia.

Já ressalto que o foco deste texto não é apontar qual é o maior entre estes mencionados e outros que também poderiam ser, mas sim em enaltecer o nível de futebol que esta equipe alcançou, assim como o tamanho da história que escreveu. Esta equipe pratica há anos o melhor futebol do mundo e consolidou uma hegemonia no maior campeonato de clubes do mundo, que tem uma concorrência mais pesada a cada ano.

Em uma Premier League com um ‘Big 6′ estabelecido, o City ganhou cinco das últimas seis edições, somando pelo menos 89 pontos em quatro delas. Jogadores do Manchester City comemoram gol marcado diante da Inter de Milão na final da Champions Getty Images Guardiola viu seu time ganhar mais repertório com uma defesa mais alta. E com a chegada de Erling Haaland, dono de 52 gols e nove assistências em 53 jogos, a equipe soube explorar um jogo mais vertical quando necessário.

Com o norueguês, melhor jogador da temporada 2023/2024, o time não ganhou ‘só’ meia centena de gols, ganhou também muito mais repertório. O técnico mudou um time que chegou a oscilar ao longo da temporada, algo impensável para o padrão que tem tido desde que ele assumiu, mas encontrou soluções rapidamente, a ponto de alcançar o ápice deste time, seja pelo nível apresentado na reta final da campanha ou pelo fato de ser o segundo inglês a alcançar a tríplice coroa, igualando o Manchester United de 1999.

Se antes esta equipe era questionada pelo fato de não conseguir replicar os resultados domésticos na Europa, este ano derrubou a escrita, inclusive mostrando personalidade em momentos psicologicamente adversos. Depois de ver o algoz da temporada passada e ‘dono’ da competição Real Madrid abrir o placar no Santiago Bernabéu na ida da semifinal, o City passou apuros, mas conseguiu resistir e buscar o empate na Espanha, antes de atropelar o adversário no Etihad Stadium, na volta.

A equipe de Pep Guardiola superou seus maiores fantasmas e conquista sua 14ª taça em sete anos; fez o número de títulos no Campeonato Inglês ir de cinco para nove, se igualando ao Everton como quarto maior vencedor em uma liga nacional que existe desde o fim do Século 19; e agora busca uma inédita Champions.

Tudo isso praticando um futebol envolvente e constantemente no mais alto nível. Futebolisticamente, não há o que contestar neste time. Seu lugar na história já está reservado. Torcedores do Manchester City se desesperam, choram e comemoram muito o título da Champions League; VEJA a reação André Donke 07 Jun, 2023 O sonho do torcedor do Barcelona em contar novamente com Lionel Messi chegou ao fim nesta quarta-feira, quando o argentino foi confirmado como novo jogador do Inter Miami, Apesar de o clube catalão não ter nada a ver com a ida de um atleta que sai da França e vai aos Estados Unidos, decidiu se manifestar a respeito, e de forma completamente infeliz.

“O presidente Laporta entendeu e respeitou a decisão tomada por Messi de querer competir em um campeonato com menos exigências e mais longe de foco e da pressão a que esteve submetido nos últimos anos”, diz parte da nota publicada pelos blaugranas, Em primeiro lugar, Messi tem, de fato, o direito de querer sair do foco do futebol mundial após quase duas décadas da exigência do mais alto nível do futebol.

Quanto a isso, nada de mais. O problema é que, mesmo que as palavras do Barça possam ser bem verdadeiras em seu conteúdo, o clube não precisava e nem deveria dizê-las. Não cabia a ele se posicionar sobre um jogador que não chega, nem sei de seu elenco.

  1. Quando faz isso, fica nítido que quer passar algum recado.
  2. Inter Miami, da MLS, anuncia a contratação de Lionel Messi para a temporada; veja o vídeo Além disso, abre a possibilidade de interpretação para o torcedor enxergar Messi como ‘culpado’ por não voltar a Catalunha.
  3. E é bom lembrar que a saída do camisa 10 lá em 2021 se deu por conta de má administração econômica do clube.

“Na segunda-feira passada, Jorge Messi, pai e representante do jogador, passou ao presidente do clube, Joan Laporta, a decisão do atleta de fechar pelo Inter Miami apesar de ter uma proposta apresentada pelo Barcelona diante da vontade expressada tanto pelo Barça quanto por Messi de ele voltar a vestir a camisa azul-grená”, afirma outro trecho da nota.

  • Uma escolha que priorize o lado financeiro ou uma vontade de sair dos holofotes do futebol é um direito de qualquer jogador, ainda mais para um que precisou sair do clube no qual é o maior ídolo da história por questões econômicas.
  • O Barcelona não tinha nada que se pronunciar sobre a escolha de Messi, a menos que quisesse simplesmente desejar sorte a ele.

Este posicionamento inadequado dá mais um motivo para o argentino pensar que tenha feito a escolha certa. Lionel Messi durante compromisso pela seleção argentina Ander Gillenea/Getty Images André Donke 04 Jun, 2023 Com o anúncio da saída de Karim Benzema, o Real Madrid precisará de um novo camisa 9 e deveria voltar suas atenções para Harry Kane. O negócio, desejado por Carlo Ancelotti, faria sentido para todas as partes, caso o atacante de 29 anos tope em deixar a Premier League,

Ane pode entregar ao time merengue um centroavante para sair da área e gerar jogo para quem está ao seu redor, uma característica muito presente no jogo de Benzema. Além dos impressionantes 30 gols que marcou no último Campeonato Inglês, marca que o faria ter sido artilheiro em 25 das 30 edições anteriores da competição, o capitão do Tottenham criou 57 chances, sendo o 18º melhor da competição no quesito e ficando atrás no seu time apenas de Son Heung-min (60).

Kane também foi o líder em assistências do Tottenham na liga passada, com nove assistências. A combinação com um jogador de velocidade que ele tem com Son pode ser repetida com um Vinicius Jr., que acaba de vir sua temporada mais artilheira, com 23 bolas nas redes. Harry Kane em ação pelo Tottenham Clive Rose/Getty Images Com 29 anos, o inglês ainda seria uma reposição para umas boas temporadas para o Real Madrid. Aliás, esse é um ponto que torna a transferência muito interessante para Kane em termos esportivos.

  1. Isso porque chegaria no melhor momento da carreira ao maior clube do mundo, com enormes possibilidades de taças, único ponto frustrante em sua trajetória como atleta até aqui.
  2. Ane é o maior artilheiro da história do Tottenham, da seleção inglesa, o segundo maior da Premier League, jogou final de Champions League, final de Eurocopa, semifinal de Copa do Mundo, mas nunca levantou um troféu.

Para os Spurs, pode ser uma saída para não correr o risco de perder o seu grande astro sem custos – uma vez que o contrato dele vai até o meio de 2024 e já poderia assinar um pré-contrato na virada do ano -, assim como não o perderia para um rival. Inclusive, esse seria outro ponto favorável aos merengues, já que poderiam se aproveitar do fim próximo do vínculo, assim como um eventual interesse de rivais, para conseguir uma negociação mais em conta por um dos melhores jogadores da atualidade.

O Tottenham teria um grande obstáculo para suprir a saída de Kane e em qualquer circunstância, mas não o teria que fazer contra um Manchester United, por exemplo, ainda mais fortalecido em uma eventual ida do seu capitão a Old Trafford. Lógico que há a vontade do jogador, tanto em termos financeiros e pessoais de Kane, então não dá para falar em escolha certa ou errada.

Porém, uma ida dele ao Real Madrid faria muito sentido para todo mundo. É de arrepiar! Após fazer o último gol pelo Real Madrid, Benzema é substituído em despedida do clube e recebe os aplausos da torcida André Donke 28 May, 2023 Sair perdendo por 2 a 0 em um jogo que você precisa vencer para atingir o objetivo de um campeonato inteiro. O adversário? Alguém que já não tem mais pretensões. O cenário vivido pelo Borussia Dortmund neste sábado foi reeditado pelo Heidenheim neste domingo, mas a diferença foi o final feliz para o protagonista da história.

  • Jogando contra o Jahn Regenburg, que estava virtualmente rebaixado (precisaria tirar a diferença de três pontos e 15 gols de saldo para evitar a queda direta), o Heidenheim dependia apenas de si para conseguir um acesso inédito à Bundesliga,
  • Caso não fizesse sua parte, seria ultrapassado pelo Hamburgo, que acabou vencendo o Sandhausen por 1 a 0, e seria obrigado a jogar um playoff contra o Stuttgart por um lugar na elite.

Assim como o Dortmund, o Heidenheim viu o adversário abrir 2 a 0 no placar, com gols de Prince-Osei Owusu aos seis e aos 11 minutos do segundo tempo. A história começou a mudar com gol contra de Benedikt Saller dois minutos depois. A virada sairia com enorme drama: Jan-Niklas Beste empatou nos acréscimos, aos 48; Tim Kleindienst seria o herói da vitória seis minutos depois.

Com resultado, o Hamburgo, que já tinha torcedores em campo comemorando o acesso, acabou ultrapassado. Aliás, o Heidenheim ficou até com o título da segunda divisão ao superar no saldo de gols o Darmstadt, que já tinha o acesso garantido e foi derrotado pelo Greuther Fürth por 4 a 0. Fundado como um clube em 1848, exatos 17 anos antes do início do futebol, o Heidenheim atual existe desde 2007, mesmo momento em que chegou o técnico atual, Franck Schmidt, antigo jogador da equipe.

Com ele no comando, o Heidenheim subiu do quarto ao terceiro escalão em 2008-09; saltou à segunda divisão após cinco anos; e agora consegue o último acesso após nove anos na 2. Bundesliga, sendo que tinha perdido os playoffs para o Werder Bremen em 2019-20. Jogadores do Heidenheim comemoram o acesso à Bundesliga Alexander Hassenstein/Getty Images Dortmund também protagoniza o inacreditável na 3ª divisão Além da perda do título do Borussia Dortmund e do acesso dramático do Heidenheim, o fim de semana no futebol alemão também teve uma história emocionante na terceira divisão, envolvendo o próprio BVB.

  • A segunda equipe do clube aurinegro vencia o Osnabrück por 1 a 0 até os ascréscimos da segunda etapa, mas levou a virada com gols aos 49 e 51 minutos.
  • Com o triunfo épico no sábado, o Osnabrück conseguiu o acesso e retorna à segunda divisão após ter sido rebaixado em 2021.
  • O Borussia Dortmund II só cumpria tabela e não tinha mais pretensões no campeonato, mas não deixou de estar envolvido em um jogo com contornos históricos, assim como o elenco principal faria horas mais tarde no mesmo dia.

Após título emocionante da Bundesliga, jogadores do Bayern de Munique fazem a festa no gramado; VEJA André Donke 22 May, 2023 Quando o Newcastle foi vendido a um fundo de investimento da Arábia Saudita em outubro de 2021, a expectativa era de que o clube pudesse brigar pelas primeiras posições da Premier League e contratar grandes estrelas do futebol em pouco tempo.

  • O sucesso esportivo veio, talvez até mais rápido do que o imaginado, e sem investir em nomes badalados.
  • Em sua primeira temporada completa desde a mudança de comando, o clube do nordeste da Inglaterra confirmou a classificação à Uefa Champions League, competição que não disputa desde 2002-03,
  • A vaga foi assegurada matematicamente nesta segunda-feira com o empate sem gols com o Leicester City, pela penúltima rodada.

Será a quarta vez na história que o Newcastle estará na Champions, a terceira em que alcança a fase de grupos. A melhor campanha se deu justamente na última vez que participou, caindo na extinta segunda fase de grupos, etapa que equivale às oitavas de final no formato atual.

NA CHAMPIONS LEAGUE! Newcastle consegue vaga, e jogadores fazem a festa; VEJA Considerando qualquer competição continental, será a primeira aparição dos Magpies desde a Europa League 2012-13, quando foram eliminados pelo Benfica nas quartas de final. Desde então, nunca foram além de um décimo lugar (2013-14 e 2017-18), chegando a serem rebaixados em 2015-16 e retornando imediatamente à Premier League na temporada seguinte.

Coadjuvante na última década, o novo bilionário do futebol parecia fadado ao rebaixamento no começo da temporada passada: era lanterna no começo de dezembro com sete derrotas e sete empates nos 14 primeiros jogos. Porém, a chegada de Eddie Howe ao banco de reservas mudou a situação por completo.

E rapidamente. No intervalo entre a chegada do treinador e o fim do campeonato, o time registrou a sexta melhor campanha, fazendo com que fosse de um provável rebaixado a um 11º lugar, sete pontos atrás da zona de classificação a competições europeias. É bem verdade que a janela de janeiro de 2022, a primeira desde que passou a contar com o dinheiro do novo proprietário, teve grande impacto, com o Newcastle gastando na casa dos 100 milhões de euros com Bruno Guimarães, Chris Wood, Dan Burn e Kieran Trippier.

Porém, não veio um ‘pacotão’ de reforços ou nomes já consagrados no futebol europeu. Já nesta temporada, os gastos foram ainda mais altos, com quase 200 milhões de euros investidos em Alexander Isak, Anthony Gordon, Sven Botman, Matt Target, e Nick Pope.

  • Dos contratados, Pope, Botman, Trippier, Burn e Isak viraram titulares, mas a evolução foi bem além de quem veio nas janelas de transferências.
  • Joelinton foi de um atacante criticado a um ótimo meio-campista, com e sem a bola; Miguel Almirón enfim deslanchou no clube que defende há quatros e meio, anotando 11 gols nesta Premier League (tinha nove gols nas três edições e meia que disputou anteriormente); Callum Wilson superou as lesões da temporada passada e é hoje o quinto principal artilheiro da liga com 18 gols; e Fabian Schär foi um dos melhores zagueiros desta edição da liga.

A continuidade da equipe titular em um clube que não teve de mesclar as competições nacionais com internacionais é também uma combinação a se destacar. Até o início desta rodada, Howe tinha mudado apenas 48 vezes entre suas escalações nesta Premier League, a segunda menor quantidade, atrás apenas das 36 do Arsenal. Bruno Guimarães e jogadores do Newcastle comemoram gol sobre o Brighton Stu Forster/Getty Images O Newcastle investiu bastante, mas também viu o crescimento de muita gente que já estava no St. James Park. Coletivamente, mostrou enorme solidez defensiva, tendo sofrido 32 gols, mais apenas que os 31 do campeão Manchester City.

  1. O terceiro colocado no quesito é o Manchester United, com 41.
  2. O recorde dos Magpies na competição são os 37 gols sofridos em 1995-96.
  3. Desde que retornou à Premier League em 2017, o Newcastle nunca teve uma média melhor do que 1,24 gol sofrido/jogo.
  4. Na atual edição, o número é de 0,86.
  5. A campanha passada, a média foi de 1,63, quase o dobro da atual.

Também houve crescimento considrável no ataque, indo de 1,21 gol/jogo em 2020-21 (melhor desempenho nas cinco temporadas anteriores) para o atual 1,81. Ao todo, a equipe soma 67 gols marcados, tendo o quinto melhor ataque da competição e alcançando sua melhor marca desde os 74 gols anotados em 2001-02.

Vale destacar a contribuição da bola aérea para esse número, uma vez que o Newcastle é o líder em cruzamentos certos (209), em finalizações de cabeça (123) e o quinto melhor em gols de cabeça (11). Estes registros têm enorme influência de Kieran Trippier, que criou 109 chances no campeonato, atrás somente de Bruno Fernandes (112).

Com um treinador que já levou o Bournemouth da quarta à primeira divisão, o Newcastle investiu bastante, mas o fez de forma certeira (ou quase sempre certeira), potencializou atletas que já estavam no elenco e construiu um time sólido e regular (perdeu apenas um jogo para equipes fora do Big 6) para fazer sua melhor campanha em 20 anos, mesmo período em que foi rebaixado duas vezes. André Donke 13 May, 2023 Fundado em 1862, o Notts County, conhecido como clube de futebol profissional mais velho do mundo, readquiriu essa denominação neste sábado. Isso porque o time conseguiu o acesso à League Two, quarta divisão nacional, ao vencer nos pênaltis de forma dramática o Chesterfield.

Um dos fundadores da Football League em 1888, o time ficou nas últimas três temporadas como ‘non league’, denominação para as equipes que estão de fora das 92 que fazem parte dos quatro primeiros níveis do futebol nacional. Rebaixado da League Two em 2018-19, o time quase conseguiu o acesso em 2019-20, 2020-21 e 2021-22, indo aos playoffs após terminar em terceiro, quinto e quinto, respectivamente, mas acabou eliminado em todas eles.

Já na atual campanha, o Notts County disputou ponto a ponto com o Wrexham o título da National League, a quinta divisão nacional, e acabou superado mesmo fazendo impressionantes 107 pontos em 46 rodadas – o rival somou 111. Só o campeão sobe diretamente, enquanto os times entre segundo e sétimo disputam o playoff que dá acesso apenas a mais um clube.

O Notts County finalizou a campanha com 23 pontos a mais do que o terceiro colocado, que foi justamente o Chesterfield, teve o melhor ataque (117 gols marcados), a segunda melhor defesa (42 gols sofridos) e o artilheiro Macaulay Langstaff (42 gols). independentemente disso, não encontrou qualquer facilidade para alcançar a promoção.

Tendo entrado já na semifinal dos playoffs pelo fato de ter sido vice-campeão, o time de Nottingham quase foi eliminado pelo Boreham Wood (sexto colocado, com 72 pontos), uma vez que estava sendo derrotado por 2 a 1 até buscar o empate aos 52 minutos do segundo tempo com Aden Baldwin.

Jodi Jones definiu a vitória de virada aos 15 minutos do segundo tempo da prorrogação. Na decisão em Wembley neste sábado, o Notts County ia sendo eliminado até buscar o empate por 1 a 1 com John Bostock aos 43 minutos da etapa final. Logo com três minutos de prorrogação, a equipe voltou a ficar atrás no marcado, mas Ruben Rodrigues empataria em 2 a 2 na segunda etapa, e a classificação épica viria nas penalidades.

Assim, o Wrexham de Ryan Reynolds e Rob McElhenney não foi o único time a conseguir entregar uma história de cinema na quinta divisão inglesa nesta temporada. Observação: O Notts County é o mais velho do mundo entre os times profissionais. O Sheffield FC é o clube mais antigo do mundo, tendo sido fundado em 1857, e continua em atividade, mas não integra o futebol profissional. Time do Notts County celebra acesso nos play-offs da quinta divisão Eddie Keogh/Getty Images Longe da elite há mais de 30 anos O Notts County está fora da primeira divisão desde 1991-92, a última edição antes do início da Premier League, ao ser o penúltimo colocado.

A equipe ainda seria campeã da quarta divisão em 2009-10 e ficou no terceiro escalão até 2014-15. Historicamente, o clube já venceu uma Copa da Inglaterra (1894) e a segunda divisão nacional em três oportunidades (1897, 1914 e 1923) e até já teve grande influência para o uniforme de um dos maiores clubes do mundo: a Juventus.

Em 1903, a Velha Senhora usava o rosa, mas isso mudaria quando John Savage contatou um amigo de Nottingham para providenciar camisas à Juve, e estas vieram em preto e branco, como as do Notts County. O impacto do time inglês na história da equipe de Turim, inclusive, fez com que fosse convidado para fazer o amistoso de inauguração do novo estádio do time italiano em 2011. André Donke 09 May, 2023 Vindo de 20 jogos sem perder e praticando o melhor futebol do mundo, o Manchester City foi ao Santiago Bernabéu com motivos para estar confiante, apesar de encarar o Real Madrid, seu algoz na temporada passada e o maior campeão da história da Uefa Champions League,

  1. O City tinha vencido 15 dos últimos 16 jogos que disputou, sendo que o único que não vencera tinha sido o empate com o Bayern em Munique, resultado que confirmou a vaga na semifinal.
  2. Em meio a esta sequência, assumiu a liderança da Premier League e chegou à final da Copa da Inglaterra.
  3. Além disso, conta com os 51 gols de Erling Haaland, centroavante que faltou nos duelos contra o Real Madrid na campanha anterior.

No entanto, do outro lado estava o maior time do mundo, rei da Europa e que conseguiu em 2021-22 a trajetória mais épica de um campeão. Os merengues iam avançando mesmo vendo seu adversário ser melhor que ele em boa parte dos confrontos. O City é melhor time que o Real hoje e era esperado que impusesse seu jogo, ainda que o confronto ocorresse no Santiago Bernabéu. De Bruyne e Rudiger em disputa de bola durante Real Madrid x Manchester City Getty Images A equipe visitante teve ótimos 20 minutos iniciais de partida, concluindo quatro vezes no alvo no período e exigindo duas grandes intervenções de Thibaut Courtois.

  1. Na sequência, não conseguiu impor seu controle territorial e só voltaria a finalizar na segunda etapa.
  2. Ainda que o Real tenha marcado logo em sua primeira finalização no jogo, graças a um golaço de Vinicius Jr., que mais uma vez fez grande atuação em jogo gigante, os merengues já tinham melhorado consideravelmente àquela altura.

O começo do segundo tempo foi de domínio de um Real que tirou os espaços de um City sem inspiração coletiva e individual. Erling Haaland não esteve bem quando participou do jogo, mas ficou de fora dele em grande parte, seja com o City controlando a posse ou tentando ligações diretas.

  • Foram três finalizações do norueguês, duas facilmente defendidas por Courtois e uma brilhantemente travada por David Alaba.
  • Nenhum homem de frente do City conseguiu se sobressair em Madri, o que faz chamar ainda mais atenção o fato de Pep Guardiola ter terminado a partida sem qualquer substituição.
  • De Bruyne foi pouco além do golaço, enquanto Bernardo Silva e Jack Grealish estiveram abaixo de seus padrões na temporada.

No outro lado, Ederson precisou fazer duas grandes intervenções na etapa final para evitar a derrota. Os ingleses não conseguiram impor seu jogo novamente até mesmo quando o City conseguiu o empate com um chutaço de Kevin de Bruyne de fora, momento em que o Real era dominante e passava a ficar nervoso e reclamando frequentemente com a arbitragem.

  1. Se o City gera desconfiança pelos seus resultados na Europa e não pelo nível de suas atuações, nesta terça-feira aconteceu o contrário.
  2. O time que sonha com sua segunda final de Champions e um título inédito ainda tem um caminho imenso para superar o gigantesco Real Madrid, e é discutível se ele sequer tem alguma vantagem para a volta, mas ao menos mostrou resiliência lutando diante de seus ‘fantasmas’.

Ex-Flamengo, Léo Moura comparece à semifinal da Champions League, fala sobre Vini Jr. e revela torcida para duelo entre Real Madrid e City André Donke 04 May, 2023 A terceira conquista do Napoli no Campeonato Italiano, enfim, saiu. A espera de 33 anos chegou ao fim nesta quinta-feira, quando a equipe empatou com a Udinese por 1 a 1, fora de casa, e confirmou a taça com cinco rodadas de antecedência. Torcedores do Napoli FILIPPO MONTEFORTE/AFP via Getty Images Mercado impecável Depois de ter perdido um dos melhores zagueiros do mundo Kalidou Koulibaly (vendido ao Chelsea), assim como um pilar no meio de campo (Fabián Ruiz foi ao Paris Saint-Germain), o Napoli não fez loucuras, acertou a mão nas reposições, inclusive com nomes que já estavam no elenco, e ainda fortaleceu o elenco.

  • Min-jae Kim nunca tinha jogado na Europa até o meio de 2021, quando foi ao Fenerbahce, se destacou e acabou contratado como substituto de Koulibaly por um valor na casa dos 18 milhões de euros.
  • Foi o melhor zagueiro da Serie A e um dos melhores do mundo na atual campanha.
  • Além disso, a defesa ganhou um bom lateral-esquerdo com Mathías Olivera, que se revezou com Mário Rui, ajudando o elenco a ficar mais profundo para a disputa também na Uefa Champions League.

No meio de campo, Stanislav Lobotka já estava no grupo e vira titular absoluto após a saída de Ruíz, se estabelecendo como um primeiro volante extremamente confiável ao lado de Piotr Zielinski e André-Frank Zambo Anguissa. Entre os reforços, Tanguy Ndombélé, que chegou por empréstimo, virou um reserva importante e, ainda que longe do protagonismo que um dia o fez ser o reforço mais caro da história do Tottenham, foi um acréscimo importante para o grupo.

  • Já o ataque talvez tenha sido o setor mais impactado, após as saídas das lendas Dries Mertens e Lorenzo Insigne.
  • Porém, Khvicha Kvaratskhelia preencheu esse espaço de forma impressionante.
  • A disputa por um lugar no trio formado por ele e Osimhen acabou mais concorrida para Hrving Lozano e Matteo Politano com a contratação de Giacomo Raspadori.

Além disso, Giovanni Simeone chegou para ser um bom reserva a Victor Osimhen, que chegou a perder alguns jogos por lesão. Ganhando 80,45 milhões de euros em vendas e gastando ‘apenas’ 76,05 milhões de euros, o Napoli foi impecável no mercado, fortalecendo o time titular e o elenco, sem qualquer loucura.

Os valores mencionados são do site Transfermarkt É campeão! Após apito final, torcida do Napoli invade o gramado para comemorar o título italiano com os jogadores Regularidade Se na campanha passada o técnico Luciano Spalletti viu seu time sofrer com lesões importantes, ser bem desfalcado durante a disputa da Copa Africana de Nações e ter uma queda de desempenho, desta vez a temporada foi bem mais regular.

Os Partenopei ocuparam a primeira colocação o Campeonato Italiano inteiro, têm a segunda defesa menos vazada entre as cinco grandes ligas da Europa (23 gols sofridos em 33 jogos) e o melhor ataque da Itália (69 gols). Até houve uma queda de desempenho ao longo de abril para frente, tanto que somou apenas duas vitórias, dois empates e uma derrota nos últimos cinco jogos da liga, sendo eliminado na Champions para o Milan no período, mas a gordura construída por uma temporada fortíssima foi o suficiente para confirmar o título com folga.

  1. O Napoli manteve o alto nível praticamente a temporada inteira, mesmo quando Osimhen perdeu quatro rodadas seguidas, por exemplo.
  2. Além disso, mais do que a regularidade em si, esse time conseguiu proporcionar um jogo esteticamente muito agradável, tendo diversidade para atacar seus adversários e controla-los com uma posse de bola média de 62,3%, a maior da Itáilia e a quarta maior entre as cinco grandes ligas do continente.

Não à toa, Spalletti é um dos principais nomes da conquista. Dentro de campo, também houve a presença de alguns protagonistas. Individualidades Ainda que se fale de time e elenco equilibrados e sólidos, não dá para negar que dois nomes se sobressaíram nesta conquista.

Melhor jogador jovem da última edição da Serie A, Osimhen foi além dos 14 gols e duas assistências que registrou em 2021-22. O nigeriano anotou 22 gols e deu quatro assistências, mas, mais do que números, se mostrou mortal dentro da área e muito voluntarioso fora dela, gerando muito jogo caindo pelos lados.

Sua temporada é digna de um dos dez melhores do mundo na temporada, já que também se destacou com cinco gols na Champions, torneio em que o Napoli conseguiu sua melhor campanha na história ao avançar até as quartas de final. Ao lado dele, Khvicha Kvaratskhelia mostrou-se a maior revelação da temporada, com 14 gols e 14 assistências em 38 jogos na temporada.

  1. São 12 gols e 12 assistências em sua temporada de estreia na Série A – ele é o principal garçom da competição no momento, além de ser o terceiro colocado em dribles certos, com 60.
  2. O georgiano de 22 anos se destacou na Rússia pelo Rubin Kazan e retornou ao seu país Natal antes de chegar à Itália como um desconhecido para o público geral.

Apesar de uma queda no desempenho no último mês, isso não muda a enorme campanha feita por ele, que em questão de meses se tornou em um dos jovens mais badalados do futebol mundial. Gol do título do Napoli! Kvaratskhelia finaliza, o goleiro dá rebote, e Osimhen completa para o fundo da rede André Donke 26 Apr, 2023 Erling Haaland chegou para ser o artilheiro do Manchester City e dar uma presença de área que o time não contava. A missão vem sendo cumprida com louvor: são 49 gols em 43 jogos oficiais, sendo 33 na Premier League, a um de igualar o recorde de maior artilheiro de uma edição do campeonato.

Porém, mais do que a quantidade absurda de bolas nas redes, o atacante norueguês deu ao seu time a possibilidade de jogar de uma forma diferente quando necessário. Dono da maior posse de bola entre as cinco maiores ligas da Europa, o City mostrou que, com o seu camisa 9, sabe causar danos ao seu adversário também em um jogo mais vertical, de transição rápida.

Foi assim no primeiro gol na vitória sobre o Arsenal por 4 a 1 nesta quarta-feira, Em 12 segundos, a bola saiu de Ederson para virar gol: lançamento primoroso de John Stones, domínio com qualidade e passe rápido de Haaland para Kevin de Bruyne avançar e fazer um belo gol de fora da área, dando uma importante vantagem com pouco mais de seis minutos de bola rolando.

  • Golaço do Manchester City! De Bruyne recebe de Haaland, bate de fora e anota pintura contra o Arsenal Recentemente, no duelo de volta das quartas de final da Uefa Champions League, o norueguês marcou diante do Bayern em Munique em uma jogada rapidamente construída.
  • Por falar no duelo com os alemães, o City teve menor posse de bola em ambos os confrontos e, ainda que o confronto tenha fugido do que gosta de propor, terminou com uma vitória por 4 a 1 no placar agregado.

Haaland se sente confortável em um time que joga com linhas baixas, tendo espaço para se projetar em velocidade, ao mesmo tempo que tem sido brilhante na maioria do tempo em que o City atuou da forma como mais gosta com Guardiola. Se o atacante teve de se adaptar ao estilo de seu novo time, o contrário também aconteceu, ainda que em menor proporção.

É preciso enfatizar que a equipe de Pep Guardiola está muito longe de ter renunciado ao seu estilo de jogo de controle de posse de bola, mas mostrou que tem um ótimo trunfo para quando precisar/tiver que jogar de forma mais direta, seja com a arrancada de Haaland ou com a capacidade de ele reter a bola e gerar jogo rapidamente após lançamentos longos.

O City venceu o Arsenal no Emirates Stadium por 3 a 1 com 37% de posse de bola e voltou a superar o rival por 3 a 0 em casa, abrindo o placar com um gol rapidamente construído de uma área até a outra. É dessa forma que o atual bicampeão da Premier League engatou seu 17º jogo oficial de invencibilidade (14 triunfos e três empates) e ficou a dois pontos do líder Arsenal, com dois jogos a menos. Erling Haaland finaliza durante partida entre Manchester City e Arsenal Robbie Jay Barratt – AMA/Getty Images André Donke 20 Apr, 2023 Quando Xabi Alonso assumiu o comando do Bayer Leverkusen no começo de outubro, o time estava apenas na vice-lanterna da Bundesliga com nove pontos somados em oito jogos. Além disso, tinha sido eliminado logo na primeira fase da Copa da Alemanha para o Elversberg, da terceira divisão.

Pouco mais de seis meses após a chegada do técnico espanhol, o clube figura na sexta colocação do Campeonato Alemão e está nas semifinais da Uefa Europa League – os Werkself não iam tão longe em uma competição europeia desde o vice da Champions League 2001-02. A classificação veio nesta quinta-feira com uma vitória sobre o Union Saint-Gilloise por 4 a 1, fora de casa.

Union St. Gilloise 1 x 4 Bayer Leverkusen: veja os melhores momentos do jogo da Europa League Desde que o ex-meio-campista de 41 anos assumiu o comando, o Leverkusen tem a quarta melhor campanha na liga nacional, tendo somado 39 pontos em 20 jogos, ficando atrás apenas dos 44 do Bayern de Munique, dos 42 do Borussia Dortmund e dos 40 do RB Leipzig.

A média de gols marcados por jogo é de 2,1 com o novo treinador na Bundesliga, representado um aumento significativo ao 1,1 que tinha antes da chegada dele. Já a média de gols sofridos por partida caiu de 2 para 1,3. Um ponto importante no sucesso de Xabi Alonso foi o retorno de Florian Wirtz, que sofreu lesão séria no joelho em março de 2022, ficando de fora da Copa do Mundo e só voltando aos gramados em janeiro.

Em 18 jogos, o meia-atacante de 19 anos soma quatro gols e oito assistências, sendo o garçom do time no recorte com o técnico espanhol. Ele ainda lidera o grupo no período em chances criadas, com 43, uma a mais do que o ala-direito Jeremie Frimpong, que é uma das sensações da temporada, com sete assistências e sete gols sob o comando do ex-meio-campista de Real Madrid, Bayern de Munique e seleção espanhola.

  1. As marcas o deixam como vice-garçom e vice-artilheiro do time nos últimos seis meses.
  2. Outro nome que merece muito destaque na temporada do Leverkusen é o de Moussa Diaby, que soma 14 gols e oito assistências na temporada inteira, sendo 13 gols e seis assistências no período com Xabi Alonso.
  3. Com apenas 23 anos, o ponta francês é mais um exemplo de um elenco de qualidade e jovem – o Leverkusen tem um plantel com média de idade de 25 anos, a terceira mais baixa da Bundesliga.

Aliás, o técnico espanhol também é um exemplo da juventude deste grupo, sendo o quinto mais novo no momento na Bundesliga. Além disso, no caso dele, pode se falar também da pouca experiência, uma vez que esta é apenas a segunda passagem de Xabi Alonso como treinador principal.

  1. Antes dessa, o ex-volante comandou o time B da Real Sociedad por três temporadas entre 2019 e 2022, conseguindo o acesso da terceira para a segunda divisão em 2020-21, competição que a equipe não disputava havia 59 anos.
  2. Porém, acabaria rebaixada imediatamente como antepenúltima em 2021-22.
  3. O trabalho não passou despercebido pelo Bayer Leverkusen, que agora vive uma temporada completamente diferente de seis meses atrás.

O time não apenas se colocou em uma disputa por competições europeias via Bundesliga, como também está a três jogos de conquistar seu terceiro grande título na história, depois de ter faturado a Copa da Uefa 1987-88 e a Copa da Alemanha 1992-93. Xabi Alonso, técnico do Bayern Leverkusen, observa partida contra o Union pela Europa League ANP via Getty Images André Donke 18 Apr, 2023 O Napoli foi uma das grandes sensações do futebol europeu ao longo da maior parte desta temporada, mas vive em abril o seu pior momento da campanha, o que ficou evidente na eliminação para o Milan nas quartas de final da Uefa Champions League nesta terça-feira, após empate por 1 a 1 no Estádio Diego Armando Maradona,

Tal queda não diminui o brilho de uma temporada que deverá registrar seu terceiro título da Série A na história (o primeiro em 33 anos) e seu melhor desempenho na Champions na história, ainda que fique um gosto amargo de saber que tinha condições de ir mais longe na Europa. Porém, não conseguiu isso apenas por sua queda de desempenho, e sim também pelo mérito de um Milan que se mostrou extremamente competitivo.

Mais uma vez. Os rossoneri não eram o melhor time da Itália em 2021-22 e, mesmo assim, foram campeões. Eles não estão entre os quatro melhores times na Europa e, ainda assim, vão à semifinal da Champions. Depois de atropelarem o Napoli por 4 a 0 pelo Italiano, fora de casa, em 2 de abril, o Milan voltou a vencer no San Siro na semana passada por 1 a 0 e confirmou a classificação com o empate nesta terça, que só não foi uma terceira vitória seguida porque Victor Osimhen marcou de cabeça já nos minutos derradeiros na base do abafa. Jogadores do Milan comemoram classificação às semifinais da Uefa Champions League Giuseppe Cottini / Getty Images O Napoli terminou a partida no Diego Armando Maradona com 73% de posse de bola e 23 finalizações, quase o quádruplo das seis conclusões do adversário.

Tais números podem sugerir que os mandantes mereciam uma sorte melhor, mas não foi bem assim. Stefano Pioli foi cirúrgico mais uma vez no embate com o Napoli, sabendo neutralizar um time que gosta de ter a posse. Os rossoneri fizeram 4 a 0 no mesmo estádio há duas semanas em uma partida em que teve 39,5% de posse de bola.

Seguro defensivamente, o Milan concedeu apenas quatro finalizações no alvo ao seu adversário nesta terça, sendo uma delas o gol de Osimhen e outra o pênalti de Khvicha Kvaratskhelia defendido por Mike Maignan. Das 23 conclusões do Napoli, nove delas acabaram bloqueadas pela defesa rival.

David Calabria fez atuações monumentais em ambos os duelos das quartas de final, vencendo de forma categórica o embate individual com Kvara, que constantemente contava com marcação dobrada. Vale ressaltar também que o atacante georgiano, uma das maiores revelações desta temporada no futebol europeu, faz um mês de abril bem abaixo do que vinha mostrando.

Além de tirar os lances de individualidade do adversário, o time visitante também fechou os espaços para uma equipe que roda a bola com qualidade, e a deixou quase que totalmente refém de levantamentos na área e a chute de fora da área, que está longe de ser uma especialidade do Napoli.

Assim, mesmo com a volta do lesionado Osimhen, o Milan foi extremamente organizado defensivamente e mostrou a qualidade que tem para ser vertical, sobretudo com Rafael Leão, que fez uma jogada espetacular no gol de Olivier Giroud. O time rossonero acertou seis finalizações no alvo nos 180 minutos e marcou dois gols, enquanto o Napoli, ainda que tenha acertado a meta em dez oportunidades, só conseguiu balançar a rede a dois minutos do fim do jogo de volta.

O Napoli teve mais a bola e concluiu bem mais, mas muito por uma tentativa de abafa e um festival de bolas levantadas na área. Stefano Pioli foi superior a Luciano Spalletti na estratégia, e o Milan, sem encantar e sem estar entre os melhores times da Europa, vai merecidamente à semifinal da Champions, algo que não acontecia havia 16 anos.

Por que a Portuguesa foi rebaixada em 2013?

LANCE! Guto Ferreira participou do podcast ‘A Rodada’ desta semana e relembrou do polêmico rebaixamento da Portuguesa em 2013. O clube acabou indo para Série B por conta de uma escalação irregular do jogador Héverton. O treinador comandava a Lusa na época e relembrou detalhes do episódio.

Quantos rebaixamentos a Portuguesa tem?

No Campeonato Brasileiro de Futebol de 2002, a Portuguesa de Desportos sofreu um rebaixamento pela primeira vez na sua história, inédito, em seus até então, 82 anos. Posteriormente, em 2006, a equipe sofreria o primeiro rebaixamento no Campeonato Paulista.

O que aconteceu com a Portuguesa em 2013?

Com mais de 100 anos de história, a Portuguesa é um dos clubes de futebol mais tradicionais do estado de São Paulo. Apesar disso, vive um momento extremamente delicado dentro e fora dos campos. A portuguesa se afundou em dívidas e caiu sucessivamente nos campeonatos que disputava – estagnou na 2° divisão do estadual, perdeu a possibilidade de disputar a Copa do Brasil e ficou sem liga nacional.

Ainda assim, é impossível esquecer todas as contribuições do clube para o futebol brasileiro. Entre a década de 30 e os anos 80, a Lusa conquistou diversos títulos relevantes para a época: foram três campeonatos paulistas, dois torneios Rio-São Paulo e três fita-azul (troféu dado a equipes que retornavam invictos de excursões internacionais).

O atual conselheiro e responsável pelo Museu da Lusa, Artur Cabreira, conta como era enfrentar os grandes do Estado: “Nós goleávamos o São Paulo, o Corinthians, o Palmeiras e o Santos isso faz parte da história da Portuguesa.” Post comemorativo aos 68 anos do tricampeonato da Fita Azul – Reprodução/Twitter Portuguesa Os rubro-verde também eram conhecidos pela capacidade de revelar grandes jogadores: Basílio, Djalma Santos e Ivair, o “príncipe do futebol”, segundo Pelé são apenas alguns exemplos.

Além disso, o clube possui estádio próprio. O terreno tinha alguns campos de treino e foi adquirido em 1956 de Wadih Sadi – sócio do São Paulo que havia comprado o local do Tricolor no ano anterior. Inicialmente, apenas foram feitas algumas estruturas de madeira para poder jogar de forma oficial, seguindo as normas da Federação Paulista de Futebol; apenas em 1972 foi inaugurado o Estádio do Canindé – que seria renomeado para Estádio Dr.

Oswaldo Teixeira Duarte em 1979. Nos anos que precederam a tragédia, a Lusa era reconhecida pelo futebol ofensivo e com um toque de bola refinado. Em 2011 a equipe foi apelidada de “Barcelusa” – numa comparação com o estilo de jogo do Barcelona, equipe espanhola comandada, à época, por Pep Guardiola.

O elenco contava com jogadores que anos depois se tornaram titulares nas maiores equipes do país – como o goleiro Weverton, atualmente no Palmeiras, e Willian Arão, volante do Flamengo. A Portuguesa venceu a Série B do campeonato brasileiro de 2011 numa campanha histórica: em 38 jogos a equipe obteve 23 vitórias, 13 empates e apenas 3 derrotas.

Marcou 82 gols (melhor ataque da história da competição) e sofreu apenas 32, tendo ainda ficado invicta por 21 partidas. Em 2012 a Lusa se manteve na primeira divisão, mas caiu no Campeonato Paulista depois de péssima atuação. Apenas um ano depois, o clube é campeão da Série A2 do Paulista e volta à elite, entretanto, o ano que começou com um título seria também o início de um declínio desesperador.

O ano de 2013 para a Portuguesa ficou marcado pela queda do time para à segunda divisão do campeonato brasileiro e o início da derrocada de um dos maiores clubes do futebol paulista. No dia 8 de dezembro, Portuguesa e Grêmio se enfrentaram em confronto válido pela última rodada do Brasileirão. A partida era tranquila para ambas as equipes: a Lusa (que brigou contra o descenso durante o campeonato) teria que perder de 8 a 0 para ser rebaixada.

Como era de se esperar, a partida não teve grande repercussão, terminando em 0 a 0. No dia seguinte, entretanto, descobriu-se que esse jogo ficaria marcado para sempre na história do time do Canindé. O meia Héverton havia sido escalado irregularmente. Inicialmente ele não iria para o jogo, mas uma série de lesões obrigou o técnico Guto Ferreira a relacioná-lo.

  1. O atleta havia sido punido por duas partidas, em razão de um cartão vermelho que recebeu no confronto da 36ª rodada, entre Portuguesa e Bahia.
  2. Com isso, o rubro-verde perdeu 4 pontos e terminou o campeonato na zona de rebaixamento.
  3. Diversas acusações foram feitas sobre o caso Hevérton – uma delas é de uma possível corrupção dentro da Lusa, visando benefício de outras agremiações esportivas.

Entretanto, em 2016 o caso foi arquivado no Ministério Público de São Paulo sem apontar nenhum culpado. O documento do MP diz que as provas até então produzidas “não indicaram indícios de que funcionários dos clubes envolvidos, ou mesmo terceiras pessoas, tenham contribuído ou sido coniventes com atos supostamente ilícitos, ou mesmo negligenciado de forma fraudulenta, imbuídos de interesses financeiros escusos”.

O processo arquivado não pôs fim à polêmica – o sentimento de impunidade e falta de respostas afligem o torcedor até hoje. Artur Cabreira confidenciou como foi sentir o momento do rebaixamento: “Foi um desespero, acho que o Brasil inteiro não entendeu como que isso aconteceu caiu uma ‘bomba atômica’ na cabeça da gente”.

“2013 foi um tormento”, concluiu. Para Rafael Zago, presidente da torcida organizada Leões da Fabulosa, o ano de 2013 serviu como ensinamento para que erros como esse não acontecessem mais. “Foi um divisor de águas para a Portuguesa. Eu acho que muitas coisas ruins que passaram pelo clube foram escondidas debaixo do tapete e a partir do momento que começou a decadência, acabou aparecendo as sujeiras. Bandeira no Museu da Portuguesa – Foto: Lucas G. Azevedo A crise da Lusa não parou apenas no campo, mas extrapolou para as finanças do time. Durante esse período diversas dívidas foram acumuladas – e a estimativa é de R$500 milhões, segundo a vice-presidente da Portuguesa Denise Boni (que, atualmente, é a presidente interina do clube, em razão das férias do presidente Castanheira).

  • Além disso, o Estádio do Canindé foi penhorado e os funcionários da Portuguesa estavam com salários atrasados, tendo 271 ações trabalhistas no ano passado.
  • O interior do time do Canindé chegou a ficar sem linha telefônica e passou por diversos cortes de luz, além do sufoco para pagar as contas.
  • Esse momento de crise não foi fácil para os torcedores da Lusa, como relata Artur: “A humilhação que você recebe na rua, ‘ah a Portuguesa já morreu? Ela ainda existe? Lusinha?'”.

Frases como essa eram constantes ouvidas pelos amantes do time rubroverde. Em meio a tantas dificuldades, um elo maior fazia com que a Portuguesa não morresse: o amor dos torcedores pelo clube. Apesar de jogos distantes e da crise enfrentada nos últimos anos, os lusitanos compareceram nas arquibancadas, cantaram os 90 minutos de todas as partidas e, nos últimos dois jogos em casa no Paulistão A2, lotaram o Canindé. Torcida organizada Leões da fabulosa em jogo no Canindé – Foto: Lucas G. Azevedo Outra prova de amor pelo rubro-verde é o projeto SOS Canindé, idealizado por Artur. Ele já fazia trabalhos voluntários para melhorar as estruturas do CT e do clube desde 2017, através de um grupo de WhatsApp chamado “Vamos salvar o CT”.

Ele enviou um áudio para seus amigos, explicando a situação precária em que se encontrava a cozinha do centro de treinamento da Lusa, algo que Emerson Leão, então consultor de futebol do time, havia reclamado. No início, Artur arrecadou dinheiro suficiente para comprar utensílios de cozinha, exaustor, e ainda conseguiu um fogão industrial e dois cilindros de gás, dados por um amigo.

Isso só foi o “pontapé” para uma grande rede de ajuda que se expandiu para outras áreas do CT e da área social do clube. O projeto deu tão certo que eles tiveram a ideia de reformar o Canindé. Arrumaram os vestiários, com compras de torneiras, espelhos e lâmpadas.

  1. Pintaram todos os espaços do estádio e arquibancadas, além da marquise.
  2. Tudo isso foi feito a partir de torcedores da Lusa e de outros times: “Eu não fiz nada sozinho.
  3. Fiz com um pintor só, que foi o Lima, e junto com ele, a torcida de arquibancada – que assim eu chamava.
  4. Tinha até torcedores de outros times me ajudando: palmeirense, corinthiano, botafoguense e vascaíno”, conta Artur.

O SOS terminou esse ano, arrecadando ao todo “por volta de 500 mil reais”. Artur declara o seu amor pela Lusa, apesar das dificuldades: “Eu não abandonei a Portuguesa. Eu fiquei vindo aqui, quase todo dia, indo para o jogo e a gente perdia para todo mundo.

  • Oficial de justiça todo dia, vaquinha para comprar isso, para comprar aquilo – cesta básica para funcionários, nem isso eles recebiam.
  • Foram seis anos horríveis, não tínhamos um time de futebol, não tínhamos um clube, destruíram as piscinas.” Mesmo assim, desistir não é uma opção para ele: “Minha vida é aqui e vai ser até o meu último dia”.

Foi necessário buscar formas alternativas de arrecadar dinheiro. Algumas partes ao redor do Canindé foram arrendadas pela necessidade financeira da Portuguesa; o ginásio de esportes foi cedido à Igreja Renascer e o próprio estádio chegou a ser alugado em alguns momentos.

  • Denise explica a necessidade: “Estamos alugando áreas comerciais do clube para poder pagar nossos compromissos.” As festas também surgiram como outra fonte de renda.
  • A Lusa é conhecida pelos eventos lotados sediados no Canindé e que trazem “um retorno muito bom” aos cofres do time do Canindé.
  • No fim de 2019, a Portuguesa realizou um pleito para definir a presidência do clube.

Com o sentimento de que não havia espaço para erros, a chapa Real e Independente foi eleita. O rubro-verde precisava se organizar no setor financeiro e jurídico, visando equilibrar as contas e evitar novas cobranças por dividendos. Em 2022, a gestão chega em seu último ano com uma administração organizada no centro de treinamento.

As dívidas trabalhistas eram prioridade e a presidenta interina contou o processo para apaziguá-las: “fizemos um acordo no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e na área civil, e estamos em fase de auditoria para fazer o acordo tributário.” Dentro dos gramados, a Lusa foi campeã da Copa Paulista de 2020 e voltaria a ter uma liga nacional em 2021.

Embora a conquista tenha dado esperança aos torcedores, logo viriam outras decepções: na Série D, a Portuguesa ficou em primeiro lugar no grupo 7. Na segunda fase encontrou o Caxias, e apesar de uma derrota por 1 a 0 no Rio Grande do Sul, a equipe conseguiu vencer em casa pelo mesmo placar – entretanto, acabou eliminada nos pênaltis.

A Copa Paulista parecia promissora e era parte do objetivo de voltar à Série D. Mesmo com a boa campanha, a Portuguesa caiu para o Botafogo-SP na semifinal e perdeu a sua chance – venceu por 2 a 1 em casa, mas foi derrotada por 3 a 1 fora de seus domínios. A eliminação culminou na demissão do treinador Alex Alves e no início de um novo planejamento.

Após a eliminação sofrida na Copa Paulista de 2021, a Portuguesa trouxe o técnico Sérgio Soares na expectativa de um recomeço vitorioso em 2022. Apesar da desconfiança inicial da torcida, o treinador logo provou ser uma boa escolha. Sérgio explicou a importância da competição para a equipe: “É um momento muito importante para a Portuguesa é um ressurgimento, voltar a enfrentar os grandes clubes de São Paulo, jogar clássicos.

  1. A caminhada é longa mas o clube começa a fazer seu alicerce para poder voltar onde merece estar”, afirmou.
  2. A Portuguesa marcou 32 pontos na primeira fase da Série A do Paulistão e garantiu a melhor campanha.
  3. Com isso, a Lusa ganhou o privilégio de resolver as partidas eliminatórias em casa.
  4. Nas quartas de final, enfrentou o Primavera.

As partidas foram equilibradas, mas gols nos acréscimos garantiram a classificação com um 2 a 0 no placar agregado. A semifinal valia mais que apenas a vaga na final do torneio: caso vencesse, a Portuguesa conquistaria o acesso à primeira divisão do Campeonato Paulista depois de 7 anos longe da elite.

O clube saiu em vantagem ao vencer o Rio Claro por 1 a 0 fora de casa. A torcida entendeu a importância do jogo, e bateu o recorde de público da competição no Canindé. Foram quase 13 mil pessoas presentes para apoiar a Lusa. O time não decepcionou e, com um empate em 1 a 1, a Portuguesa avançou de fase e ascendeu à elite do futebol estadual.

O lateral e capitão Luis Ricardo conta como o time se sentia sobre esse jogo: “Eu e meus companheiros nos sentimos responsáveis em poder contribuir de alguma forma. Em colocar a Portuguesa novamente na primeira divisão, no lugar que ela merece”. Placar ao fim do jogo do acesso – Foto: Lucas G. Azevedo Para coroar a campanha, restava enfrentar o São Bento na grande final. Fora de casa, um jogo equilibrado terminou empatado por 1 a 1. No Canindé, a Portuguesa venceu por 2 a 0 e se tornou campeã – foi o terceiro título da A2 na história do clube. Elenco levantando o título da A2 – Foto: Dorival Rosa/Portuguesa A trajetória na Série A2 foi dominante. Em 21 partidas foram 13 vitórias, 7 empates e apenas uma derrota. A equipe marcou 29 gols e sofreu 8 – terminando como melhor ataque e defesa da competição.

  • Luis Ricardo explica o que ele viu como essencial para esse resultado: “O mais importante foi a dedicação e o comprometimento dos jogadores e comissão técnica, isso fez toda a diferença para que pudéssemos conseguir esse acesso e sermos campeões”, afirma.
  • Embalada pelo título, a Portuguesa agora visa a conquista da Copa Paulista.

O campeonato permite que os dois finalistas ganhem vaga em campeonatos nacionais, como Copa do Brasil e Série D do Brasileirão – o vencedor escolhe, e o vice fica com a opção rejeitada pelo campeão. O clube renovou com seu treinador e manteve quase todo o elenco que disputou o Paulista.

  • O técnico Sérgio Soares conta sobre as expectativas para a competição: “A Copa Paulista é a minha Libertadores.
  • Eu encaro com muita tranquilidade e seriedade.
  • O processo é longo e estamos buscando uma Série D.
  • Mantemos a base do elenco e vamos brigar por algo maior, chegar no final e brigar pelo título.” A Lusa está no grupo 3 e estreia dia 03/07 contra o Água Santa no Canindé.

Fora de campo, a Lusa planeja se tornar uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol). O projeto foi aprovado com unanimidade pelos conselheiros e, segundo a presidente interina Denise Boni, “a SAF está em fase de elaboração”. Ela também confirma que já há investidores em potencial.

  1. Na reunião ficou acordado que a Lusa não venderá mais de 49% das suas ações, com a intenção de manter sempre alguém do clube à frente das decisões.
  2. A torcida apoiou o time incondicionalmente e agora tem boas expectativas para essa temporada.
  3. O presidente da Leões da Fabulosa dissertou sobre: “Nós sofremos o que tínhamos para sofrer.

A questão agora é melhorar e não sair dos trilhos. Espero muitas coisas positivas”. Rafael também fala do papel da torcida nesse momento: “A torcida tem que estar fiscalizando, apoiando, chamando mais torcida, vamos levar gente para o Canindé. Ir em busca do título (da Copa Paulista) e de se manter na Série A do Paulistão.

Quem foi rebaixado no campeonato português?

Enquanto o Marítimo encerrou uma era de 38 temporadas na elite, o Estrela da Amadora está de volta após 14 anos O Campeonato Português concluiu neste final de semana os playoffs de rebaixamento / acesso da primeira divisão. Santa Clara e Paços de Ferreira já tinham caído, enquanto Moreirense e Farense subiram diretamente.

  • A última vaga na elite em 2023/24 teve um duelo de peso, entre a luta do Marítimo pela permanência e a chance de promoção ao Estrela da Amadora.
  • No fim das contas, acontece uma troca simbólica para a Primeira Liga.
  • O acesso do Estrela representa um retorno à primeira divisão após 14 anos, num processo que teve a falência do clube e a reconstrução nas divisões de acesso.

Enquanto isso, a queda do Marítimo marca o fim de uma estadia de 38 anos na primeira divisão. A próxima edição da liga não terá representantes das ilhas. O Marítimo fez uma campanha na qual flertou com o rebaixamento durante toda a temporada. Os verde-rubros passaram as primeiras 21 rodadas na zona de rebaixamento direto.

  • Só a partir de então deixaram o Z-2, mas ainda assim sem nunca fugir da antepenúltima colocação e do risco de playoffs.
  • O 16° lugar não era exatamente surpreendente, pela queda de rendimento dos madeirenses nas temporadas mais recentes, mas contrapunha o longo histórico na primeira divisão e o papel relevante que o time teve dentro da liga a partir dos anos 1990 – com direito a nove classificações ao menos para as preliminares de Copa da Uefa / Liga Europa.

Por outro lado, o Estrela da Amadora representa uma grande reconstrução. Os tricolores se tornaram participantes costumeiros da primeira divisão de Portugal a partir de 1988/89. Chegaram a conquistar a Taça de Portugal em 1989/90 e somaram 16 aparições na elite, até o início de uma grave crise financeira.

Por conta das dívidas e dos salários atrasados, o Estrela foi rebaixado em 2008/09 da primeira para a terceira divisão – mesmo sem cair em campo. Tal processo culminaria na extinção da equipe em 2011. Formou-se então um novo Estrela, que se fundiu com o Sintra em 2020. O novo time conquistou o acesso na terceira divisão de imediato em 2020/21 e, na atual temporada, descolou a terceira posição na segundona – o que rendeu os playoffs.

O primeiro jogo dos playoffs aconteceu em 3 de junho. Dentro de casa, o Estrela da Amadora venceu por 2 a 1. Régis N’Do e Jean Felipe anotaram os gols, enquanto Cláudio Winck descontou para o Marítimo no final. Já neste domingo, nem mesmo o dramático 2 a 1 arrancado pelo Marítimo auxiliou.

  • Os madeirenses fizeram o primeiro com Xadas e tomaram o empate de Miguel Lopes no primeiro tempo.
  • O gol salvador aconteceu aos 51 do segundo tempo, num cruzamento de Cláudio Winck para a cabeçada de Chuchu Ramírez.
  • Porém, nos pênaltis, o Estrela venceu por 3 a 2 e garantiu o acesso.
  • O renascimento dos tricolores se torna completo.

O Marítimo conta com uma série de brasileiros na equipe. Marcelo Carné, Cláudio Winck, Renê Santos, João Afonso, Val Soares e Matheus Costa passaram dos mil minutos na campanha. Não evitaram o fim de um período que confirmou a importância do Marítimo entre os principais clubes de Portugal – com a primazia de possuir ainda um título da Taça de Portugal em 1925/26.

Já o renascimento do Estrela da Amadora também conta com muitos jogadores do Brasil. Bruno Brígido, Jean Felipe, Mansur, Aloísio, Gustavo Henrique e Ronald superaram os mil minutos na segundona. O Estrela da Amadora chegará à primeira divisão sob nova direção. Em maio, o clube anunciou a venda de 90% de sua Sociedade Anônima Desportiva (SAD, a SAF dos portugueses) para o grupo americano My Football Club.

Os novos donos almejam comprar outros quatro times ao redor do mundo e contam com uma série de investidores, alguns de renome. Patrice Evra está entre as personalidades envolvidas no projeto. A empresa, que já teve outras experiências de menor expressão no futebol, promete aproximar os torcedores da tomada de decisões do dia a dia do clube.

  • É ver como será a repercussão disso na elite de Portugal.
  • O final de semana também marcou o rebaixamento da B-SAD,, da segunda para a terceira divisão do Campeonato Português.
  • Depois do empate por 1 a 1 na ida dos playoffs, a equipe perdeu a volta por 1 a 0 em casa para o Länk Vilaverdense.
  • A queda da B-SAD ocorre na mesma temporada em que o Belenenses, refundado pelos torcedores e com os direitos recuperados,,

O União de Leiria foi outro a subir. Já o Länk Vilaverdense chama atenção por ter proprietários canadenses em sua SAD. / / Enquanto o Marítimo encerrou uma era de 38 temporadas na elite, o Estrela da Amadora está de volta após 14 anos : Enquanto o Marítimo encerrou uma era de 38 temporadas na elite, o Estrela da Amadora está de volta após 14 anos